{"id":37736,"date":"2008-04-23T01:00:00","date_gmt":"2008-04-23T01:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2011-02-22T17:23:25","modified_gmt":"2011-02-22T20:23:25","slug":"entrevista-mario-christian-meyer-um-gigante-da-ecologia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/exclusivas\/2008\/04\/23\/37736-entrevista-mario-christian-meyer-um-gigante-da-ecologia.html","title":{"rendered":"Entrevista: Mario Christian Meyer, um \u201cGigante da Ecologia\u201d"},"content":{"rendered":"
\"\"Esteve recentemente em visita ao Brasil o professor doutor Mario Christian Meyer (na foto<\/em>), que veio de Paris para receber, em Blumenau (SC), no final do m\u00eas passado, o Pr\u00eamio Gigantes da Ecologia – Edi\u00e7\u00e3o 2008.<\/p>\n

Meyer \u00e9 fundador e presidente do PISAD Europe (Programa Internacional de Salvaguarda da Amaz\u00f4nia, Mata Atl\u00e2ntica e Amer\u00edndios para o Desenvolvimento Sustent\u00e1vel) em Paris – Fran\u00e7a, em parceria institucional e financeira com a Unesco – Programa 00 BRA 603: Amerindian Communication and Sustainable Economic Development Programme for a Culture of Peace in Brazilian Amazonia. <\/em><\/p>\n

<\/em>\u00c9 professor convidado junto \u00e0 Universit\u00e9s de Paris \u2013 Sorbonne e, nos \u00faltimos 15 anos, como um perito em coopera\u00e7\u00e3o cient\u00edfica e tecnol\u00f3gica em biotecnologia, etno-farmacologia e em ci\u00eancias ambientais, ele vem se dedicando a estudos de salvaguarda das diversidades biol\u00f3gicas e culturais da Amaz\u00f4nia, propondo formas in\u00e9ditas de desenvolvimento sustent\u00e1vel.<\/p>\n

Seu projeto tem por base a utiliza\u00e7\u00e3o de uma t\u00e9cnica desenvolvida com o Instituto Nacional Polit\u00e9cnico de Loraine (Fran\u00e7a), atrav\u00e9s da qual as popula\u00e7\u00f5es nativas possam extrair das plantas os princ\u00edpios ativos, em forma de extratos vegetais semi-purificados, para a fabrica\u00e7\u00e3o de bioprodutos de alto valor agregado, de maneira eficaz e sem agredir a natureza.<\/p>\n

\u201cA implanta\u00e7\u00e3o desse projeto preservar\u00e1 a cultura ancestral dos \u00edndios, fundamental para o progresso cient\u00edfico ocidental, no que se refere ao conhecimento das diversas etnias sobre as plantas da floresta\u201d, disse a AmbienteBrasil<\/strong> Eliana Spengler, coordenadora da Comiss\u00e3o de Homenageados do “Gigantes da Ecologia 2008”<\/p>\n

\u201cAl\u00e9m disso, o projeto tornar\u00e1 poss\u00edvel aumentar a renda das comunidades locais, como forma de diminuir os riscos de biopirataria, \u00e0 qual est\u00e3o cada vez mais expostas as comunidades ind\u00edgenas\u201d, completa.<\/p>\n

Eliana debru\u00e7ou-se sobre o trabalho do doutor Meyer coletando subs\u00eddios para elaborar um artigo enfocando sua \u201cfant\u00e1stica hist\u00f3ria\u201d. O trabalho – Um Gigante na Floresta -, integra o livro que leva o t\u00edtulo da premia\u00e7\u00e3o e que faz parte de um projeto educacional em Santa Catarina.<\/p>\n

Recepcionando-o agora, ela fez com o Prof. Dr. Mario Christian Meyer a seguinte entrevista, que AmbienteBrasil<\/strong> publica com exclusividade.<\/p>\n

Eliana Spengler – O senhor veio ao Brasil como o grande homenageado do Gigantes 2008, por seu trabalho de salvaguarda da Amaz\u00f4nia, Mata Atl\u00e2ntica e Amer\u00edndios para o Desenvolvimento Sustent\u00e1vel. Do que se trata o seu trabalho?<\/strong><\/p>\n

Mario Christian Meyer –<\/strong> Trata-se do primeiro caso na hist\u00f3ria de transfer\u00eancia de biotecnologia para o povo ind\u00edgena, num processo de coopera\u00e7\u00e3o eq\u00fcitativa de respeito \u00e0s tradi\u00e7\u00f5es milenares e da identidade psico-cultural do \u00cdndio “preservado”, a fim de assegurar o seu desenvolvimento sustent\u00e1vel para as futuras gera\u00e7\u00f5es. Chamamos de \u00edndio preservado aquele que ainda vive no respeito da sua cultura ancestral e possui um conhecimento eficaz da sua biodiversidade, das plantas medicinais.<\/p>\n

