{"id":41644,"date":"2008-10-31T00:00:00","date_gmt":"2008-10-31T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2008-10-31T00:00:00","modified_gmt":"2008-10-31T00:00:00","slug":"arqueologo-diz-ter-encontrado-o-mais-antigo-texto-hebraico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2008\/10\/31\/41644-arqueologo-diz-ter-encontrado-o-mais-antigo-texto-hebraico.html","title":{"rendered":"Arque\u00f3logo diz ter encontrado o mais antigo texto hebraico"},"content":{"rendered":"
As cinco linhas, escritas h\u00e1 3 mil anos, e as ru\u00ednas da fortaleza onde o fragmento foi encontrado s\u00e3o sinais de que um poderoso reino existia no tempo do rei Davi, disse Yossi Garfinkel, o arque\u00f3logo encarregado da escava\u00e7\u00e3o em Hirbet Qeiyafa.<\/p>\n
Outros especialistas relutam em aceitar a interpreta\u00e7\u00e3o de Garfinkel para os achados, reveladas nesta quinta-feira, 30. As descobertas j\u00e1 tomam parte em um debate acalorado sobre a fidelidade da narrativa b\u00edblica aos fatos hist\u00f3ricos.<\/p>\n
Hirbet Qeiyafa localiza-se perto da cidade israelense contempor\u00e2nea de Beit Shemesh, uma \u00e1rea que um doa marcou a fronteira entre os israelitas e seus inimigos, os filisteus. O local fica sobre o vale de Elah, descrito como o local do duelo entre Davi e Golias, fica perto das ru\u00ednas da cidade natal de Golias, a metr\u00f3pole filist\u00e9ia de Gath.<\/p>\n
Um volunt\u00e1rio adolescente descobriu o fragmento recurvado de cer\u00e2mica, um quadrado de 15 cent\u00edmetros, em julho. mais tarde, descobriu-se que a inscri\u00e7\u00e3o traz caracteres de proto-cananita, um precursor do alfabeto hebraico. <\/p>\n
An\u00e1lises de carbono 14 de material queimado encontrado na mesma camada de solo datam o fragmento de entre 1000 e 975 a.C., mesmo per\u00edodo descrito na B\u00edblia como o apogeu do reino de Davi.<\/p>\n
Outros pequenos fragmentos de escrita hebraica do s\u00e9culo 10 a.C., mas a nova inscri\u00e7\u00e3o, que Garfinkel sugere que pode ser parte de uma carta, antecede a inscri\u00e7\u00e3o significativa seguinte por cerca de 150 anos. Os textos hebraicos hist\u00f3ricos mais famosos, os Manuscritos do Mar Morto, come\u00e7aram a ser transcritos em pergaminho 850 anos mais tarde.<\/p>\n
O fragmento agora \u00e9 mantido num cofre de universidade, onde fil\u00f3logos tentam traduzi-lo, um trabalho que poder\u00e1 consumir meses. Mas diversas palavras j\u00e1 foram identificadas, incluindo algumas que, acredita-se, significam “juiz”, “escravo” e “rei”.<\/p>\n
Os israelitas n\u00e3o eram o \u00fanico povo a usar o alfabeto proto-cananita, e outros especialistas acreditam ser dif\u00edcil – talvez imposs\u00edvel – concluir que o texto \u00e9 hebraico e n\u00e3o uma l\u00edngua aparentada. Garfinkel baseia sua identifica\u00e7\u00e3o num verbo de tr\u00eas letras, significando “fazer”, que segundo ele era exclusivo do hebraico.<\/p>\n
O arque\u00f3logo Amihai Mazar, da Universidade Hebraica, diz que a inscri\u00e7\u00e3o \u00e9 “muito importante”, por representar o mais longo trecho de proto-cananita j\u00e1 encontrado, mas ele diz que chamar a l\u00edngua de hebraico \u00e9 ir longe demais. “A diferencia\u00e7\u00e3o entre as l\u00ednguas nesse per\u00edodo continua pouco clara”.<\/p>\n
Muitos estudiosos e arque\u00f3logos defendem a id\u00e9ia de que o relato b\u00edblico do tempo de Davi exagera a import\u00e2ncia tanto do monarca quanto de seu reino, e \u00e9 basicamente um mito.<\/p>\n
Mas se a alega\u00e7\u00e3o de Garfinkel for comprovada, isso seria um sinal de que os israelitas teriam sido capazes de registrar a hist\u00f3ria enquanto ela acontecia, dando aos redatores da B\u00edblia uma fonte hist\u00f3rica para basear seus relatos, escritos s\u00e9culos mais tarde. Isso tamb\u00e9m significaria que os ocupantes da fortaleza onde o texto foi descoberto eram israelitas, o que ainda n\u00e3o foi estabelecido. Fragmento de cer\u00e2mica \u00e9 parte em pol\u00eamica sobre o reino de Davi e o valor hist\u00f3rico dos relatos b\u00edblicos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[80],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/41644"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=41644"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/41644\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=41644"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=41644"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=41644"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
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