O \u00f3leo de palmeira, largamente produzido na Indon\u00e9sia e na Mal\u00e1sia, respons\u00e1veis por 85% da produ\u00e7\u00e3o mundial, j\u00e1 foi visto como um biocombust\u00edvel ideal, uma alternativa barata para o petr\u00f3leo e para o combate ao aquecimento global. Por\u00e9m, a contagem de carbono na produ\u00e7\u00e3o do combust\u00edvel \u00e0 base de \u00f3leo de palmeira mostra que o balan\u00e7o \u00e9 negativo. <\/p>\n
Um relat\u00f3rio divulgado no final de 2006 por pesquisadores do instituto Wetlands Internacional, da Holanda, afirma que algumas planta\u00e7\u00f5es produzem muito mais di\u00f3xido de carbono do que ajudam a combater. <\/p>\n
Semeadas em p\u00e2ntanos drenados, as palmeiras provocam a libera\u00e7\u00e3o de um dep\u00f3sito de carbono resultante da decomposi\u00e7\u00e3o de plantas e animais que at\u00e9 ent\u00e3o estava preso no solo, por milh\u00f5es de anos. <\/p>\n
“Como biocombust\u00edvel, (o \u00f3leo de palmeira) \u00e9 um fracasso”, afirmou Marcel Silvius, especialista em mudan\u00e7a clim\u00e1tica do instituto. <\/p>\n
Al\u00e9m disso, ambientalistas h\u00e1 muito tempo alertam que as palmeiras s\u00e3o plantadas em \u00e1reas que eram de floresta, amea\u00e7ando a exist\u00eancia de esp\u00e9cies de animais.<\/p>\n
Custos ambientais – <\/strong>O debate sobre o \u00f3leo de palmeira \u00e9 um exemplo de fatos que esfriam o entusiasmo por \u00f3leos vegetais como substitutos para combust\u00edveis f\u00f3sseis. <\/p>\n O \u00f3leo de palmeira \u00e9 ingrediente para \u00f3leos de cozinha, cosm\u00e9ticos, sabonetes, p\u00e3es, chocolates, lubrificantes industriais. \u00c9 atraente como bioenergia porque \u00e9 relativamente abundante, barato (US$ 577 a tonelada, em meados de mar\u00e7o) e mais facilmente integrado a esta\u00e7\u00f5es de energia j\u00e1 existentes. <\/p>\n Sua produ\u00e7\u00e3o \u00e9 considerada neutra em carbono, ou seja, o carbono emitido durante a queima do \u00f3leo de palmeira \u00e9 igual ao que \u00e9 absorvido durante o crescimento da planta. <\/p>\n Mas o custo ambiental que o cerca est\u00e1 cada vez mais vis\u00edvel. <\/p>\n O estudo de quatro anos no Sudeste Asi\u00e1tico, realizado por um time do Wetlands, da Delft Hidr\u00e1ulica e do Centro de Pesquisa Alterra da Universidade Wageningen, disse que 600 milh\u00f5es de toneladas de di\u00f3xido de carbono s\u00e3o lan\u00e7ados no ar de p\u00e2ntanos drenados.<\/p>\n Outros 1,4 bilh\u00e3o de toneladas sobem com as fuma\u00e7as de inc\u00eandios intencionais, provocados para limpar terras nas florestas –as queimadas chegam a deixar boa parte de Singapura e da Mal\u00e1sia envolvida na fuma\u00e7a por semanas. <\/p>\n Juntos, esses 2 bilh\u00f5es de toneladas de di\u00f3xido de carbono representam 8% da emiss\u00e3o global, afirmou o relat\u00f3rio. <\/p>\n Os n\u00fameros do Wetlands n\u00e3o puderam ser verificados de maneira independente pelo Secretariado sobre Mudan\u00e7a Clim\u00e1tica da ONU – Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas, pelo World Resources Institute, em Washington, ou por especialistas acad\u00eamicos, mas eles disseram que os resultados parecem confi\u00e1veis. <\/p>\n No pr\u00f3ximo m\u00eas, o IPCC – Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas publicar\u00e1 o segundo de uma s\u00e9rie de quatro relat\u00f3rios sobre as prov\u00e1veis causas e o poss\u00edvel impacto do aquecimento global. (Folha Online)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Semeadas em p\u00e2ntanos drenados, as palmeiras provocam a libera\u00e7\u00e3o de um dep\u00f3sito de carbono resultante da decomposi\u00e7\u00e3o de plantas e animais que at\u00e9 ent\u00e3o estava preso no solo, por milh\u00f5es de anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[35],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30279"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=30279"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30279\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=30279"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=30279"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=30279"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}