Um em cada tr\u00eas munic\u00edpios do Mato Grosso do Sul notificou casos de dengue, segundo dados do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade. S\u00e3o mais de 12 mil casos, desde o dia 1\u00ba de janeiro. Segundo o superintendente de Vigil\u00e2ncia em Sa\u00fade no estado, Eug\u00eanio Barros, a quantidade de chuvas e a temperatura contribu\u00edram para o aumento nos casos de prolifera\u00e7\u00e3o do mosquito Aedes aegipty.<\/p>\n
Em entrevista \u00e0 Ag\u00eancia Brasil, o ministro da Sa\u00fade, Agenor \u00c1lvares, considerou o \u00edndice do estado \u201calt\u00edssimo\u201d, mas que o \u201cminist\u00e9rio j\u00e1 est\u00e1 tomando todas as medidas cab\u00edveis\u201d. \u201cQuando soubemos da situa\u00e7\u00e3o do estado, enviamos carros e pessoas capacitadas para auxiliar no combate ao mosquito. Os casos aumentaram em mais de 300%. Pelo menos 36% dos munic\u00edpios est\u00e3o infectados. Inclusive a justi\u00e7a do estado determinou que os im\u00f3veis que estavam fechados, fossem abertos para que os agentes de sa\u00fade fizessem a verifica\u00e7\u00e3o dos focos. A maioria dos casos acontecem por descuidos das pessoas dentro de suas pr\u00f3prias casas\u201d, explicou o ministro.<\/p>\n
O munic\u00edpio que mais registrou casos foi o de Aquidauana com 1.300 casos. O segundo, \u00e9 Campo Grande, com 8.500 pessoas infectadas. O primeiro \u00e9 considerado a regi\u00e3o de maior incid\u00eancia pela proporcionalidade de popula\u00e7\u00e3o. Duas mortes j\u00e1 foram registradas no mesmo per\u00edodo: em Aquidauana e Laguna Karop\u00e3.<\/p>\n
O superintendente explica que ainda n\u00e3o se pode falar em epidemia no estado, pois alguns munic\u00edpios n\u00e3o notificaram nenhum caso. \u201cAlguns dos casos registrados s\u00e3o da dengue tipo 3, conhecida como dengue hemorr\u00e1gica. Esse tipo foi detectado no estado pela primeira vez ano passado. As duas outras epidemias j\u00e1 ocorreram, do tipo 1, em 2000; e do tipo 2, em 2002\u201d.<\/p>\n
\u00c1lvares lembrou tamb\u00e9m que na pr\u00f3xima quinta-feira (1\u00ba) ir\u00e1 ao Mato Grosso do Sul, se encontrar com o governador e com secret\u00e1rios de sa\u00fade para discutir outras solu\u00e7\u00f5es, e que o combate deve ser um \u201cprocesso cont\u00ednuo\u201d. <\/p>\n
No estado de Minas Gerais, de acordo com coordenador estadual de zoonoses, Francisco Lemos, o n\u00famero de casos notificados ainda est\u00e1 abaixo, em compara\u00e7\u00e3o com o m\u00eas de janeiro do ano passado. \u201cEm janeiro de 2006 registramos cerca de 5 mil casos. Desde o inicio do ano, confirmamos pelos menos 748. O numero ainda est\u00e1 muito aqu\u00e9m do ano anterior. Ainda n\u00e3o registramos nenhuma morte. A situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 sob controle\u201d, destaca.<\/p>\n
Lemos explica ainda que pessoas infectadas existem 748, mas a infesta\u00e7\u00e3o no estado est\u00e1 elevada. Um dos motivos \u00e9 a grande quantidade de chuvas registradas. Mas as a\u00e7\u00f5es foram intensificadas no combate \u00e0 dengue.<\/p>\n
\u201cDesde agosto implantamos o plano de intensifica\u00e7\u00e3o das a\u00e7\u00f5es no combate \u00e0 dengue. Os recursos j\u00e1 foram repassados pelo Estado e estamos trabalhando junto com os munic\u00edpios. Tamb\u00e9m realizamos campanhas publicit\u00e1rias (panfletos e spots r\u00e1dios) para alertar a popula\u00e7\u00e3o. Fizemos inclusive um curso de capacita\u00e7\u00e3o de profissionais m\u00e9dicos, em dezembro. Temos mais de 11 mil agentes espalhados pelo estado atuando no combate ao mosquito\u201d, enfatiza o coordenador.<\/p>\n
J\u00e1 no Rio de Janeiro, pelos menos 700 casos foram notificados. Para evitar aumento no n\u00famero de casos e afetar atletas, que participar\u00e3o dos Jogos Pan-Americanos em julho, a Secretaria de Sa\u00fade vai montar uma for\u00e7a-tarefa com cerca de 2 mil agentes. A opera\u00e7\u00e3o deve come\u00e7ar depois do Carnaval. (Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"