{"id":30611,"date":"2007-04-14T00:00:00","date_gmt":"2007-04-14T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-04-14T00:00:00","modified_gmt":"2007-04-14T00:00:00","slug":"mudanca-climatica-ameaca-vida-no-mediterraneo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/04\/14\/30611-mudanca-climatica-ameaca-vida-no-mediterraneo.html","title":{"rendered":"Mudan\u00e7a clim\u00e1tica amea\u00e7a vida no Mediterr\u00e2neo"},"content":{"rendered":"
O fundo marinho do Mediterr\u00e2neo est\u00e1 em perigo pelos efeitos da mudan\u00e7a clim\u00e1tica, alertaram especialistas mundiais reunidos no 38\u00ba Congresso da Ciesm – Comiss\u00e3o Internacional para a Explora\u00e7\u00e3o Cient\u00edfica do Mediterr\u00e2neo, em Istambul, tra\u00e7ando um futuro sombrio para as esp\u00e9cies que habitam estas \u00e1guas.<\/p>\n

Este mar se converteu em cen\u00e1rio de “choque de civiliza\u00e7\u00f5es”, com a invas\u00e3o de esp\u00e9cies “estrangeiras” que se expandem ao mesmo tempo em que as \u00e1guas se aquecem, amea\u00e7ando a sobreviv\u00eancia da fauna local, mais habituada a temperaturas frias, afirmam os cientistas.<\/p>\n

V\u00e1rias esp\u00e9cies de peixe e de algas tropicais pegaram o caminho do Mediterr\u00e2neo oriental depois da abertura do canal de Suez no Egito, em 1869, e representam hoje n\u00e3o menos de 80% das 550 esp\u00e9cies al\u00f3genas recenseadas na bacia mediterr\u00e2nea, adverte Bella Galil, do Instituto Nacional israelense de Oceanografia.<\/p>\n

Mas, ao tempo do aquecimento planet\u00e1rio, estes organismos s\u00e3o, segundo a cientista, “candidatos que esperam se expandir mais no Mediterr\u00e2neo, porque est\u00e3o originalmente adaptados ao calor enquanto a maior parte das esp\u00e9cies locais n\u00e3o o s\u00e3o”.<\/p>\n

Este “conflito de civiliza\u00e7\u00f5es” em \u00e1gua salgada, que come\u00e7ou com a propaga\u00e7\u00e3o de invertebrados como o Brachidantes pharaonis nas margens orientais at\u00e9 a C\u00f3rsega ou a medusa Rhopilema nomadica at\u00e9 o Peloponeso, poder\u00e1 se tornar a grande amea\u00e7a para a popula\u00e7\u00e3o original, prev\u00ea Galil.<\/p>\n

“No Atl\u00e2ntico, as esp\u00e9cies ‘frias’ podem subir at\u00e9 Bergen (na Noruega), mas no Mediterr\u00e2neo n\u00e3o h\u00e1 Bergen, ele p\u00e1ra em Marselha (sul da Fran\u00e7a)”, exclama ela. V\u00e1rios cientistas reunidos em Istambul evocam um aquecimento m\u00e9dio da \u00e1gua mediterr\u00e2nea da ordem de 1\u00b0C no decorrer da d\u00e9cada passada.<\/p>\n

Um programa lan\u00e7ado pela Ciesm revelou, por sua vez, que a temperatura aumenta ingualmente no fundo marinho e que esse acr\u00e9scimo foi de 0,3\u00b0C entre 1985 e 2000, segundo as medi\u00e7\u00f5es efetuadas na altura do estreito de Gibraltar. Uma evolu\u00e7\u00e3o aparentemente m\u00edmina, mas potencialmente cheia de conseq\u00fc\u00eancias.<\/p>\n

“Nas \u00e1guas profundas, os organismos s\u00e3o adaptados a temperaturas constantes, da ordem de 13\u00b0C, n\u00e3o estando habituados a mudan\u00e7as sazonais”, explica Fr\u00e9d\u00e9ric Briand, diretor da Ciesm. “E l\u00e1, isto faz uma grande diferen\u00e7a”. Al\u00e9m disso, a subida das \u00e1guas, causada pelo derretimento das geleiras e, em menor medida, pela dilata\u00e7\u00e3o da \u00e1gua sob o efeito do calor, j\u00e1 come\u00e7ou no Mediterr\u00e2neo, explicou o professor Bouchta El Moumni, da Universidade de Tanger, no Marrocos. (AFP\/ Terra)\n<\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

V\u00e1rias esp\u00e9cies de peixe e de algas tropicais pegaram o caminho do Mediterr\u00e2neo oriental depois da abertura do canal de Suez no Egito, em 1869, e representam hoje n\u00e3o menos de 80% das 550 esp\u00e9cies al\u00f3genas recenseadas na bacia mediterr\u00e2nea. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30611"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=30611"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/30611\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=30611"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=30611"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=30611"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}