{"id":31845,"date":"2007-06-19T00:00:00","date_gmt":"2007-06-19T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-06-19T00:00:00","modified_gmt":"2007-06-19T00:00:00","slug":"rios-de-santossp-mantem-poluentes-longe-das-praias","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/06\/19\/31845-rios-de-santossp-mantem-poluentes-longe-das-praias.html","title":{"rendered":"Rios de Santos\/SP mant\u00eam poluentes longe das praias"},"content":{"rendered":"
Os primeiros dados do Projeto Ecosan, ainda in\u00e9ditos, se por um lado surpreendem, por outro mostram qual \u00e9 o ponto nevr\u00e1lgico das \u00e1guas santistas.
\n“A polui\u00e7\u00e3o na regi\u00e3o estuarina \u00e9 de uma ordem de grandeza muito maior do que a existente nas \u00e1guas da ba\u00eda de Santos e da plataforma continental pr\u00f3xima. O caso ali \u00e9 de risco \u00e0 sa\u00fade p\u00fablica”, afirma a ocean\u00f3grafa M\u00e1rcia B\u00edcego.<\/p>\n
A cientista participa da for\u00e7a-tarefa do Instituto Oceanogr\u00e1fico que desde 2005 investiga qual \u00e9 a “influ\u00eancia do complexo estuarino da Baixada Santista sobre o ecossistema da plataforma adjacente”, o nome pomposo do Projeto Ecosan, que custou R$ 600 mil.<\/p>\n
“N\u00f3s analisamos apenas os poluentes que est\u00e3o nos sedimentos e n\u00e3o na coluna d’\u00e1gua”, avisa B\u00edcego. Como na regi\u00e3o o fundo \u00e9 recoberto quase sempre por areia, fica mais dif\u00edcil para os contaminantes se grudarem aos gr\u00e3os. Em regi\u00f5es com grande quantidade de argila, por exemplo, a sedimenta\u00e7\u00e3o da sujeira lan\u00e7ada ao mar at\u00e9 o fundo ocorre em quantidades bem maiores.<\/p>\n
“A not\u00edcia \u00e9 positiva de um lado (pela falta de polui\u00e7\u00e3o na ba\u00eda), mas ao mesmo tempo mostra que o foco, em termos ambientais, precisa ser fechado mesmo nos estu\u00e1rios”, diz.<\/p>\n
O grupo que ela dirigiu estudou os chamados compostos org\u00e2nicos. Entram nessa lista desde os organoclorados (pesticidas) at\u00e9 os derivados de petr\u00f3leo e res\u00edduos de esgoto.<\/p>\n
A baixa sedimenta\u00e7\u00e3o dos poluentes nas \u00e1guas da ba\u00eda de Santos, segundo B\u00edcego, deve ser analisada ao lado de um outro fen\u00f4meno tamb\u00e9m conhecido dos cientistas. “As correntes mar\u00edtimas s\u00e3o muito fortes naquela \u00e1rea. N\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel dizer que n\u00e3o existe nenhuma exporta\u00e7\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o. Mas aquilo que sai do estu\u00e1rio acabava sendo levado ainda mais para alto-mar”, argumenta.<\/p>\n
A an\u00e1lise das 21 esta\u00e7\u00f5es de coleta que formaram o Ecosan indica ainda que o emiss\u00e1rio de Santos est\u00e1 cumprindo seu papel de enviar para longe o esgoto da Baixada Santista. “Nos pontos estudados pr\u00f3ximos \u00e0 sa\u00edda do emiss\u00e1rio a polui\u00e7\u00e3o aumenta apenas um pouco, nada significativo”, diz a cientista.<\/p>\n
Se o bom funcionamento do emiss\u00e1rio ajuda a explicar uma certa melhora nas condi\u00e7\u00f5es das praias de Santos e S\u00e3o Vicente nos \u00faltimos anos, o esgoto n\u00e3o deixa de ser o grande vil\u00e3o das praias.<\/p>\n
Nos per\u00edodos, at\u00e9 certo ponto longos, que as praias da regi\u00e3o ficam sob a classifica\u00e7\u00e3o de impr\u00f3pria, \u00e9 a chuva que carrega os dejetos para o mar. Nenhuma das cidades da regi\u00e3o tem uma cobertura de esgoto de 100%. Em Cubat\u00e3o, segundo dados da Sabesp – Companhia de Saneamento B\u00e1sico do Estado de S\u00e3o Paulo, a rede s\u00f3 cobre 41% do que deveria cobrir.<\/p>\n
Nesse caso, a exporta\u00e7\u00e3o de poluentes \u00e9 bastante grande, mas a fonte primordial desses dejetos n\u00e3o \u00e9 realmente o estu\u00e1rio. Os esgotos das casas sem redes de coleta ou os que fluem por liga\u00e7\u00f5es clandestinas chegam ao sistema de \u00e1guas pluviais e, ent\u00e3o, v\u00e3o direto – e sem nenhum tipo de tratamento – para as praias. (Folha Online)\n<\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O estu\u00e1rio da Baixada Santista (regi\u00e3o de Cubat\u00e3o), um dos \u00e1reas mais sujas do pa\u00eds, quase n\u00e3o exporta poluentes para o mar. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[91],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/31845"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=31845"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/31845\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=31845"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=31845"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=31845"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}