Duzentos quilos de moluscos apreendidos na madrugada de domingo (29) foram incinerados nesta segunda-feira (30) por fiscais do IEF – Instituto Estadual de Florestas, por falta de condi\u00e7\u00f5es de conserva\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que s\u00e3o alimentos altamente perec\u00edveis.<\/p>\n
A carga representa mais de oito mil unidades da esp\u00e9cie conhecida como \u201cpepino do mar\u201d e foi pescada ilegalmente no rec\u00e9m-criado n\u00facleo de preserva\u00e7\u00e3o ambiental de Paraty-Mirim, na costa verde fluminense. Cinco pessoas foram presas e autuadas na lei de crimes ambientais, quando transportavam os moluscos para restaurantes de S\u00e3o Paulo. As deten\u00e7\u00f5es foram fruto de den\u00fancia an\u00f4nima.<\/p>\n
O presidente do IEF, Maur\u00edcio Lobo, disse que a pesca predat\u00f3ria continuar\u00e1 a ser combatida. \u201cAcho que tudo \u00e9 poss\u00edvel fazer na retirada da natureza, desde que se fa\u00e7a o manejo adequado. O problema \u00e9 uma retirada dessas, feita de forma predat\u00f3ria, sem nenhum manejo, como respeito \u00e0 \u00e9poca de reprodu\u00e7\u00e3o e tamanho adequado”, observou. “\u00c9 importante que o p\u00fablico conhe\u00e7a e tenha mais informa\u00e7\u00f5es sobre os cuidados necess\u00e1rios. A gente espera desbaratar uma rede de pessoas que depredam a natureza\u201d.<\/p>\n
O pepino do mar vive em \u00e1reas conservadas, sem polui\u00e7\u00e3o, e \u00e9 amplamente usado na ind\u00fastria de cosm\u00e9ticos. Segundo Lobo, muitos produtos da biodiversidade do pa\u00eds ainda est\u00e3o sendo descobertos e uma das alternativas para estudos e comercializa\u00e7\u00e3o \u00e9 a cria\u00e7\u00e3o em cativeiro, sem agredir a natureza. \u201c\u00c9 importante preservar. Isso \u00e9 um patrim\u00f4nio n\u00e3o s\u00f3 do estado, mas de todo o Brasil\u201d.<\/p>\n
Essa foi a primeira apreens\u00e3o de pesca predat\u00f3ria na regi\u00e3o. O n\u00facleo de Paraty-Mirim \u00e9 considerado um ponto estrat\u00e9gico de entrada para a \u00e1rea de preserva\u00e7\u00e3o ambiental do Saco do Mamangu\u00e1, que faz limite com a reserva ecol\u00f3gica de Joatinga. At\u00e9 agora, a \u00e1rea estava amea\u00e7ada por invas\u00f5es. (Norma Nery\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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