{"id":18973,"date":"2005-04-30T00:00:00","date_gmt":"2005-04-30T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2005-04-30T00:00:00","modified_gmt":"2005-04-30T00:00:00","slug":"com-o-fim-do-defeso-lagosta-volta-a-ser-pescada-no-ceara","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2005\/04\/30\/18973-com-o-fim-do-defeso-lagosta-volta-a-ser-pescada-no-ceara.html","title":{"rendered":"Com o fim do defeso, lagosta volta a ser pescada no Cear\u00e1"},"content":{"rendered":"
Termina neste s\u00e1bado (30) o per\u00edodo de interdi\u00e7\u00e3o da pesca da lagosta – o chamado defeso – para permitir a reprodu\u00e7\u00e3o dos crust\u00e1ceos. Depois de quatro meses em que a fiscaliza\u00e7\u00e3o foi feita pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renov\u00e1veis, 3.500 barcos em todo o Cear\u00e1 v\u00e3o voltar ao mar para mais oito meses de atividade. Em Fortaleza, a movimenta\u00e7\u00e3o na praia do Mucuripe come\u00e7ou cedo. \u00c9 de l\u00e1 que parte uma boa parte dos lagosteiros. <\/p>\n
Este ano, a novidade \u00e9 a libera\u00e7\u00e3o do uso da ca\u00e7oeira, uma esp\u00e9cie de rede que torna a pesca mais lucrativa, mas que era proibida por lei desde 2002. Por ser uma rede, a ca\u00e7oeira \u00e9 considerada prejudicial \u00e0 esp\u00e9cie porque ret\u00e9m nas malhas lagostas pequenas que ainda n\u00e3o se reproduziram. Por isso, a autoriza\u00e7\u00e3o para o seu uso foi condicionada a uma regra: as malhas n\u00e3o podem ter menos de 12 cent\u00edmetros. <\/p>\n
A alternativa permitida at\u00e9 agora era o manzu\u00e1, uma esp\u00e9cie de armadilha, em forma de gaiola, onde s\u00f3 as lagostas maiores ficam presas. Mas para a maioria dos pescadores \u00e9 uma ferramenta pouco rent\u00e1vel.<\/p>\n
“\u00c9 muito cara e pega pouca lagosta por vez”, justifica Jo\u00e3o Manoel, que pesca desde a adolesc\u00eancia. Ele reconhece, por\u00e9m, que a quantidade de lagosta aumentou com a proibi\u00e7\u00e3o da ca\u00e7oeira. Por isso, alguns v\u00eaem a libera\u00e7\u00e3o com desconfian\u00e7a. No futuro, o preju\u00edzo pode ser maior, receia Jos\u00e9 Manoel. <\/p>\n
Mesmo assim, a atividade lagosteira ainda \u00e9 uma das que impulsionam as exporta\u00e7\u00f5es cearenses, mas, ao contr\u00e1rio do camar\u00e3o, que pode ser criado em cativeiro, com grande rentabilidade, a lagosta precisa ser pescada no mar. O Cear\u00e1 \u00e9 o maior exportador de lagosta do pa\u00eds, respondendo por 41% de toda a produ\u00e7\u00e3o brasileira. (Olga Bardawil\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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