{"id":22511,"date":"2006-01-04T00:00:00","date_gmt":"2006-01-04T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2006-01-04T00:00:00","modified_gmt":"2006-01-04T00:00:00","slug":"aquecimento-global-ha-milhoes-de-anos-modificou-correntes-oceanicas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2006\/01\/04\/22511-aquecimento-global-ha-milhoes-de-anos-modificou-correntes-oceanicas.html","title":{"rendered":"Aquecimento global h\u00e1 milh\u00f5es de anos modificou correntes oce\u00e2nicas"},"content":{"rendered":"

Um extraordin\u00e1rio aquecimento global ocorrido h\u00e1 55 milh\u00f5es de anos modificou dramaticamente o trajeto das correntes oce\u00e2nicas da Terra, uma descoberta que refor\u00e7a a preocupa\u00e7\u00e3o atual com a mudan\u00e7a clim\u00e1tica, afirma o estudo.<\/p>\n

Durante o grande acontecimento, chamado pelos cientistas de PETM – Paleoceno\/Eoceno Termal M\u00e1ximo, a temperatura da superf\u00edcie do planeta subiu entre cinco e oito graus Celsius num curt\u00edssimo per\u00edodo, desencadeando mudan\u00e7as clim\u00e1ticas que permaneceram por milhares de anos.<\/p>\n

Os cientistas Flavia Nunes e Richard Norris, do Scripps Institution of Oceanography, na Calif\u00f3rnia (EUA), pesquisaram como essas altas temperaturas poderiam ter afetado as correntes oce\u00e2nicas.<\/p>\n

Eles utilizaram is\u00f3topos de carbono 13 de 14 camadas extra\u00eddas de regi\u00f5es profundas nos quatro diferente oceanos, retirando amostras de sedimentos depositadas antes, durante e depois do PETM.<\/p>\n

Esses is\u00f3topos s\u00e3o considerados um indicador dos nutrientes depositados pela \u00e1gua ao longo do tempo. Quanto maior o valor do is\u00f3topo, maior a probabilidade de a amostra ter vindo da profundidade do oceano, considerado a primeira fonte de nutrientes.<\/p>\n

A partir de uma impressionante reconstru\u00e7\u00e3o, Nunes and Norris descobriram que o sistema mundial de correntes oce\u00e2nicas fez um retorno durante o PETM -, revertendo depois sobre si mesmo.<\/p>\n

Antes do PETM, as \u00e1guas profundas vinham \u00e0 tona no hemisf\u00e9rio sul; em aproximadamente 40.000 anos, a fonte dessa corrente mudou-se para o hemisf\u00e9rio norte; foram necess\u00e1rios mais 100.000 anos antes de a corrente recuperar completamente seu volume.<\/p>\n

N\u00e3o se sabe ainda o que desencadeou o PETM. Alguns apontam para erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas que teriam emitido grandes quantidades de di\u00f3xido de carbono. Outros afirmam que as altas temperaturas podem ter rompido o solo congelado que protegia os reservat\u00f3rios costeiros de g\u00e1s metano.<\/p>\n

A eleva\u00e7\u00e3o da temperatura pode ter ocorrido em alguns milhares de anos, mas, como destacam Nunes e Norris, os efeitos foram duradouros e a li\u00e7\u00e3o para a humanidade \u00e9 clara.<\/p>\n

“A emiss\u00e3o atual de CO2 para a biosfera a partir de fontes de combust\u00edvel f\u00f3ssil est\u00e1 se aproximando daquela estimada para o PETM, levantando preocupa\u00e7\u00f5es sobre o futuro clim\u00e1tico e a mudan\u00e7a da circula\u00e7\u00e3o das correntes”, alertaram. “O exemplo do PETM mostra que a a\u00e7\u00e3o do homem pode ter efeitos duradouros n\u00e3o apenas no clima global, mas tamb\u00e9m na circula\u00e7\u00e3o das correntes oce\u00e2nicas”. (Folha Online)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Durante o grande acontecimento, chamado pelos cientistas de Paleoceno\/Eoceno Termal M\u00e1ximo, a temperatura da superf\u00edcie do planeta subiu entre cinco e oito graus Celsius num curt\u00edssimo per\u00edodo, desencadeando mudan\u00e7as clim\u00e1ticas que permaneceram por milhares de anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22511"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=22511"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/22511\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=22511"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=22511"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=22511"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}