Resumindo, trata-se de uma alian\u00e7a inovadora e revolucion\u00e1ria entre os conhecimentos tradicionais e as biotecnologias modernas visando \u00e0 valoriza\u00e7\u00e3o da biodiversidade brasileira. Os conhecimentos tradicionais porque representam o primeiro passo, in situ, do conhecimento ancestral dos recursos gen\u00e9ticos da floresta. As biotecnologias porque constituem o instrumento cient\u00edfico ideal para valorizar a biodiversidade e seus princ\u00edpios ativos, demonstrando que uma “\u00e1rvore de p\u00e9” vale mais do que uma “\u00e1rvore abatida”.<\/p>\n

Eliana – Seu projeto de transfer\u00eancia de biotecnologia para os povos ind\u00edgenas \u00e9 tamb\u00e9m uma forma de preservar a cultura ancestral dos \u00edndios sobre a biodiversidade. Se essa riqu\u00edssima cultura n\u00e3o for preservada, a ci\u00eancia ocidental n\u00e3o sofrer\u00e1, conseq\u00fcentemente, grandes perdas? Quais?<\/strong><\/p>\n

Meyer <\/strong>– Sim, o conhecimento ancestral que os \u00edndios t\u00eam da biodiversidade, h\u00e1 s\u00e9culos, serve de base para o desenvolvimento de pesquisas relativas aos princ\u00edpios ativos de novos rem\u00e9dios. Assim, essa transfer\u00eancia de biotecnologia constitui uma forma pragm\u00e1tica de conservar o conhecimento emp\u00edrico adquirido, por ensaio e erro, durante mil\u00eanios, n\u00e3o s\u00f3 sobre as plantas medicinais, mas tamb\u00e9m sobre a mitologia ind\u00edgena que registra esses saberes perpetuados pelos seus ritos inici\u00e1ticos.<\/p>\n

Caso esses conhecimentos tradicionais n\u00e3o forem associados ao conhecimento tecnol\u00f3gico atual que lhes assegure a presen\u00e7a no mundo moderno, eles desaparecer\u00e3o do processo evolutivo do homem e s\u00f3 permanecer\u00e3o em museus arqueol\u00f3gicos de etnografia. Com seu desaparecimento, a ci\u00eancia moderna seria amputada de uma forma original de know how, pois deixar\u00e1 de descobrir novas mol\u00e9culas indispens\u00e1veis para a sa\u00fade do homem, como foram os curares, a pilocarpina, a emetina, o captopril e as batracotoxinas, aportadas pelo \u00edndio \u00e0 medicina de hoje.<\/p>\n

Esse conhecimento da natureza tamb\u00e9m \u00e9 fundamental para a sa\u00fade do meio ambiente, pois pode impedir o desmatamento da floresta atrav\u00e9s da valoriza\u00e7\u00e3o da “\u00e1rvore de p\u00e9” citada acima. Tamb\u00e9m perderemos conhecimentos preciosos para o equil\u00edbrio dos ecossistemas amaz\u00f4nicos e atl\u00e2nticos e sua contribui\u00e7\u00e3o para o equil\u00edbrio bioclim\u00e1tico do planeta. Concluindo, o desaparecimento desses saberes milenares seria um crime hist\u00f3rico.<\/p>\n

Eliana – H\u00e1 quanto tempo o senhor iniciou essa pesquisa no cora\u00e7\u00e3o da Floresta Amaz\u00f4nica, em parceria com a UNESCO?<\/strong><\/p>\n

Meyer <\/strong>– O meu primeiro trabalho na Amaz\u00f4nia come\u00e7ou em 1983, quando a UNESCO convidou-me, enquanto especialista em Neuropsiquiatria do Desenvolvimento, a desenvolver uma pesquisa sobre Abordagem Neuro-psicomotora do Acesso ao Mundo do Signo\/s\u00edmbolo Escrito (base para a alfabetiza\u00e7\u00e3o das popula\u00e7\u00f5es ‘desfavorecidas’), que constituiu a base psico-cultural do trabalho atual.<\/p>\n

Devido ao impacto desse estudo, ele foi transformado num livro publicado pela pr\u00f3pria UNESCO, “Apprentissage de la langue maternelle \u00e9crite”, com um Pref\u00e1cio do c\u00e9lebre Coll\u00e8ge de France. O estudo das diferentes formas de express\u00e3o escrita dessas popula\u00e7\u00f5es originais levou-me a analisar os princ\u00edpios ativos das plantas utilizadas nas pinturas corporais e iniciou-me no mundo das plantas medicinais.<\/p>\n

