{"id":31269,"date":"2004-03-29T00:00:00","date_gmt":"2004-03-29T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2004-03-29T00:00:00","modified_gmt":"2004-03-29T00:00:00","slug":"creditos-de-carbono-para-quema-historia-se-repete","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/artigos\/2004\/03\/29\/31269-creditos-de-carbono-para-quema-historia-se-repete.html","title":{"rendered":"Cr\u00e9ditos de Carbono para quem?\r\nA hist\u00f3ria se repete"},"content":{"rendered":"
Os F\u00f3runs BECE-REBIA tamb\u00e9m est\u00e3o tentando descobrir a resposta para essa pergunta atrav\u00e9s da Rede Brasileira de Informa\u00e7\u00f5es Ambientais.<\/p>\n
O Projeto BECE (sigla em ingl\u00eas) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais defende a constru\u00e7\u00e3o de um “Novo Mercado” que traga investimentos diretos para as popula\u00e7\u00f5es carentes e exclu\u00eddas da pir\u00e2mide das commodities convencionais, inserindo-os no processo produtivo das commodities ambientais e oferecendo-lhes acesso ao mercado. Na estrutura hoje vigente, o indiv\u00edduo desempregado ou sem renda fica totalmente fora do mercado; n\u00e3o tem acesso \u00e0
\n\u00e1gua pot\u00e1vel, \u00e0 eletricidade, ao tratamento do esgoto, etc. bens que comp\u00f5em as matrizes ambientais.<\/p>\n
Entendemos que, se n\u00e3o gerarmos ocupa\u00e7\u00e3o e renda para as popula\u00e7\u00f5es que vivem das florestas, para comunidades exclu\u00eddas, as minorias, os sem-expectativa-de-vida, pequenos produtores, extrativistas, desempregados em geral, n\u00e3o h\u00e1 como preservar o meio ambiente. Tampouco \u00e9 poss\u00edvel controlar a emiss\u00e3o de polui\u00e7\u00e3o, que vai desde os esgotos lan\u00e7ados nos rios, c\u00f3rregos e mares at\u00e9 os gases do efeito estufa (di\u00f3xido de carbono, g\u00e1s metano, entre outros) lan\u00e7ados na atmosfera por todos setores produtivos envolvidos.<\/p>\n
Acreditamos que o Brasil tem enorme potencial para desenvolver projetos s\u00f3cio-ambientais que atendam a interesses maiores do que uma classe social, um grupo ou outro. O pa\u00eds tem ainda condi\u00e7\u00f5es de expandir esse projeto para outros pa\u00edses dado o aspecto humanit\u00e1rio que ele envolve.<\/p>\n
Por que acreditamos nisso? <\/p>\n
Porque o Brasil n\u00e3o \u00e9 um pa\u00eds pobre, e nunca foi, sendo detentor das matrizes ambientais (\u00e1gua, energia, min\u00e9rio, madeira, biodiversidade, reciclagem e controle de emiss\u00e3o de poluentes -\u00e1gua, solo e ar) para produ\u00e7\u00e3o destas commodities desde que em condi\u00e7\u00f5es sustent\u00e1veis.<\/p>\n
Esta proposta, que se sustenta na trilogia legitimidade-credibilidade-\u00e9tica, sup\u00f5e uma participa\u00e7\u00e3o consciente na promo\u00e7\u00e3o de uma economia justa, socialmente digna, politicamente participativa, ecologicamente correta e integrada dentro dos preceitos do desenvolvimento sustent\u00e1vel.<\/p>\n
Estamos preocupados com a maneira pela qual as reuni\u00f5es e debates sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e a implanta\u00e7\u00e3o do Mercado de Carbono v\u00eam sendo conduzidas. A tend\u00eancia que temos observado \u00e9, infelizmente, que os “Cr\u00e9ditos de Carbono” sejam novamente a repeti\u00e7\u00e3o de um modelo centralizador, arriscado, limitado e desgastado sob os quais se
