{"id":34584,"date":"2007-11-09T00:00:00","date_gmt":"2007-11-09T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2007-11-09T00:00:00","modified_gmt":"2007-11-09T00:00:00","slug":"ciclones-e-enchentes-produzem-refugiados-ambientais-em-bangladesh","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2007\/11\/09\/34584-ciclones-e-enchentes-produzem-refugiados-ambientais-em-bangladesh.html","title":{"rendered":"Ciclones e enchentes produzem refugiados ambientais em Bangladesh"},"content":{"rendered":"
No entanto, quando se conversa com moradores das vilas ribeirinhas pr\u00f3ximas \u00e0 costa, no sul de Bangladesh, \u00e9 f\u00e1cil encontrar exemplos de que mudan\u00e7as mais dr\u00e1sticas no clima podem mesmo estar a caminho.<\/p>\n
“O governo construiu um dique para proteger da mar\u00e9 alta as terras cultiv\u00e1veis do nosso vilarejo em 1971. S\u00f3 que h\u00e1 uns sete ou oito anos, algumas mar\u00e9s altas de lua cheia conseguem ultrapassar o dique e j\u00e1 prejudicam o cultivo de arroz por aqui”, contou \u00e0 BBC Brasil o professor prim\u00e1rio Alamgir Hossain Dulal, morador da vila de Kuakata, no litoral da Ba\u00eda de Bengala.<\/p>\n
A freq\u00fc\u00eancia das enchentes tamb\u00e9m parece ter aumentado. Neste ano, de acordo com Nabiha Chowdhury, do Crescente Vermelho (co-irm\u00e3o da Cruz Vermelha Internacional) de Bangladesh, as chuvas afetaram a produ\u00e7\u00e3o de gr\u00e3os deste ano.<\/p>\n
“Em agosto, depois das enchentes, como sempre fizeram, os lavradores semearam a pr\u00f3xima colheita. S\u00f3 que dessa vez, em algumas semanas uma nova enchente veio e destruiu tudo. Atualmente, at\u00e9 a popula\u00e7\u00e3o local est\u00e1 um pouco confusa”, disse Chowdhury \u00e0 BBC Brasil.<\/p>\n
A intensidade e a dura\u00e7\u00e3o dos ciclones que sempre abalaram a regi\u00e3o tamb\u00e9m parecem ter mudado de padr\u00e3o e de freq\u00fc\u00eancia.<\/p>\n
“Antes, a \u00e9poca dos tuf\u00f5es e furac\u00f5es ia de abril a maio e em outubro e novembro. Agora, temos cada vez mais ciclones fora de \u00e9poca”, afirmou Shafiqul Alam, um comerciante de Koakuta.<\/p>\n
Ele disse ainda que, de cinco anos para c\u00e1, a freq\u00fc\u00eancia dos ciclones, que costumava a ser de cerca de dois por ano, passou a ser de oito a dez.<\/p>\n
O caminho natural dos refugiados ambientais parece ser a capital bengalesa, Dhaka. Gente como Mohammed Selim, dono de 11 barracos para alugar na favela de Nagayon, nos arredores de Dhaka, pode servir de term\u00f4metro n\u00e3o-oficial deste fen\u00f4meno.<\/p>\n
“As pessoas que v\u00eam para c\u00e1 s\u00e3o de v\u00e1rias partes do pa\u00eds e normalmente v\u00eam para c\u00e1 porque perderam tudo nos seus locais de origem”, disse Selim \u00e0 BBC Brasil.<\/p>\n
Rahela Begum \u00e9 a chefe de uma das dez fam\u00edlias que pagam 500 thaka (cerca de R$ 18) por m\u00eas, mais despesas com eletricidade, por um barraco de cerca de quatro metros por tr\u00eas metros.<\/p>\n
Ela conta que perdeu tudo o que tinha com uma enchente-rel\u00e2mpago no distrito de Sherpur, no norte do pa\u00eds.<\/p>\n
“A \u00e1gua veio t\u00e3o rapidamente que em mais ou menos meia hora ou uma hora, perdemos quase tudo. Nem equipamento para cozinhar conseguimos salvar”, afirmou Begum \u00e0 BBC Brasil.<\/p>\n
A solu\u00e7\u00e3o encontrada pela fam\u00edlia \u00e9 uma hist\u00f3ria que se repete em Bangladesh: recome\u00e7ar na capital, onde \u00e9 poss\u00edvel encontrar empregos para sustentar os filhos.<\/p>\n
Hoje, Dhaka tem mais de 10 milh\u00f5es de habitantes e uma infra-estrutura que atende apenas parte da popula\u00e7\u00e3o, mas ainda consegue oferecer oportunidades, ainda que limitadas, aos rec\u00e9m-chegados – um panorama que provavelmente vai mudar se o fluxo de refugiados ambientais continuar a crescer. (Estad\u00e3o Online<\/em>)\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Popula\u00e7\u00e3o bengalesa relata como notam as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas no pa\u00eds. O caminho natural dos refugiados ambientais parece ser a capital bengalesa, Dhaka. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/34584"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=34584"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/34584\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=34584"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=34584"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=34584"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}