{"id":40789,"date":"2008-09-19T00:00:00","date_gmt":"2008-09-19T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2008-09-19T00:00:00","modified_gmt":"2008-09-19T00:00:00","slug":"conabio-definira-estrategia-nacional-de-combate-a-especies-exoticas-invasoras","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2008\/09\/19\/40789-conabio-definira-estrategia-nacional-de-combate-a-especies-exoticas-invasoras.html","title":{"rendered":"Conabio definir\u00e1 estrat\u00e9gia nacional de combate a esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras"},"content":{"rendered":"
B\u00fafalos, javalis, aedes aegypti<\/em>, HIV (V\u00edrus da Imunodefici\u00eancia Humana), caracol gigante africano, mexilh\u00e3o dourado, pinus, braque\u00e1ria s\u00e3o exemplos de esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras presentes no Brasil. Organismos (plantas, animais e microorganismos) que, uma vez introduzidos em um novo ambiente dentro de um mesmo pa\u00eds ou fora dele, se estabelecem causando impactos ecol\u00f3gicos, econ\u00f4micos e sociais.<\/p>\n

Essas esp\u00e9cies s\u00e3o consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo. Estudos recentes realizados pela Universidade de Cornell (EUA), avaliando esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras nos Estados Unidos, Reino Unido, Austr\u00e1lia, \u00cdndia e Brasil, estimaram em 120 mil o n\u00famero de esp\u00e9cies que j\u00e1 invadiram esses pa\u00edses causando um preju\u00edzo de cerca de US$ 350 bilh\u00f5es\/ano. No mundo todo esse n\u00famero chegaria a US$ 1,5 trilh\u00e3o\/ano, aproximadamente 5% do PIB mundial.<\/p>\n

Em fun\u00e7\u00e3o da dimens\u00e3o do problema, foi criada no \u00faltimo dia 9 de setembro, no \u00e2mbito da Comiss\u00e3o Nacional de Biodiversidade (Conabio), uma C\u00e2mara, presidida pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, com o objetivo de definir uma estrat\u00e9gia nacional de combate \u00e0s esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras. \u00c9 o primeiro f\u00f3rum criado no Brasil para tratar desse tema que contar\u00e1 com a participa\u00e7\u00e3o de diversos setores da sociedade como os minist\u00e9rios da Sa\u00fade, dos Transportes, da Agricultura, Instituto Horus e Sociedade Bot\u00e2nica do Brasil.<\/p>\n

Essa C\u00e2mara, entre outras atribui\u00e7\u00f5es, ser\u00e1 respons\u00e1vel por formular um gloss\u00e1rio padronizando as nomenclaturas usadas no Brasil, al\u00e9m de elaborar a primeira lista das esp\u00e9cies invasoras presentes no territ\u00f3rio nacional.<\/p>\n

“No Brasil h\u00e1 poucos dados ainda sobre essas esp\u00e9cies. Por isso a necessidade que todos os setores se unam para combater esse problema que tem 70% da sua decorr\u00eancia em fun\u00e7\u00e3o de a\u00e7\u00f5es do homem sobre o ambiente”, afirmou L\u00eddio Coradin, do Departamento de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade do MMA.<\/p>\n

Segundo L\u00eddio, o problema das esp\u00e9cies invasoras \u00e9 que elas s\u00e3o inseridas em locais onde n\u00e3o encontram seus predadores naturais, com isso elas acabam predando o ambiente em que se instalaram e quebrando as cadeias das esp\u00e9cies como \u00e9 o caso do tucunar\u00e9, peixe origin\u00e1rio do Amazonas, mas que \u00e9 encontrado em v\u00e1rias outras regi\u00f5es do Pa\u00eds e do mexilh\u00e3o dourado que causa um preju\u00edzo \u00e0 Usina de Itaipu de US$ 1 milh\u00e3o por semana.<\/p>\n

Informe Nacional – Desde 1992, a Conven\u00e7\u00e3o de Diversidade Biol\u00f3gica (CDB), no artigo 8-H, estabelece que os pa\u00edses signat\u00e1rios devem se preocupar com a preven\u00e7\u00e3o, combate e controle das esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras. Em 2000, na Confer\u00eancia das Partes da ONU, em Nair\u00f3bi, no Qu\u00eania, foi definido um plano para os pa\u00edses atuarem no combate a esse problema.<\/p>\n

Seguindo essas diretrizes, no Brasil est\u00e1 sendo elaborado o primeiro Informe Nacional sobre esp\u00e9cies ex\u00f3ticas invasoras. O estudo trar\u00e1 um diagn\u00f3stico sobre as esp\u00e9cies instaladas no Pa\u00eds e potenciais estruturas para erradica\u00e7\u00e3o e controle abrangendo esp\u00e9cies terrestres, marinhas, em \u00e1guas continentais, em sistemas de produ\u00e7\u00e3o e que afetem a sa\u00fade humana.<\/p>\n

A primeira parte do estudo, englobando a parte marinha e \u00e1guas continentais, dever\u00e1 ser divulgada ainda em 2008. As outras \u00e1reas devem ter sua lista divulgada no in\u00edcio de 2009. (Fonte: Daniela Mendes\/ MMA)<\/em>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"