\nestabeleceram os contratos de derivativos, commodities convencionais e t\u00edtulos nos grandes centros financeiros.<\/p>\n
Se o F\u00f3rum Econ\u00f4mico em Davos tem como oposi\u00e7\u00e3o o F\u00f3rum Social Mundial, as Bolsas convencionais e o atual sistema financeiro, enraizado no modelo neoliberal, desumano e injusto, ter\u00e3o como contra-ponto, para que a sociedade possa intervir e corrigir as distor\u00e7\u00f5es que est\u00e3o se
\ninstitucionalizando, a Parceria BECE-REBIA.<\/p>\n
Depois n\u00e3o digam que n\u00e3o avisamos, ali\u00e1s, denunciamos!<\/p>\n
Refer\u00eancias:<\/p>\n
El Khalili, Amyra. Cr\u00e9ditos de Carbono para Quem?. Jornal do Meio Ambiente. Mar\u00e7o-Abril\/2001.(www.portaldomeioambiente.org.br)<\/p>\n
Boletim 0187 [BECE-REBIA] Quem ser\u00e1 beneficiado pelos cr\u00e9ditos de carbono? Revista Jornalismo Cient\u00edfico – LABJOR e SBPC . Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci\u00eancia. N.35 – Atualizado em 10\/08\/2002. Por Sara Nani. 12 de Agosto de 2002. ComCi\u00eancia – (www.comciencia.br).<\/p>\n
Boletim 0256 [BECE-REBIA]. MDL, a licen\u00e7a para poluir. Revista Ecologia e Desenvolvimento, n. 103 – (www.etm.com.br). Por Jaqueline B. Ramos. Edi\u00e7\u00e3o Carlos Tautz. 08 de Outubro de 2002<\/p>\n
Boletim 0341[BECE-REBIA] O que s\u00e3o Cr\u00e9ditos de Carbono?. Amyra El Khalili.2 de Janeiro de 2003. Artigo publicado em diversos Sites e Revistas.<\/p>\n
Boletins 0666 e 0668 [BECE-FREBIA] No Brasil, surge um novo modelo economico para o Desenvolvimento Sustent\u00e1vel. Lucas Matheron. 12 e 14 de agosto de 2004. AEDEV – Internet au service du d\u00e9veloppement durable (www.aedev.org).<\/p>\n
Fonte: Livro no prelo A Mais Pura Fonte dos Manan\u00acciais – de Amyra El Khalili – Organizador Antonio Carlos Teixeira. Editora Virtual BECE-REBIA<\/p>\n
(*) Amyra El Khalili* \u00e9 economista, presidente do Projeto BECE (sigla em ingl\u00eas) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais. \u00c9 tamb\u00e9m fundadora e co-editora da Rede Internacional BECE-REBIA (www.bece.org.br ), membro do Conselho Gestor da REBIA – Rede Brasileira de Informa\u00e7\u00e3o Ambiental, do Conselho Editorial do Portal do Meio Ambiente Se n\u00e3o gerarmos emprego e renda para as popula\u00e7\u00f5es que vivem das florestas, para os sem-terra, os sem-teto, os sem-expectativa-de-vida, desempregados em geral, n\u00e3o h\u00e1 como preservar o meio ambiente. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[5],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/31269"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=31269"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/31269\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=31269"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=31269"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=31269"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\n(www.portaldomeioambiente.org.br ) e da Revista do Meio Ambiente (www.rebia.org.br ). \u00c9 professora de p\u00f3s gradua\u00e7\u00e3o com a disciplina “Economia S\u00f3cioambiental” na Faculdade de Direito de Campos de Goytacazes e pela OSCIP Prima Sustentabilidade. Indicada para o “Pr\u00eamio 1000 Mulheres para o Nobel da Paz” e para o Pr\u00eamio Bertha Lutz. email: (ongcta@terra.com.br) <\/strong><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"