{"id":47195,"date":"2009-07-30T00:00:00","date_gmt":"2009-07-30T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2009-07-30T00:00:00","modified_gmt":"2009-07-30T00:00:00","slug":"manejo-florestal-inspira-projetos-mas-desperta-ceticismo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2009\/07\/30\/47195-manejo-florestal-inspira-projetos-mas-desperta-ceticismo.html","title":{"rendered":"Manejo florestal inspira projetos mas desperta ceticismo"},"content":{"rendered":"
Mas na regi\u00e3o mais desmatada da Amaz\u00f4nia – o sudeste e o sul do Par\u00e1 – produtores e autoridades veem com ceticismo a possibilidade de desenvolver as atividades florestais a ponto de contrabalancear o peso das atividades tradicionais.<\/p>\n
“Se hoje um fazendeiro vai ao banco com uma proposta de usar apenas 20% da \u00e1rea de uma fazenda, o projeto \u00e9 considerado invi\u00e1vel. Para que isso funcione ter\u00edamos que desenvolver toda uma cultura de produ\u00e7\u00e3o florestal, o que \u00e9 muito dif\u00edcil”, diz o secret\u00e1rio de Meio Ambiente do munic\u00edpio de Rondon do Par\u00e1, Welinton Porto.<\/p>\n
Rondon do Par\u00e1 est\u00e1 na lista do programa Arco de Fogo, do governo federal, como um dos dez munic\u00edpios que mais desmataram na Amaz\u00f4nia: 61% da floresta foi derrubada.<\/p>\n
“Temos programas de reflorestamento e queremos chegar a 50% de cobertura vegetal, mas mais do que isso vai ser muito dif \u00edcil. Acredito que deveria haver um zoneamento para permitir que \u00e1reas como a nossa, onde j\u00e1 h\u00e1 muita pecu\u00e1ria e agricultura, possam ter um \u00edndice menor de cobertura florestal”, diz.<\/p>\n
Op\u00e7\u00f5es<\/strong> – Entre as exce\u00e7\u00f5es est\u00e1 o fazendeiro John Weaver Davis Junior – um americano estabelecido com a fam\u00edlia na regi\u00e3o de Dom Eliseu (sudeste do Par\u00e1) desde o in\u00edcio dos anos 60. Ele espera que planta\u00e7\u00f5es de caru\u00e1 impulsionem sua grande propriedade, que n\u00e3o vem produzindo muito.<\/p>\n O caru\u00e1 \u00e9 uma planta que fornece fibras tradicionalmente usadas na confec\u00e7\u00e3o de tecidos grossos na Amaz\u00f4nia, mas que nos \u00faltimos anos se revelou um importante material para a ind\u00fastria, como um substituto da fibra de vidro.<\/p>\n As op\u00e7\u00f5es da fam\u00edlia Davis, na verdade, s\u00e3o limitadas porque durante muitos anos eles extra\u00edram madeira da propriedade para vender e para fazer carv\u00e3o. Hoje, ele diz que s\u00f3 tem preservados os 50% que a lei exige e precisa encontrar atividades sustent\u00e1veis para tocar a fazenda.<\/p>\n O caru\u00e1 pareceu ao americano uma boa op\u00e7\u00e3o porque \u00e9 uma planta cultivada no meio da floresta, exatamente por precisar de muita sombra para se desenvolver bem.<\/p>\n “Se conseguir recursos para esse projeto tenho certeza que vai dar certo porque \u00e9 um material que tem demanda cada vez maior”, diz.<\/p>\n O pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amaz\u00f4nia), Paulo Barreto, ressalta que as op\u00e7\u00f5es de explora\u00e7\u00e3o racional das florestas s\u00e3o muitas, a come\u00e7ar pela extra\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel de madeira.<\/p>\n “H\u00e1 uma demanda grande por madeira tanto aqui no Brasil como no exterior e com um bom manejo \u00e9 poss\u00edvel tirar da floresta uma quantidade de \u00e1rvores que permita que a natureza se recupere”, diz o especialista.<\/p>\n “Mas ainda mais importante do que isso \u00e9 agregar valor \u00e0 produ\u00e7\u00e3o. Fazer m\u00f3veis, por exemplo, ao inv\u00e9s de apenas exportar toras de madeira bruta para o mundo.”(Fonte: Estad\u00e3o Online)<\/em><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"