{"id":27326,"date":"2006-10-16T00:00:00","date_gmt":"2006-10-16T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2006-10-16T00:00:00","modified_gmt":"2006-10-16T00:00:00","slug":"nossos-passos-sobre-a-terra","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2006\/10\/16\/27326-nossos-passos-sobre-a-terra.html","title":{"rendered":"Nossos passos sobre a Terra"},"content":{"rendered":"

Caminhar na praia oferece um misto de sensa\u00e7\u00f5es reconfortantes. Pisar na areia macia, respirar a brisa carregada de oxig\u00eanio e ter a certeza de que o mar vai apagar nossos passos depois. Isso tudo, provavelmente, faz parte de uma experi\u00eancia ancestral. Foi andando pela orla marinha que um pequeno grupo de antepassados nossos aventurou-se para fora da \u00c1frica pela primeira vez, h\u00e1 cerca de 50 mil anos. <\/p>\n

<\/div>\n

Alimentando-se de peixes, mariscos e frutos do litoral do Oceano \u00cdndico e do Mar Mediterr\u00e2neo, eles seguiram adiante. Gera\u00e7\u00e3o ap\u00f3s gera\u00e7\u00e3o, exploraram os recursos daquelas terras generosas. O grupo inicial, de umas 150 pessoas, cresceu e se multiplicou. Hoje, somos 6 bilh\u00f5es de humanos. E nossa caminhada deixa para tr\u00e1s rastros que o planeta n\u00e3o consegue mais limpar. <\/p>\n

<\/div>\n

Nos \u00faltimos meses, os principais cientistas do mundo t\u00eam se ocupado em alertar sobre o rumo perigoso que tomamos. Isso explica o sucesso da campanha ecol\u00f3gica inspirada pelo ex-vice-presidente americano Al Gore com seu filme Uma Verdade Inconveniente, que chegar\u00e1 em novembro ao Brasil. Algumas pessoas t\u00eam oferecido uma lideran\u00e7a exemplar em suas \u00e1reas para enfrentar essa crise global. O sentido desse esfor\u00e7o \u00e9 lembrar que cada cidad\u00e3o pode contribuir para que o planeta continue hospitaleiro. <\/p>\n

<\/div>\n

A maior conseq\u00fc\u00eancia dessa crise \u00e9 o caos clim\u00e1ticoanunciado pelo efeito estufa, resultado da emiss\u00e3o de poluentes, como o g\u00e1s carb\u00f4nico, que alteram a atmosfera terrestre. O efeito estufa \u00e9 apontado pelos pesquisadores como a maior amea\u00e7a enfrentada por nossa civiliza\u00e7\u00e3o. Eles come\u00e7am a avaliar o impacto de outro g\u00e1s, o metano, emitido por v\u00e1rias fontes, como o gado. <\/p>\n

<\/div>\n

Diante do perigo, urbanistas descobrem como fazer cidades ecologicamente sustent\u00e1veis. Mas isso ainda \u00e9 pouco. A pr\u00f3xima d\u00e9cada ser\u00e1 decisiva para evitar que o clima do planeta entre em um processo irrevers\u00edvel de ruptura. Se isso ocorrer, a brisa marinha trar\u00e1 furac\u00f5es e o mar vai engolir as praias, junto com parte de algumas cidades. <\/p>\n

Historicamente, nossa esp\u00e9cie sempre aproveitou os momentos de crise. Algum tempo antes de os primeiros humanos sa\u00edrem da \u00c1frica, uma das maiores erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas de que se tem registro, na Ilha de Sumatra, alterou brutalmente o clima da Terra. Toneladas de cinzas escureceram o c\u00e9u, provocando um inverno nuclear que durou cinco anos. Pressionados pelas condi\u00e7\u00f5es adversas, os humanos engendraram sua inven\u00e7\u00e3o mais genial: a linguagem. Com ela, puderam se desenvolver, conquistar o planeta e dominar seus recursos. Por isso, a atual crise ambiental \u00e9 subproduto de uma hist\u00f3ria de sucesso. Agora, ela nos desafia a seguir adiante e dar mais um salto evolutivo.
\n(Fonte: Revista \u00c9poca)<\/p>\n


\n<\/a><\/em>Leia mais no site da revista, clicando aqui.<\/a>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A jornada humana no planeta provocou uma crise ambiental sem precedentes. Mas ela tamb\u00e9m pode ser uma chance para darmos um novo salto evolutivo, conforme mostra a revista \u00c9poca<\/em> que est\u00e1 nas bancas.
\n <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[76],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/27326"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=27326"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/27326\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=27326"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=27326"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=27326"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}