{"id":29752,"date":"2007-02-28T00:00:00","date_gmt":"2007-02-28T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-02-28T00:00:00","modified_gmt":"2007-02-28T00:00:00","slug":"efeito-estufa-pode-criar-um-brasil-com-deserto-e-furacoes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/02\/28\/29752-efeito-estufa-pode-criar-um-brasil-com-deserto-e-furacoes.html","title":{"rendered":"Efeito estufa pode criar um Brasil com deserto e furac\u00f5es"},"content":{"rendered":"
At\u00e9 o final do s\u00e9culo 21, o aquecimento global provocado pela emiss\u00e3o de gases do efeito estufa poder\u00e1 transformar o Brasil em um pa\u00eds com desertos no Nordeste, tempestades violentas no Sul e no Sudeste, mais casos de dengue, febre amarela e encefalite e sem algumas de suas principais \u00e1reas costeiras, incluindo a cidade do Rio de Janeiro, engolidas pela eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar. <\/p>\n
O alerta surge de oito pesquisas sobre os efeitos da mudan\u00e7a clim\u00e1tica no Pa\u00eds, apresentados pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente. Os estudos analisaram o perfil da evolu\u00e7\u00e3o do clima no Brasil, e tra\u00e7aram poss\u00edveis cen\u00e1rios para o clima entre 2010 a 2100. <\/p>\n
No Brasil, o aumento da temperatura m\u00e9dia no ar pode chegar at\u00e9 4\u00ba C em 2100, em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 temperatura m\u00e9dia aferida de 1961 a 1990, de 25\u00ba C. Na Amaz\u00f4nia, o aquecimento pode chegar, no cen\u00e1rio mais pessimista, a 8 \u00baC.<\/p>\n
J\u00e1 a temperatura m\u00e9dia do ar no Pa\u00eds, em 2100, pode chegar a 28,9\u00ba C no cen\u00e1rio de altas emiss\u00f5es de gases estufa (pessimista) e at\u00e9 26,3 \u00baC no cen\u00e1rio de baixas emiss\u00f5es (otimista). No Brasil, a temperatura m\u00e9dia aumentou aproximadamente 0,75 \u00baC no s\u00e9culo 20, considerando a m\u00e9dia anual de 25 \u00baC. O ano mais quente no Pa\u00eds foi o de 1998 (aumento de at\u00e9 0,95 \u00baC em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 m\u00e9dia).<\/p>\n
A eleva\u00e7\u00e3o na intensidade das chuvas no Sul do Brasil foi consistente ao longo do s\u00e9culo, inicialmente mais acentuado no inverno e, depois, tamb\u00e9m no ver\u00e3o. No Nordeste e na Amaz\u00f4nia, n\u00e3o houve aumento ou redu\u00e7\u00e3o de chuvas.<\/p>\n
\nDesertos e doen\u00e7as – <\/strong>Algumas simula\u00e7\u00f5es mostram uma tend\u00eancia de extens\u00e3o da seca por praticamente todo o ano no Nordeste, transformando o semi-\u00e1rido em um deserto, at\u00e9 o final deste s\u00e9culo.<\/p>\n A tend\u00eancia de aumento do n\u00edvel do mar, na costa brasileira, foi avaliada em cerca de 40 cent\u00edmetros por s\u00e9culo, ou quatro mil\u00edmetros por ano. Cidades litor\u00e2neas e 25% da popula\u00e7\u00e3o brasileira, cerca de 42 milh\u00f5es de pessoas, podem ser afetadas. A eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar pode chegar a meio metro ao longo do s\u00e9culo 21.<\/p>\n A mudan\u00e7a clim\u00e1tica pode causar, ainda, aumento do risco de doen\u00e7as que se expandir\u00e3o com maior facilidade num planeta mais quente, em parte porque insetos transmissores, como no caso da mal\u00e1ria ou da dengue, teriam mais facilidade para se reproduzir. Aumentaria ainda o risco de contrair, por meio da \u00e1gua, doen\u00e7as como salmonelose e c\u00f3lera. <\/p>\n Doen\u00e7as respirat\u00f3rias tamb\u00e9m poderiam ser mais comuns, como conseq\u00fc\u00eancia de um poss\u00edvel aumento na incid\u00eancia de inc\u00eandios na floresta e na vegeta\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia e Cerrado, devido \u00e0 redu\u00e7\u00e3o de chuva. Al\u00e9m disso, teme-se que pessoas morram como conseq\u00fc\u00eancia das ondas de calor, especialmente crian\u00e7as e idosos. A queda da produtividade agr\u00e1ria tamb\u00e9m pode agravar a desnutri\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Em todas as grandes cidades, o aquecimento tamb\u00e9m deve exacerbar o problema das ilhas de calor, no qual pr\u00e9dios e asfalto ret\u00eam muito mais radia\u00e7\u00e3o t\u00e9rmica que \u00e1reas n\u00e3o-urbanas.<\/p>\n \nClima violento – <\/strong>No Sudeste, a segunda metade do s\u00e9culo 20 j\u00e1 registrou um aumento na intensidade e na viol\u00eancia das chuvas. A tend\u00eancia \u00e9 de que haja mais noites quentes na regi\u00e3o, que foram de 5% na d\u00e9cada de 50 e chegaram a quase 35% no in\u00edcio deste s\u00e9culo. <\/p>\n O levantamento lembra ainda o furac\u00e3o Catarina, registrado em mar\u00e7o de 2004, e considerado, possivelmente, o primeiro furac\u00e3o do Atl\u00e2ntico Sul. N\u00e3o houve nada compar\u00e1vel nos \u00faltimos 50 anos e n\u00e3o h\u00e1 registros, na hist\u00f3ria brasileira, de fen\u00f4meno t\u00e3o intenso.<\/p>\n No Brasil, as \u00e1reas mais suscet\u00edveis \u00e0 eros\u00e3o est\u00e3o na regi\u00e3o Nordeste, pela falta de rios capazes de abastecer o mar com sedimentos. Em Pernambuco, um dos Estados mais afetados, cerca de seis em cada dez praias dos 187 km de costa cedem terreno para o mar. <\/p>\n Uma eleva\u00e7\u00e3o de 50 cm no n\u00edvel do Atl\u00e2ntico poderia consumir 100 metros de praia no Norte e no Nordeste. Em Recife, por exemplo, a linha costeira retrocedeu 80 metros de 1915 a 1950, e mais de 25 metros de 1985 e 1995. (Estad\u00e3o Online)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O efeito estufa poder\u00e1 fazer a seca no Nordeste durar o ano inteiro, causar fortes tempestades no Sul e no Sudeste e levar ao deasaprecimento de trechos da costa. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29752"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=29752"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/29752\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=29752"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=29752"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=29752"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}