{"id":28796,"date":"2007-01-08T00:00:00","date_gmt":"2007-01-08T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-01-08T00:00:00","modified_gmt":"2007-01-08T00:00:00","slug":"defensores-e-criticos-do-amianto-se-amparam-em-estudos-cientificos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/01\/08\/28796-defensores-e-criticos-do-amianto-se-amparam-em-estudos-cientificos.html","title":{"rendered":"Defensores e cr\u00edticos do amianto se amparam em estudos cient\u00edficos"},"content":{"rendered":"
Em sua longa disc\u00f3rdia, mineradora e empresas que produzem, exploram e comercializam o amianto crisotila, de um lado, e setores ligados \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica no Brasil, do outro, t\u00eam procurado respaldo em documentos cient\u00edficos que justifiquem seus pontos de vista. Contrap\u00f5em-se argumentos que garantem que o modelo brasileiro \u00e9 exemplo para o mundo no controle de eventuais danos \u00e0 sa\u00fade de seus trabalhadores e argumentos pelo banimento definitivo do uso do mineral em territ\u00f3rio brasileiro. <\/p>\n

Relat\u00f3rio do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade elaborado em 2004 pelo consultor Enio Lopes da Silva sugere que a n\u00e3o-proibi\u00e7\u00e3o em car\u00e1ter definitivo da extra\u00e7\u00e3o, produ\u00e7\u00e3o e com\u00e9rcio do amianto crisotila pelo governo brasileiro decorre de \u201cinteresses econ\u00f4micos de lobbies<\/em> de pa\u00edses produtores e exportadores\u201d. <\/p>\n

O consultor acrescentou que esses pa\u00edses t\u00eam que \u201cser atendidos a todo custo\u201d, uma vez que o Brasil \u00e9 um dos maiores produtores de amianto crisotila do mundo e eles n\u00e3o tinham mais reservas do mineral. \u201cJ\u00e1 comercialmente falidos, com suas reservas esgotadas, foram proibidos [da explora\u00e7\u00e3o de outros tipos de asbestos<\/em>] e o \u00fanico autorizado [crisotila<\/em>], justamente aquele em produ\u00e7\u00e3o no Brasil, foi autorizado, desde que de forma \u2018segura\u2019, por apresentar \u2018nocividade mais baixa\u2019\u201d, ressaltou Enio Lopes da Silva.<\/p>\n

No relat\u00f3rio, ele contestou os argumentos de alta seguran\u00e7a e baixa nocividade do amianto crisot\u00edlico brasileiro. De acordo com o texto, isso n\u00e3o se sustenta cientificamente diante da \u201ccomprova\u00e7\u00e3o nacional e internacional da nocividade causada pelo asbesto do tipo crisotila, atrav\u00e9s de in\u00fameras publica\u00e7\u00f5es especializadas e trabalhos apresentados em contressos e encontros\u201d. <\/p>\n

Neste sentido, Silva acrescentou que por conta destas quest\u00f5es e pelo reconhecimento do pr\u00f3prio Minist\u00e9rio da Sa\u00fade de doen\u00e7as como o c\u00e2ncer, asbestose e mesotelioma causadas pelo amianto, se faz urgente a revis\u00e3o da legisla\u00e7\u00e3o em vigor.<\/p>\n

Essa n\u00e3o \u00e9 a opini\u00e3o da presidente do Instituto Brasileiro de Crisotila, Marina J\u00falia de Aquino. Segundo ela, estudos recentes conclu\u00eddos pelo Instituto de Pesquisas Tecnol\u00f3gicas (IPT) de S\u00e3o Paulo mostram que produtos manufaturados que usam amianto n\u00e3o comprometem a sa\u00fade do brasileiro. <\/p>\n

A pesquisa, segundo ela, envolveu o estudo de telhas com tempo de uso de at\u00e9 60 anos. \u201cEles mostraram que o produto acabado n\u00e3o libera fibra e, nos casos mais longos, libera fibras, que n\u00e3o s\u00e3o respir\u00e1veis, num n\u00edvel muito baixo\u201d. Aquino afirmou, ainda, que o Brasil \u00e9 refer\u00eancia no uso controlado e respons\u00e1vel do amianto crisotila: \u201cOs controles que se fazem tanto da qualidade do ar, equipamentos de prote\u00e7\u00e3o coletiva, como monitoramento da sa\u00fade do trabalhador, garante a sa\u00fade e seguran\u00e7a destas pessoas\u201d.<\/p>\n

A presidente do Instituto Brasileiro de Crisotila argumentou, ainda, que estudo m\u00e9dico realizado na Bahia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avaliou mais de 4 mil trabalhadores de uma antiga mineradora. \u201cEles avaliaram radiografias e laudos m\u00e9dicos de ex-trabalhadores, inclusive alguns j\u00e1 falecidos, e o estudo mostrou que o \u00edndice da doen\u00e7a encontrado nesses trabalhadores, numa \u00e9poca em que n\u00e3o se conheciam os malef\u00edcios do amianto e em que os m\u00e9todos de controle n\u00e3o eram adequados, estavam abaixo do que era a expectativa dos cientistas\u201d, disse.<\/p>\n

Marina J\u00falia de Aquino afirmou que, desde 1980, nenhum trabalhador que atuou no segmento do fibrocimento (material produzido com cimento e amianto) apresentou qualquer tra\u00e7o de contamina\u00e7\u00e3o. Por lei, as pessoas que trabalham ou trabalharam nesse segmento t\u00eam que ter acompanhamento m\u00e9dico por 30 anos.
\n(Fonte: Marcos Chagas \/ Ag\u00eancia Brasil)<\/em><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Por lei, as pessoas que trabalham ou trabalharam nesse segmento t\u00eam que ter acompanhamento m\u00e9dico por 30 anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[62],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28796"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=28796"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/28796\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=28796"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=28796"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=28796"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}