O Brasil refor\u00e7ou a vigil\u00e2ncia sanit\u00e1ria no Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rond\u00f4nia, estados que fazem fronteira com a Bol\u00edvia, para evitar a contamina\u00e7\u00e3o dos rebanhos de boi e b\u00fafalo por febre aftosa. <\/p>\n
A medida foi adotada na segunda-feira (29), ap\u00f3s o Minist\u00e9rio do Desenvolvimento Rural, Agropecu\u00e1rio e Meio Ambiente boliviano comunicar ao pa\u00eds a ocorr\u00eancia de um foco da doen\u00e7a na regi\u00e3o de Santa Cruz. Por causa disso, o Brasil tamb\u00e9m suspendeu a compra de carnes, derivados e latic\u00ednios vindos daquele pa\u00eds.<\/p>\n
Segundo o diretor substituto do departamento de Sa\u00fade Animal do Minist\u00e9rio da Agricultura, Guilherme Marques, em dezembro de 2006, os dois pa\u00edses assinaram um acordo de coopera\u00e7\u00e3o para intensificar o combate \u00e0 febre aftosa.<\/p>\n
Como resultado disso, o governo brasileiro doou \u00e0 Bol\u00edvia um milh\u00e3o de doses de vacina contra a doen\u00e7a. Uma nova remessa, tamb\u00e9m com um milh\u00e3o de doses, deve ser enviada em fevereiro.<\/p>\n
\u201cEssa \u00e9 uma iniciativa para aumentar a imunidade do rebanho bovino na fronteira. O objetivo \u00e9 orientar e recomendar a correta aplica\u00e7\u00e3o da vacina para atingir os interesses dos dois pa\u00edses\u201d, disse Marques.<\/p>\n
No Brasil, de acordo com o diretor, cada estado tem um padr\u00e3o individual de fiscaliza\u00e7\u00e3o. Mas a vacina\u00e7\u00e3o deve ser feita por todos os propriet\u00e1rios, seguindo o calend\u00e1rio de imuniza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Os donos dos animais tamb\u00e9m devem arcar com o custo da vacina, cuja dose custa, em m\u00e9dia, R$ 1. Se o propriet\u00e1rio n\u00e3o seguir o calend\u00e1rio de vacina\u00e7\u00e3o, que ocorre duas vezes ao ano, a multa varia de R$ 20 a R$ 100 por animal. Caso a fiscaliza\u00e7\u00e3o identifique um animal infectado, ele ser\u00e1 sacrificado.<\/p>\n
Para o presidente da Abiec – Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Ind\u00fastrias Exportadoras de Carnes, Marcus Vin\u00edcius Pratini de Moraes, a medida de suspender a importa\u00e7\u00e3o da carne \u00e9 s\u00f3 uma das maneiras de evitar o cont\u00e1gio da aftosa no pa\u00eds.<\/p>\n
Outras a\u00e7\u00f5es seriam o trabalho conjunto do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, como pa\u00edses membros, e Chile, Bol\u00edvia, Equador e Col\u00f4mbia, como associados), a intensifica\u00e7\u00e3o da vigil\u00e2ncia sanit\u00e1ria, al\u00e9m de evitar o tr\u00e2nsito de animais entre as regi\u00f5es de fronteira.<\/p>\n
\u201cOs pa\u00edses precisam, principalmente os que comp\u00f5em o Mercosul, trabalhar juntos contra o foco. N\u00e3o adianta nada acabar com a doen\u00e7a no Paraguai, por exemplo, e n\u00e3o combater isso nos pa\u00edses vizinhos\u201d, avaliou, acrescentando que atualmente o Paraguai \u00e9 o pa\u00eds com mais casos de aftosa entre os pa\u00edses do Mercosul.<\/p>\n
Na opini\u00e3o dele, a fiscaliza\u00e7\u00e3o deve ser refor\u00e7ada principalmente nas regi\u00f5es mais afastadas dos centros urbanos. \u201c\u00c9 preciso levar veterin\u00e1rios oficiais em lugares mais distantes para evitar que animais n\u00e3o vacinados transitem nos mesmo locais com animais vacinados\u201d.<\/p>\n
Moraes ponderou que s\u00f3 essa medida n\u00e3o \u00e9 suficiente para combater focos da aftosa. \u201cIsso n\u00e3o vai resolver o problema do Brasil. O pa\u00eds precisa fazer direito o dever de casa, ou seja, estimular o combate \u00e0 doen\u00e7a com campanhas\u201d.<\/p>\n
Segundo ele, a Am\u00e9rica do Sul representa cerca de 40% de toda exporta\u00e7\u00e3o mundial de carne. O Brasil \u00e9 considerado o maior exportador de carne no mundo, seguido pela Argentina, o Uruguai e Paraguai. (B\u00e1rbara Lobato\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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