{"id":45597,"date":"2009-05-15T00:00:00","date_gmt":"2009-05-15T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2009-05-15T00:00:00","modified_gmt":"2009-05-15T00:00:00","slug":"mudanca-climatica-e-maior-ameaca-a-saude-no-seculo-21-diz-revista","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2009\/05\/15\/45597-mudanca-climatica-e-maior-ameaca-a-saude-no-seculo-21-diz-revista.html","title":{"rendered":"Mudan\u00e7a clim\u00e1tica \u00e9 maior amea\u00e7a \u00e0 sa\u00fade no s\u00e9culo 21, diz revista"},"content":{"rendered":"
“Isto n\u00e3o \u00e9 um filme de cat\u00e1strofes com final feliz, \u00e9 algo real”, disse o professor Anthony Costello, diretor do relat\u00f3rio, acrescentando que “a mudan\u00e7a clim\u00e1tica \u00e9 uma quest\u00e3o de sa\u00fade que afeta bilh\u00f5es de pessoas – e n\u00e3o s\u00f3 um problema ambiental que atinge os ursos polares e as florestas”.<\/p>\n
O estudo \u00e9 um esfor\u00e7o conjunto de especialistas em sa\u00fade, antropologia, geografia, climatologia, engenharia, economia, direito e filosofia, que pretende servir de modelo para que os governos atuem de maneira multidisciplinar contra a mudan\u00e7a clim\u00e1tica.<\/p>\n
O impacto do que j\u00e1 est\u00e1 acontecendo “n\u00e3o ser\u00e1 algo que perceberemos em um futuro distante, mas durante nossas vidas e, definitivamente, nas vidas de nossos filhos e netos”, alertou Costello em entrevista coletiva, na qual apresentou o relat\u00f3rio.<\/p>\n
O especialista em obstetr\u00edcia admitiu que at\u00e9 um ano e meio duvidava da mudan\u00e7a clim\u00e1tica, e disse que o aumento da temperatura m\u00e9dia da Terra \u00e9 uma realidade e que \u00e9 quest\u00e3o de tempo perceber seus efeitos.<\/p>\n
“N\u00e3o devemos pensar se a Groenl\u00e2ndia vai derreter, mas quando. Devemos pensar em quando Nova York e Londres se inundar\u00e3o se a temperatura dos polos subir 5\u00baC em m\u00e9dia, o que far\u00e1 subir o n\u00edvel dos oceanos”, ressaltou Costello.<\/p>\n
Mas a principal novidade deste relat\u00f3rio tem a ver com as implica\u00e7\u00f5es sanit\u00e1rias da mudan\u00e7a clim\u00e1tica, desde a constata\u00e7\u00e3o de que com temperaturas entre 2\u00baC e 6\u00baC mais altas aumentar\u00e1 o n\u00famero de afetados por doen\u00e7as frequentes do tr\u00f3pico, como dengue e mal\u00e1ria, e os mortos por efeito direto do calor.<\/p>\n
Os autores do relat\u00f3rio se referem ao calor como “o assassino silencioso”, o mesmo que causou a morte de 70 mil pessoas na Europa em 2003 e que provoca o falecimento n\u00e3o registrado de dezenas de milhares de pessoas por ano em pa\u00edses em desenvolvimento.<\/p>\n
O objetivo do trabalho, segundo os autores, \u00e9 estimular o debate e aumentar a press\u00e3o em favor da redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono na atmosfera nos profissionais e respons\u00e1veis da sa\u00fade, a partir de um ponto de vista humanit\u00e1rio e tamb\u00e9m a partir de um ponto de vista econ\u00f4mico.<\/p>\n
Se n\u00e3o for feito nada para combater o problema, os pa\u00edses pobres registrar\u00e3o o aumento da mortalidade devido a uma maior transmiss\u00e3o de mal\u00e1ria e outras doen\u00e7as infecciosas, ou por quest\u00f5es t\u00e3o simples como diarreias por consumo de alimentos mal cozidos.<\/p>\n
Os pa\u00edses ricos ser\u00e3o menos afetados, pois buscam construir sociedades com menos libera\u00e7\u00e3o de carbono, e, por consequ\u00eancia, teriam cidad\u00e3os mais saud\u00e1veis.<\/p>\n
Isso traria menos obesidade e menos diabetes por efeito do exerc\u00edcio f\u00edsico, o n\u00e3o uso de ve\u00edculos particulares, menos problemas pulmonares por redu\u00e7\u00e3o de polui\u00e7\u00e3o, e menos estresse, pois os habitantes podem desfrutar de cidades mais limpas.<\/p>\n
A compara\u00e7\u00e3o entre ricos e pobres \u00e9 arrasadora, afirma a “Lancet”. “A perda de anos de vida saud\u00e1vel como consequ\u00eancia de uma mudan\u00e7a ambiental global ser\u00e1 500 vezes maior na \u00c1frica que nas na\u00e7\u00f5es europeias, apesar de as na\u00e7\u00f5es africanas contribu\u00edrem pouco ao aquecimento global”, afirma a publica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
As inunda\u00e7\u00f5es e as secas tamb\u00e9m ter\u00e3o efeito devastador na sa\u00fade das na\u00e7\u00f5es mais pobres, com menores colheitas e, consequentemente, alimentos mais caros, e com situa\u00e7\u00f5es de sa\u00fade deficientes.<\/p>\n
O professor Hugh Montgomery destacou a gravidade da situa\u00e7\u00e3o, mas assegurou que n\u00e3o h\u00e1 exagero nos progn\u00f3sticos dos cientistas, porque o ritmo de aquecimento da Terra \u00e9 o mais r\u00e1pido do qual se tem not\u00edcia nos \u00faltimos 10 mil anos.<\/p>\n
“Entre um ter\u00e7o e dois ter\u00e7os das esp\u00e9cies existentes hoje em dia no planeta est\u00e3o em risco de extin\u00e7\u00e3o nos pr\u00f3ximos 30 anos” se a tend\u00eancia atual se mantiver, disse Montgomery.<\/p>\n
No m\u00eas passado, a Ag\u00eancia de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental (EPA, na sigla em ingl\u00eas) dos Estados Unidos concluiu que o di\u00f3xido de carbono e cinco outros gases prejudiciais ao ambiente s\u00e3o perigosos para a sa\u00fade p\u00fablica e para o bem-estar social. (Fonte: Folha Online)<\/em>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"