{"id":37911,"date":"2008-05-01T00:00:00","date_gmt":"2008-05-01T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2008-05-01T00:00:00","modified_gmt":"2008-05-01T00:00:00","slug":"sombra-de-jupiter-e-campo-magnetico-moldam-anel-do-planeta","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2008\/05\/01\/37911-sombra-de-jupiter-e-campo-magnetico-moldam-anel-do-planeta.html","title":{"rendered":"Sombra de J\u00fapiter e campo magn\u00e9tico moldam anel do planeta"},"content":{"rendered":"

\u00c9 a sombra de J\u00fapiter que d\u00e1 forma \u00e0 faixa mais externa – e misteriosa – dos an\u00e9is do planeta, afirma um trabalho publicado na edi\u00e7\u00e3o desta semana da revista Nature. Menos conhecidos e certamente muito menos vistosos que os de Saturno, os an\u00e9is do maior planeta do Sistema Solar s\u00f3 foram descobertos em 1979, quando as sondas Voyager, da Nasa, passaram por l\u00e1. <\/p>\n

Cientistas acreditam que os an\u00e9is de J\u00fapiter s\u00e3o compostos por poeira espacial e por gr\u00e3os liberados em colis\u00f5es de aster\u00f3ides e cometas com as luas do planeta, e s\u00e3o limitados pelas \u00f3rbitas de quatro luas – Adrast\u00e9ia, T\u00e9tis, Amalt\u00e9ia e Tebe. <\/p>\n

Essa explica\u00e7\u00e3o, no entanto, \u00e9 incapaz de dar conta da faixa mais externa dos an\u00e9is, a chamada extens\u00e3o de Tebe, um rastro de poeira que se localiza para al\u00e9m da \u00f3rbita dessa lua – n\u00e3o sendo, portanto, limitado por ela. Os pesquisadores Douglas P. Hamilton, dos EUA, e Harald Kr\u00fcger, da Alemanha, prop\u00f5em que \u00e9 a sombra de J\u00fapiter que leva a poeira para t\u00e3o longe, com o aux\u00edlio do campo magn\u00e9tico do planeta.<\/p>\n

A explica\u00e7\u00e3o, diz Hamilton, vem do fato de que os raios do Sol arrancam el\u00e9trons dos gr\u00e3os de poeira, dotando-os de carga el\u00e9trica. “Essa carga muda na passagem do sol para a sombra”, diz o cientista. “Isso permite que o campo magn\u00e9tico de J\u00fapiter force as \u00f3rbitas a ficar exc\u00eantricas. Sem a sombra, a carga ficaria praticamente constante e as \u00f3rbitas se manteriam praticamente circulares”.<\/p>\n

J\u00fapiter tem um campo magn\u00e9tico dez vezes mais potente que o de qualquer outro planeta do Sistema Solar, diz Hamilton. “O campo \u00e9 gerado por correntes el\u00e9tricas na camada de hidrog\u00eanio met\u00e1lico de J\u00fapiter”, explica. “O hidrog\u00eanio assume as propriedades condutoras de eletricidade de um metal sob as press\u00f5es extremas encontradas no interior do planeta”.<\/p>\n

O efeito da sombra foi descoberto gra\u00e7as a dados levantados pela sonda Galileu, da Nasa, que cruzou os an\u00e9is de J\u00fapiter durante sua miss\u00e3o para estudar o planeta, que durou de 1995 a 2003, quando foi destru\u00edda ao ficar sem combust\u00edvel. <\/p>\n

Entre 2002 e 2003, a sonda passou pelos an\u00e9is de Tebe e Amalt\u00e9ia, registrando o n\u00famero de colis\u00f5es sofridas com part\u00edculas de poeira e fazendo, assim, um mapa da regi\u00e3o.<\/p>\n

Os an\u00e9is de J\u00fapiter diferem dos de Saturno em composi\u00e7\u00e3o – rocha, n\u00e3o gelo – e na quantidade de material: “Se todo o material nos an\u00e9is de Saturno fosse concentrado em uma esfera, ela teria cerca de 200 km de raio. Para J\u00fapiter, a esfera teria 50 metros”, compara Hamilton. “E esse \u00e9 o tamanho aproximado de uma \u00fanica das part\u00edculas dos an\u00e9is de Saturno”. (Fonte: Estad\u00e3o Online)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Varia\u00e7\u00e3o de carga el\u00e9trica causada pela sombra permite que o campo magn\u00e9tico mova os gr\u00e3os de poeira. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[36],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37911"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=37911"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37911\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=37911"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=37911"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=37911"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}