Quase 15 anos mais tarde, recebi uma proposta da UNESCO para realizar um “Invent\u00e1rio dos Saberes Milenares dos \u00cdndios (conhecimento tradicional) sobre a valoriza\u00e7\u00e3o da biodiversidade da Amaz\u00f4nia e da Mata Atl\u00e2ntica”, com o objetivo de desenvolver um modelo pragm\u00e1tico de desenvolvimento sustent\u00e1vel, que se transformou num relat\u00f3rio oficial junto \u00e0 UNESCO, 2000-2003: Programa 00 BRA 603: Amerindian Communication and Sustainable Economic Development Programme for a Culture of Peace in Brazilian Amaz\u00f4nia.<\/p>\n

Assim, utilizando como base a Neuropsiquiatria do Desenvolvimento para revitalizar os conhecimentos ancestrais, passamos \u00e0 \u00e1rea das Ci\u00eancias da Vida, como a biotecnologia verde, para explorar equitativamente os recursos naturais da Floresta, assegurando assim o futuro dos povos nativos no seu meio ambiente natural e desenvolvendo a economia regional.<\/p>\n

Eliana – Qual o sentimento de um cientista que trabalha com os melhores centros de Pesquisa e Desenvolvimento Cient\u00edfico do mundo, ao pisar na mata virgem e conviver com as popula\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas que vivem totalmente isoladas da civiliza\u00e7\u00e3o?<\/strong><\/p>\n

Meyer<\/strong> – Ali, no cora\u00e7\u00e3o da Floresta, sentimos a emo\u00e7\u00e3o descrita por Einstein como a mais profunda \u2013 a emo\u00e7\u00e3o m\u00edstica. \u00c9 o que sentimos, por exemplo, quando um Paj\u00e9 explica que os “esp\u00edritos da Floresta” lhe deixam saber qual parte da planta e qual o melhor momento de colet\u00e1-la, a fim de curar uma determinada doen\u00e7a: “deus est\u00e1 em cada planta, atr\u00e1s de cada esp\u00e9cie viva”, dizem eles.<\/p>\n

O primeiro contato com a exuber\u00e2ncia da mata virgem e com sua popula\u00e7\u00e3o ind\u00edgena provoca, assim, um sentimento quase que inici\u00e1tico \u2013 a descoberta de um mundo onde o Homem e a Natureza convivem em perfeito equil\u00edbrio, numa esp\u00e9cie de harmonia consang\u00fc\u00ednea entre os seres vivos. Para o \u00edndio, existem verdadeiros elos de consang\u00fcinidade entre os diferentes seres da floresta \u2013 as \u00e1rvores e os animais s\u00e3o como primos, pertencentes \u00e0 mesma fam\u00edlia. Da\u00ed o respeito inerente pela natureza em todos os seus componentes. Sua mitologia preserva a vida da floresta.<\/p>\n

Eliana – Em suas miss\u00f5es na Amaz\u00f4nia, o senhor deve ter presenciado tamb\u00e9m um grande rastro de destrui\u00e7\u00e3o causado pela a\u00e7\u00e3o do homem. Na Amaz\u00f4nia, quais s\u00e3o hoje as a\u00e7\u00f5es mais perniciosas e que danos causam para o ecossistema?<\/strong><\/p>\n

Meyer <\/strong>– A a\u00e7\u00e3o ilegal de certos madeireiros tem sido historicamente devastadora, assim como as ocupa\u00e7\u00f5es desordenadas por posseiros e grileiros, que derrubam a floresta e provocam imensas queimadas. Muitas vezes esses posseiros s\u00e3o assentados pelo pr\u00f3prio governo e n\u00e3o conseguem sobreviver nesse ambiente hostil tornando-se, inconscientemente, agentes de destrui\u00e7\u00e3o da rica biodiversidade da regi\u00e3o. Por outro lado, at\u00e9 as monoculturas extensivas, caracter\u00edsticas do sul do Brasil, tamb\u00e9m est\u00e3o amea\u00e7ando hoje o sul da Amaz\u00f4nia.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, o garimpo do ouro utilizando merc\u00fario para amalgamar as palhetas de ouro provoca uma polui\u00e7\u00e3o altamente hostil para o meio ambiente, posto que n\u00e3o \u00e9 degrad\u00e1vel \u2013 o merc\u00fario, subst\u00e2ncia t\u00f3xica nociva ao ser humano e ao meio ambiente, contamina os rios, se fixa nas algas que s\u00e3o ingeridas pelos peixes, que por sua vez s\u00e3o ingeridas pelo homem, fazendo com que toda a cadeia alimentar seja contaminada.<\/p>\n

Hoje, conhecemos t\u00e9cnicas que podem solucionar em grande parte esses problemas, mas falta incentivo financeiro para que sejam aplicadas em campo.<\/p>\n

