{"id":33765,"date":"2007-09-28T00:00:00","date_gmt":"2007-09-28T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-09-28T00:00:00","modified_gmt":"2007-09-28T00:00:00","slug":"cientistas-propoem-milhoes-de-canos-no-oceano-contra-aquecimento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/09\/28\/33765-cientistas-propoem-milhoes-de-canos-no-oceano-contra-aquecimento.html","title":{"rendered":"Cientistas prop\u00f5em milh\u00f5es de canos no oceano contra aquecimento"},"content":{"rendered":"
Dois dos principais ecologistas da Gr\u00e3-Bretanha acreditam que \u00e9 hora de desenvolver uma solu\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica r\u00e1pida para mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n

Em artigo na revista Nature, o diretor do Museu de Ci\u00eancia em Londres, Chris Rapley, e James Lovelock, criador da teoria de Gaia (que v\u00ea a Terra como um organismo vivo capaz de se auto-regular), sugerem que se procure aumentar a absor\u00e7\u00e3o de CO2 pelos oceanos.<\/p>\n

Com o uso de tubos verticais gigantescos, a \u00e1gua da superf\u00edcie e das profundezas do mar seriam misturadas para fertilizar algas, que absorveriam CO2 da atmosfera.<\/p>\n

As \u00e1guas frias do fundo do mar s\u00e3o ricas em nutrientes. Para promover a mistura da \u00e1gua, os canos flutuariam livremente, criando um fluxo de \u00e1gua de 100 a 200 metros de profundidade para a superf\u00edcie. A Atmocean acredita que uma das formas de vida que podem se beneficiar do uso dos canos \u00e9 o salp, um microorganismo que excreta carbono em fezes que se depositam no fundo do mar, talvez armazenando carbono l\u00e1 por mil\u00eanios.<\/p>\n

A id\u00e9ia j\u00e1 est\u00e1 sendo testada pela companhia americana Atmocean. Seu diretor, Phil Kithil, calcula que a instala\u00e7\u00e3o de 134 milh\u00f5es de canos pode, potencialmente, retirar cerca de um ter\u00e7o do di\u00f3xido de carbono produzido por atividades humanas a cada ano. Mas ele admite que as pesquisas ainda est\u00e3o apenas come\u00e7ando.<\/p>\n

“O problema que nos preocupa mais \u00e9 a acidifica\u00e7\u00e3o. N\u00f3s estamos trazendo para a superf\u00edcie n\u00edveis mais altos de CO2 junto com os nutrientes – diz Kithil. A empresa afirma que uma outra vantagem de diminuir a temperatura das \u00e1guas na superf\u00edcie em regi\u00f5es como o Golfo do M\u00e9xico poderia ser uma redu\u00e7\u00e3o do n\u00famero de furac\u00f5es, que precisam de \u00e1guas mais aquecidas para se formar.<\/p>\n

Lovelock e Rapley sugerem ainda que os canos no oceano podem estimular tamb\u00e9m o crescimento de microorganismos que produzem sulfureto de dimetilo, uma subst\u00e2ncia que contribui para a forma\u00e7\u00e3o de nuvens sobre o oceano, refletindo a luz do sol para fora da superf\u00edcie da terra e ajudando na refrigera\u00e7\u00e3o do planeta.<\/p>\n

Rapley e Lovelock dizem que duvidam que os planos existentes para reduzir as emiss\u00f5es de carbono sejam suficientemente r\u00e1pidos para combater as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n

“N\u00f3s n\u00e3o vamos salvar o planeta por abordagens usuais como o Protocolo de Kyoto ou energia renov\u00e1vel”, disse Lovelock \u00e0 BBC. (JB Online<\/em>)\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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