{"id":32999,"date":"2007-08-20T00:00:00","date_gmt":"2007-08-20T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-08-20T00:00:00","modified_gmt":"2007-08-20T00:00:00","slug":"projeto-meros-do-brasil-articula-prorrogacao-de-portaria-para-preservacao-do-peixe-mero","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/08\/20\/32999-projeto-meros-do-brasil-articula-prorrogacao-de-portaria-para-preservacao-do-peixe-mero.html","title":{"rendered":"Projeto \u201cMeros do Brasil\u201d articula prorroga\u00e7\u00e3o de portaria para preserva\u00e7\u00e3o do peixe Mero"},"content":{"rendered":"

Diversos segmentos da sociedade, acad\u00eamicos, pesquisadores, representantes de ONGs e associa\u00e7\u00e3o de pesca est\u00e3o se mobilizando para assegurar a sobreviv\u00eancia do Mero, Epinephelus itajara<\/em>. Nos \u00faltimos dias 15 e 16 de agosto, foi realizada no Cepsul\/Ibama (Centros de Pesquisa e Extens\u00e3o Pesqueira das regi\u00f5es Sudeste e Sul), em Itaja\u00ed (SC), uma reuni\u00e3o com cerca de 30 representantes para discutir a prorroga\u00e7\u00e3o da portaria 121 de 20 de setembro de 2002. <\/p>\n

A medida proibiu a pesca e comercializa\u00e7\u00e3o do Mero por um per\u00edodo de cinco anos, em todo o territ\u00f3rio brasileiro, com isso, a esp\u00e9cie se tornou o primeiro peixe marinho da hist\u00f3ria do Brasil a receber um mecanismo legal de prote\u00e7\u00e3o. Com o prazo expirando, o grupo elaborou um documento solicitando a prorroga\u00e7\u00e3o do prazo por mais 5 anos, o que deve garantir mais estudos sobre a esp\u00e9cie. <\/p>\n

A articula\u00e7\u00e3o para prorroga\u00e7\u00e3o da portaria faz parte do projeto \u201cMeros – Estrat\u00e9gias para a Conserva\u00e7\u00e3o de Ambientes Costeiros e Marinhos do Brasil\u201d, patrocinado pela Petrobras, atrav\u00e9s do Programa Petrobras Ambiental. O grupo envolvido no projeto tamb\u00e9m participou ativamente da edi\u00e7\u00e3o da portaria 121\/2002.<\/p>\n

O Mero \u00e9 uma esp\u00e9cie de grande porte, da fam\u00edlia Serranidae<\/em>, a mesma da Garoupa e do Badejo. Ele pode atingir tr\u00eas metros de comprimento, pesar mais de 400 quilos e viver mais de 40 anos. Mas a captura excessiva desta esp\u00e9cie, que ocupa \u00e1reas costeiras e apresenta comportamento destemido em rela\u00e7\u00e3o a presen\u00e7a humana, al\u00e9m da crescente degrada\u00e7\u00e3o de seu habitat vem resultando em decl\u00ednios populacionais. O Mero \u00e9 altamente suscept\u00edvel \u00e0 pesca, pois possui longo tempo de gera\u00e7\u00e3o, com taxas de crescimento lento e matura\u00e7\u00e3o sexual tardia, al\u00e9m de h\u00e1bitos como os de agregar-se para a reprodu\u00e7\u00e3o. Atualmente, o peixe est\u00e1 na lista vermelha das esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o da IUCN (Internacional Union for Conservation Nature) como esp\u00e9cie Criticamente Amea\u00e7ada. Recentemente, o Ibama definiu a esp\u00e9cie como sobre-explotada, devido a sua alta longevidade, matura\u00e7\u00e3o tardia e alto valor comercial. <\/p>\n

O documento que solicita a prorroga\u00e7\u00e3o da Portaria avalia que a atividade pesqueira se concentra sobre os agregados de reprodu\u00e7\u00e3o, o que aumenta a vulnerabilidade do Mero. E esclarece que o per\u00edodo se justifica, pois est\u00e1 prevista uma nova avalia\u00e7\u00e3o global pela UICN e uma nacional, utilizando dados produzidos e organizados pelo Projeto Meros do Brasil e parceiros, dentro deste prazo.<\/p>\n

A solicita\u00e7\u00e3o de prorroga\u00e7\u00e3o ainda deve ser fortalecida devido as experi\u00eancias realizadas pela preserva\u00e7\u00e3o do peixe na Bahia da Babitonga (SC) e pelos projetos desenvolvidos. Al\u00e9m do projeto \u201cMeros do Brasil\u201d, patrocinado pela Petrobras, atrav\u00e9s do programa Petrobras Ambiental, tamb\u00e9m est\u00e3o em desenvolvimento a “Rede Nacional para a Conserva\u00e7\u00e3o de Lutjanidae e Serranidae”, aprovado recentemente pelo FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente), com dura\u00e7\u00e3o de 2 anos e “Conhecimento Ecol\u00f3gico Local: Convergindo esfor\u00e7os na Conserva\u00e7\u00e3o do Mero – O Senhor das Pedras”, patrocinado pela Critical Ecosystem Partnership Fund, Funda\u00e7\u00e3o Biodiversitas. <\/p>\n

\u201cComo estes projetos est\u00e3o em andamento \u00e9 essencial que eles tenham a garantia de pesquisa para gerar informa\u00e7\u00f5es para futuras tomadas de decis\u00e3o\u201d, alerta Paulo Beckenkamp, gerente executivo do projeto \u201cMeros do Brasil\u201d. Ele lembra ainda que a continuidade da portaria vai assegurar n\u00e3o somente o conhecimento cient\u00edfico. \u201cA portaria para a proibi\u00e7\u00e3o da pesca visa preservar o Mero, mas ter\u00e1 uma influ\u00eancia muito grande tamb\u00e9m na conserva\u00e7\u00e3o dos ambientes associados\u201d.<\/p>\n

O respons\u00e1vel t\u00e9cnico pelo Projeto Meros do Brasil, Mauricio Hostim, explica que a prorroga\u00e7\u00e3o segue tend\u00eancias e esfor\u00e7os mundiais. Ele explica que a edi\u00e7\u00e3o da portaria j\u00e1 possibilitou que fossem realizados novos estudos sobre esta esp\u00e9cie, mas os pesquisadores precisam de mais tempo para a divulga\u00e7\u00e3o das informa\u00e7\u00f5es produzidas e continuidade dos trabalhos iniciados neste per\u00edodo. \u00c9 justamente a portaria que pode auxiliar neste processo. <\/p>\n

Na ocasi\u00e3o da reuni\u00e3o, tamb\u00e9m foi elaborada uma minuta da prorroga\u00e7\u00e3o da Portaria 121\/2002. Agora, os documentos seguem para avalia\u00e7\u00e3o do Ibama.
\n(Fonte: Assessoria de Imprensa do Projeto)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Especialistas, acad\u00eamicos e ambientalistas elaboraram documento solicitando prorroga\u00e7\u00e3o da portaria que pro\u00edbe ca\u00e7a e pesca do peixe por mais 5 anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[68],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32999"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=32999"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/32999\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=32999"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=32999"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=32999"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}