Eliana – Em n\u00edvel mundial, quais as perturba\u00e7\u00f5es do meio ambiente que podem ser inter-relacionadas, direta ou indiretamente, com a utiliza\u00e7\u00e3o irrespons\u00e1vel dos recursos naturais?<\/strong><\/p>\n

Meyer –<\/strong> S\u00e3o in\u00fameras. Entretanto, vamos nos ater \u00e0quelas cujos efeitos s\u00e3o palp\u00e1veis, como a eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel dos oceanos, a redu\u00e7\u00e3o das geleiras, as altera\u00e7\u00f5es da vegeta\u00e7\u00e3o e do equil\u00edbrio bioclim\u00e1tico. A Terra, quando agredida, reage colocando em risco a sobreviv\u00eancia do homem \u2013 o efeito estufa que provoca furac\u00f5es devastadores, a destrui\u00e7\u00e3o da camada de oz\u00f4nio, a radia\u00e7\u00e3o solar letal, as inunda\u00e7\u00f5es, os inc\u00eandios nas florestas e a polui\u00e7\u00e3o fluvial, mar\u00edtima e do ar.<\/p>\n

A Amaz\u00f4nia contribui substancialmente para o equil\u00edbrio dos diferentes ecossistemas do planeta. Por isso, devemos proteg\u00ea-la antes que seja tarde, irrepar\u00e1vel.<\/p>\n

Eliana – Qual a import\u00e2ncia dos projetos de sustentabilidade desenvolvidos por empresas?<\/strong><\/p>\n

Meyer<\/strong> – O ser humano precisa despertar urgentemente para o fato de que \u00e9 impens\u00e1vel construir o futuro sem bases sustent\u00e1veis. N\u00e3o podemos continuar exaurindo as riquezas naturais como se elas fossem infinitas, nem gerar degrada\u00e7\u00e3o ao meio ambiente no exerc\u00edcio de nossas atividades econ\u00f4micas. As empresas precisam conscientizar-se n\u00e3o s\u00f3 de sua responsabilidade individual com rela\u00e7\u00e3o ao ecossistema e desenvolver projetos de sustentabilidade para neutralizar os danos causados por sua atividade, mas tamb\u00e9m da necessidade de investir em tecnologias que permitam preservar o que resta da natureza, valorizando a sua biodiversidade atrav\u00e9s da fabrica\u00e7\u00e3o de bioprodutos de alto valor agregado.<\/p>\n

Eliana – Em se tratando de ecossistema, todas as a\u00e7\u00f5es t\u00eam impacto global? Por qu\u00ea?<\/strong><\/p>\n

Meyer <\/strong>– Certamente. Porque o ecossistema \u00e9 formado por diversos fatores que atuam simultaneamente. As plantas, os animais, as bact\u00e9rias, o solo, a \u00e1gua, enfim, todos os elementos se inter-relacionam e dependem intimamente do funcionamento equilibrado dessa cadeia. A altera\u00e7\u00e3o de um \u00fanico elemento costuma causar modifica\u00e7\u00f5es em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equil\u00edbrio existente.<\/p>\n

Eliana – Ainda h\u00e1 tempo para reverter o quadro atual? O que deve ser feito?<\/strong><\/p>\n

Meyer<\/strong> – Certas destrui\u00e7\u00f5es do nosso meio ambiente j\u00e1 s\u00e3o irrevers\u00edveis, como a extin\u00e7\u00e3o de muitas esp\u00e9cies; mas ainda podemos escolher o nosso futuro, desenvolvendo projetos pragm\u00e1ticos que correspondam \u00e0s reais necessidades do ecossistema, bem como das popula\u00e7\u00f5es que nele vivem.<\/p>\n

Assim, a utiliza\u00e7\u00e3o de biotecnologias de ponta para valorizar a biodiversidade, como propomos no nosso modelo de desenvolvimento sustent\u00e1vel, constitui um exemplo pr\u00e1tico aplic\u00e1vel em diferentes regi\u00f5es do mundo. Devemos continuar a desenvolver modelos deste tipo. Por isso \u00e9 fundamental que os jovens, futuros gestores do planeta, se dediquem a essas quest\u00f5es com seriedade e comprometimento, para construir um futuro melhor para as gera\u00e7\u00f5es vindouras.<\/p>\n

Saiba mais sobre o assunto nos Ambientes abaixo:<\/strong><\/p>\n<\/div>\n

Biotecnologia<\/strong><\/a><\/div>\n
\u00cdndios<\/strong><\/a><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Pesquisador de Paris desenvolve projeto na Amaz\u00f4nia que preserva saberes dos \u00edndios, sobretudo em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s plantas medicinais, e os ajuda a enfrentar a biopirataria. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[3],"tags":[32,27,81,155,101,161,152,64,153,151,157,25,148,159,43,162,154,156,150,39,163,149,160,158],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37736"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=37736"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37736\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=37736"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=37736"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=37736"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}