{"id":181547,"date":"2023-02-23T16:58:02","date_gmt":"2023-02-23T19:58:02","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181547"},"modified":"2023-02-23T16:58:05","modified_gmt":"2023-02-23T19:58:05","slug":"james-webb-acha-galaxias-que-desafiam-teorias-sobre-universo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2023\/02\/23\/181547-james-webb-acha-galaxias-que-desafiam-teorias-sobre-universo.html","title":{"rendered":"James Webb acha gal\u00e1xias que desafiam teorias sobre universo"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

Os seis objetos s\u00e3o t\u00e3o massivos e maduros quanto a Via L\u00e1ctea, por\u00e9m muito mais densos. Eles j\u00e1 existiam em per\u00edodo pr\u00f3ximo ao Big Bang, quando cientistas esperavam encontrar gal\u00e1xias menores.<\/p>\n\n\n\n

O\u00a0telesc\u00f3pio espacial\u00a0James Webb,\u00a0da Nasa,\u00a0detectou\u00a0poss\u00edveis gal\u00e1xias supemassivas t\u00e3o antigas que podem redefinir a compreens\u00e3o atual sobre a forma\u00e7\u00e3o de gal\u00e1xias e a origem do pr\u00f3prio universo, de acordo com um\u00a0estudo publicado nesta quarta-feira (22\/02) pela revista cient\u00edfica\u00a0Nature<\/em>. A velocidade com que as gal\u00e1xias teriam se formado ap\u00f3s o\u00a0Big Bang\u00a0surpreendeu os cientistas.<\/p>\n\n\n\n

Desde que entrou em opera\u00e7\u00e3o, em julho do ano passado, o telesc\u00f3pio\u00a0James Webb\u00a0tem fornecido informa\u00e7\u00f5es sobre os partes\u00a0distantes do universo. Os pesquisadores disseram que os dados obtidos revelaram o que parecem ser seis grandes gal\u00e1xias t\u00e3o massivas e maduras quanto a\u00a0Via L\u00e1ctea.<\/p>\n\n\n\n

A massa delas seria equivalente a entre 10 mil e 100 bilh\u00f5es de vezes \u00e0 do sol. Elas existiam entre 540 milh\u00f5es e 770 milh\u00f5es de anos ap\u00f3s o Big Bang, explos\u00e3o que deu origem ao universo h\u00e1 13,8 bilh\u00f5es de anos.<\/p>\n\n\n\n

“Esta \u00e9 uma descoberta surpreendente e inesperada. Pens\u00e1vamos que as gal\u00e1xias se formavam em per\u00edodos muito mais longos”, disse Joel Leja, astrof\u00edsico da Penn State e coautor do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Essas poss\u00edveis gal\u00e1xias, uma das quais parece ter uma massa equivalente \u00e0 da Via L\u00e1ctea, mas ser 30 vezes mais densa, parecem diferir fundamentalmente das existentes no atual universo.<\/p>\n\n\n\n

“Se a Via L\u00e1ctea fosse um adulto de tamanho normal, por exemplo, com 1,75m e 70kg, esses beb\u00eas de um ano pesariam mais ou menos o mesmo, mas mediriam menos de 7cm”, comparou o pesquisador principal do estudo, Ivo Labbe, da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austr\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

Expectativa era encontrar gal\u00e1xias menores<\/h2>\n\n\n\n

Labbe disse que esperava encontrar gal\u00e1xias muito menores em um per\u00edodo t\u00e3o perto do in\u00edcio do universo.<\/p>\n\n\n\n

“Embora a maioria das gal\u00e1xias nesta era ainda seja pequena e cres\u00e7a gradualmente ao longo do tempo, existem alguns ‘monstros’ que atingem a maturidade rapidamente”, destacou.<\/p>\n\n\n\n

“Ningu\u00e9m esperava encontr\u00e1-las. Essas candidatas a gal\u00e1xias s\u00e3o simplesmente evolu\u00eddas demais para nossas expectativas. Elas parecem ter evolu\u00eddo mais rapidamente do que nossos modelos padr\u00e3o permitem”, ressaltou.<\/p>\n\n\n\n

Leja chamou as descobertas de “candidatas a gal\u00e1xias” porque s\u00e3o necess\u00e1rias mais observa\u00e7\u00f5es para confirmar que todas, de fato, s\u00e3o gal\u00e1xias \u2013 e n\u00e3o outra fonte de luz, como um buraco negro supermassivo, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n

“A parte emocionante \u00e9 que, mesmo que se confirme que apenas algumas s\u00e3o gal\u00e1xias massivas, essas coisas s\u00e3o t\u00e3o massivas que elas sozinhas derrubariam nossas medi\u00e7\u00f5es da massa total das estrelas. Sugeriria que nesta \u00e9poca existe 10 a 100 vezes mais massa estelar do que o esperado e implicaria que as gal\u00e1xias se formam muito, muito mais r\u00e1pido no universo do que se pensava”, explicou Leja.<\/p>\n\n\n\n

O mist\u00e9rio da mat\u00e9ria escura<\/h2>\n\n\n\n

A forma\u00e7\u00e3o de gal\u00e1xias ap\u00f3s o Big Bang aparentemente dependeu de um material misterioso chamado de “mat\u00e9ria escura”, que \u00e9 invis\u00edvel para o olho humano, mas \u00e9 conhecido pela influ\u00eancia gravitacional que exerce sobre a mat\u00e9ria normal.<\/p>\n\n\n\n

“A principal teoria \u00e9 que um oceano de mat\u00e9ria escura preencheu o universo primitivo ap\u00f3s o Big Bang”, explica Labbe.<\/p>\n\n\n\n

“Essa mat\u00e9ria escura \u2013 n\u00e3o sabemos o que realmente \u00e9 \u2013 come\u00e7ou muito suave, com min\u00fasculas ondas. Estas cresceram ao longo do tempo devido \u00e0 gravidade e, eventualmente, a mat\u00e9ria escura come\u00e7ou a se acumular em aglomerados concentrados, arrastando o g\u00e1s hidrog\u00eanio ao longo do caminho. Esse hidrog\u00eanio gasoso \u00e9 o que acabou se transformando em\u00a0estrelas. Aglomerados de mat\u00e9ria escura, g\u00e1s e estrelas s\u00e3o o que chamamos de gal\u00e1xia”, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"