{"id":37216,"date":"2008-03-28T00:00:00","date_gmt":"2008-03-28T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2008-03-28T00:00:00","modified_gmt":"2008-03-28T00:00:00","slug":"para-especialista-epidemia-de-dengue-e-a-mais-grave-do-rio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2008\/03\/28\/37216-para-especialista-epidemia-de-dengue-e-a-mais-grave-do-rio.html","title":{"rendered":"Para especialista, epidemia de dengue \u00e9 a mais grave do Rio"},"content":{"rendered":"
Segundo Sabroza, a dengue pode ser transmitida por dois tipos de v\u00edrus: 1 ou 2. Ele explica que a maior mortalidade do v\u00edrus de tipo 2, respons\u00e1vel por essa epidemia, decorre n\u00e3o da maior for\u00e7a de seu tipo em rela\u00e7\u00e3o ao 1, mas do fato de ter sido reintroduzido em uma \u00e1rea que j\u00e1 teve uma primeira grande epidemia. “Acredit\u00e1vamos que a imunidade parcial da popula\u00e7\u00e3o, que j\u00e1 passou por uma epidemia anterior, conteria o avan\u00e7o da doen\u00e7a, mas mesmo assim temos uma nova epidemia”, disse.<\/p>\n
“H\u00e1 uma preocupa\u00e7\u00e3o bastante grande com o futuro, para que o Rio n\u00e3o desenvolva o padr\u00e3o do sudeste asi\u00e1tico”, acrescenta, explicando, como o verificado na \u00c1sia, a cada reintrodu\u00e7\u00e3o do v\u00edrus caem o n\u00famero de casos (e sua dispers\u00e3o) e crescem o de mortes.<\/p>\n
Sabroza comentou que a gravidade dessa epidemia de 2008 decorre, tamb\u00e9m, do fato de que “apesar de toda a mobiliza\u00e7\u00e3o e de todo o grande esfor\u00e7o para conter a dengue, identificada pelos t\u00e9cnicos no in\u00edcio do segundo semestre de 2007, ainda assim n\u00e3o se conseguiu conter o avan\u00e7o da doen\u00e7a.”<\/p>\n
Conten\u00e7\u00e3o – <\/strong>O epidemiologista questionou, entretanto, a qualidade do trabalho de conten\u00e7\u00e3o da dengue em virtude do tipo de contrata\u00e7\u00e3o adotada pelo governo. “H\u00e1 um problema de qualidade na mobiliza\u00e7\u00e3o, os s\u00e3o funcion\u00e1rios terceirizados e, portanto, \u00e9 dif\u00edcil ter uma equipe treinada adequadamente”, disse.<\/p>\n Outro problema identificado por Sabroza nas a\u00e7\u00f5es para barrar a doen\u00e7a \u00e9 a ado\u00e7\u00e3o do que chama de “a\u00e7\u00e3o extensiva”. Segundo ele, nesse tipo de abordagem h\u00e1 uma falta de suporte epidemiol\u00f3gico, que leva a uma inefici\u00eancia na a\u00e7\u00e3o. “Apesar desse tipo de abordagem ser consensualmente considerado correto pela imprensa e pela popula\u00e7\u00e3o em geral, o que acaba acontecendo \u00e9 que n\u00e3o h\u00e1 um correto direcionamento dos esfor\u00e7os, de maneira que quaisquer que sejam os resultados a mesma a\u00e7\u00e3o \u00e9 sempre empregada”, disse.<\/p>\n Para corre\u00e7\u00e3o desse problema, Sabroza sugere a mudan\u00e7a do modelo de controle, introduzindo a orienta\u00e7\u00e3o de especialistas no direcionamento das a\u00e7\u00f5es. Como exemplo disso, ele cita a direcionamento da elimina\u00e7\u00e3o de focos criadores do mosquito. Os chamados micro-criadores (latas, vasos e pequenos recipientes) foco principal das campanhas at\u00e9 o momento, criam uma ou duas larvas por vez, apenas. J\u00e1 os macro-criadores (grandes recipientes, como caixas d’\u00e1gua abertas), de dif\u00edcil acesso, criam grande n\u00famero de f\u00eameas do mosquito e podem contaminar um bairro inteiro. Ele explica que para conseguir atingir e eliminar esses macro-criadores \u00e9 necess\u00e1ria uma busca espec\u00edfica feita por especialistas, que n\u00e3o tem sido feita devido ao tipo de abordagem adotado at\u00e9 o momento.<\/p>\n Futuro – <\/strong>O especialista acrescentou ainda que n\u00e3o acredita que a epidemia possa se agravar no Rio de Janeiro, mas alertou para a grande possibilidade de surtos em outras regi\u00f5es do estado e de todo pa\u00eds. “Acredito que at\u00e9 meados de abril a doen\u00e7a deva estar se enfraquecendo na cidade, devido \u00e0 sua sazonalidade (a dengue se prolifera, juntamente com seu vetor, nos meses mais quentes do ano). No entanto, \u00e9 importante dar aten\u00e7\u00e3o a cidades como Manaus e Fortaleza, de clima quente o ano todo, que j\u00e1 come\u00e7am um processo de reintrodu\u00e7\u00e3o do v\u00edrus de tipo 2.” (Estad\u00e3o Online)<\/em>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O epidemiologista Fiocruz, Paulo Sabroza, aponta ainda para risco de outras grandes epidemias em cidades como Manaus (AM) e Fortaleza (CE).
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