{"id":44619,"date":"2009-03-31T00:00:00","date_gmt":"2009-03-31T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2009-03-31T00:00:00","modified_gmt":"2009-03-31T00:00:00","slug":"praia-da-baixada-santista-e-alvo-de-disputa-entre-mercado-imobiliario-e-ambientalistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2009\/03\/31\/44619-praia-da-baixada-santista-e-alvo-de-disputa-entre-mercado-imobiliario-e-ambientalistas.html","title":{"rendered":"Praia da Baixada Santista \u00e9 alvo de disputa entre mercado imobili\u00e1rio e ambientalistas"},"content":{"rendered":"
O verde de Itaguar\u00e9 vai da praia at\u00e9 a serra do Mar sem interrup\u00e7\u00e3o. Com cerca de 3 km2, a \u00faltima praia totalmente preservada na Baixada Santista, frequentada por surfistas e ecoturistas, \u00e9 hoje o principal ponto de uma disputa ferrenha entre o mercado imobili\u00e1rio e ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente.<\/p>\n

Isso porque o Consema, como \u00e9 conhecido o \u00f3rg\u00e3o ambiental paulista, deve finalizar a discuss\u00e3o sobre o novo zoneamento ecol\u00f3gico-econ\u00f4mico da regi\u00e3o, que j\u00e1 dura 11 anos. A ideia \u00e9 que, at\u00e9 o final de abril, uma minuta de decreto seja apresentada para avalia\u00e7\u00e3o do governador Jos\u00e9 Serra (PSDB), estabelecendo o que pode e o que n\u00e3o pode ser feito no que restou de mata atl\u00e2ntica na Baixada Santista.<\/p>\n

As construtoras, com apoio das prefeituras, acham que \u00e9 poss\u00edvel erguer condom\u00ednios de alto padr\u00e3o na regi\u00e3o sem agredir o ambiente. O “verdes” defendem que o local seja transformado em um parque.<\/p>\n

Os ambientalistas, no caso de Itaguar\u00e9, t\u00eam o apoio do secret\u00e1rio estadual Xico Graziano (Meio Ambiente), que preside o Consema. “Realmente \u00e9 uma \u00e1rea que n\u00e3o pode sofrer. N\u00e3o sei quanto influenciarei no caso de uma vota\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o vou deixar perder aquilo ali.”<\/p>\n

O mercado imobili\u00e1rio e a administra\u00e7\u00e3o municipal, por\u00e9m, avaliam que ocupar 20% da \u00e1rea total de Itaguar\u00e9 com condom\u00ednios, como \u00e9 o proposto, n\u00e3o causaria graves preju\u00edzos ambientais.<\/p>\n

Porto<\/strong> – Mais uma quest\u00e3o pol\u00eamica nas discuss\u00f5es sobre o zoneamento da Baixada \u00e9 o projeto de amplia\u00e7\u00e3o do porto de Santos, defendido pela prefeitura.<\/p>\n

O projeto, que dobraria a capacidade do porto, permite a constru\u00e7\u00e3o de instala\u00e7\u00f5es nas ilhas Barnab\u00e9 e Pia\u00e7aguera, o que afetaria, segundo ambientalistas, mangues e \u00e1reas verdes preservadas. O mangue \u00e9 uma esp\u00e9cie de ber\u00e7\u00e1rio para peixes e crust\u00e1ceos.<\/p>\n

O ambientalista Carlos Bocuhy, presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental) e integrante do Consema, defende que o porto, em vez de ser expandido, passe por uma moderniza\u00e7\u00e3o. Ele afirma que deveria haver um melhor aproveitamento do espa\u00e7o que o porto ocupa hoje.<\/p>\n

Graziano, por\u00e9m, afirma que vai ser dif\u00edcil barrar a expans\u00e3o portu\u00e1ria. “A \u00e1rea de desenvolvimento do governo estadual defende fortemente. O governo federal tem a mesma opini\u00e3o.”<\/p>\n

Ele afirmou ter se aconselhado sobre a quest\u00e3o com Mario Mantovani, diretor da Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica. “Ele disse que a \u00e1rea j\u00e1 est\u00e1 muito antropizada [alterada pelo homem].” De acordo com o secret\u00e1rio, isso n\u00e3o quer dizer que n\u00e3o haver\u00e1 preju\u00edzo ambiental. “Sempre tem. Mas o zoneamento n\u00e3o significa conceder licen\u00e7a, o empreendimento ter\u00e1 de passar pelo licenciamento ambiental normalmente.”<\/p>\n

A professora do Instituto Oceanogr\u00e1fico da USP Yara Novelli afirma que a expans\u00e3o portu\u00e1ria ir\u00e1 afetar negativamente as ilhas Barnab\u00e9 e Pia\u00e7aguera. Segundo ela, aves aqu\u00e1ticas costumam se alimentar na regi\u00e3o e botos-cinza tamb\u00e9m j\u00e1 foram avistados na \u00e1rea.<\/p>\n

Esverdeamento<\/strong> – Para Casemiro T\u00e9rcio Carvalho, da Coordenadoria de Planejamento Ambiental da secretaria, j\u00e1 houve um avan\u00e7o durante as negocia\u00e7\u00f5es do zoneamento. Do ano passado para c\u00e1, ocorreu um “esverdeamento” do mapa proposto. No anterior, 364,11 km2 podiam ter ocupa\u00e7\u00e3o de no m\u00e1ximo 10% da \u00e1rea total –classifica\u00e7\u00e3o que mais restringe a expans\u00e3o urbana. Ao final do processo, somam-se 500,03 km2.<\/p>\n

Para Bocuhy, isso ocorreu porque o Estado sofre menor press\u00e3o dos interesses locais. (Fonte: Afra Balazina\/ Folha Online)<\/em>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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