{"id":59813,"date":"2010-09-02T00:04:26","date_gmt":"2010-09-02T03:04:26","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=59813"},"modified":"2010-09-01T21:27:38","modified_gmt":"2010-09-02T00:27:38","slug":"desmatamento-na-amazonia-pode-ter-queda-historica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2010\/09\/02\/59813-desmatamento-na-amazonia-pode-ter-queda-historica.html","title":{"rendered":"Desmatamento na Amaz\u00f4nia pode ter queda hist\u00f3rica"},"content":{"rendered":"

Pela primeira vez na hist\u00f3ria deste pa\u00eds, o desmatamento na Amaz\u00f4nia deve ter queda em um ano eleitoral, no qual as medidas de fiscaliza\u00e7\u00e3o tradicionalmente s\u00e3o mais frouxas.<\/p>\n

Os dois sistemas de monitoramento r\u00e1pido da floresta por sat\u00e9lite, um do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e outro da ONG de pesquisas Imazon, mostraram redu\u00e7\u00f5es na taxa de devasta\u00e7\u00e3o em 2010 em compara\u00e7\u00e3o com 2009 – de 48% e 16%, respectivamente.<\/p>\n

Embora pouco precisos (por detectarem apenas desmatamentos de m\u00e9dio porte), ambos apontam para uma taxa oficial, neste ano, menor que os 7.464 km2 do ano passado -a menor registrada desde que o in\u00edcio das medi\u00e7\u00f5es do Inpe, em 1988.<\/p>\n

“Acho que vai ser menos de 7.000 km2”, diz Adalberto Ver\u00edssimo, do Imazon, sobre os n\u00fameros finais, a serem divulgados em novembro pelo sistema Prodes, do Inpe.<\/p>\n

O Imazon vinha apostando que o desmatamento em 2010 seria maior que o de 2009, que \u00e9 um ano eleitoral e mais seco que a m\u00e9dia.<\/p>\n

Mas o m\u00eas de julho surpreendeu, com uma queda forte no desmate que puxou para baixo a s\u00e9rie anual.<\/p>\n

“Menor do menor”<\/strong> – “Foi o menor do menor”, disse na ter\u00e7a-feira (31) a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), em rela\u00e7\u00e3o ao n\u00famero anual do sistema Deter, do Inpe.<\/p>\n

Entre agosto de 2009 e julho deste ano, o Deter enxergou 2.294 km2 desmatados na Amaz\u00f4nia, contra 4.372,8 km2 no mesmo per\u00edodo anterior. “Isso nos deixa muito otimistas para o an\u00fancio do Prodes no fim do ano”, diz.<\/p>\n

O pesquisador Dalton Valeriano, coordenador do Prodes, \u00e9 mais s\u00f3brio.<\/p>\n

Ele lembra que o padr\u00e3o dos desmatamentos na Amaz\u00f4nia mudou: hoje pelo menos 75% das derrubadas correspondem a \u00e1reas com menos que 50 hectares.<\/p>\n

Como o limite de detec\u00e7\u00e3o do Deter \u00e9 25 hectares, \u00e9 prov\u00e1vel que a maior parte do desmatamento seja invis\u00edvel.<\/p>\n

“Tenho esperan\u00e7a de que reduza [em rela\u00e7\u00e3o a 2009], mas prefiro ficar no lado da precau\u00e7\u00e3o”, diz Valeriano.<\/p>\n

O desmate neste ano se concentrou nas \u00e1reas em torno das rodovias BR-163 e da Transamaz\u00f4nica, no Par\u00e1, em Rond\u00f4nia e no sudeste do Amazonas. O Estado contrariou a tend\u00eancia da maioria da regi\u00e3o e fechou 2010 com devasta\u00e7\u00e3o em alta, segundo os dados do Deter.<\/p>\n

Tamb\u00e9m pela primeira vez, o Imazon admitiu que as a\u00e7\u00f5es do governo na regi\u00e3o t\u00eam sido determinantes no controle da devasta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Especialmente importante foi o decreto presidencial, seguido da resolu\u00e7\u00e3o do Conselho Monet\u00e1rio Nacional de 2008, que corta cr\u00e9dito para desmatadores. A manuten\u00e7\u00e3o do decreto, ap\u00f3s rea\u00e7\u00e3o dos produtores rurais, custou a Marina Silva o cargo de ministra do Meio Ambiente.<\/p>\n

As medidas foram mantidas e ampliadas pelo substituto de Marina no minist\u00e9rio, Carlos Minc. O governo baixou uma “lista suja” de 36 munic\u00edpios cr\u00edticos, depois ampliada para um total de 43. Segundo o Imazon, 23 desses munic\u00edpios tiveram queda expressiva do desmatamento neste ano.<\/p>\n

“\u00c9ramos uma voz dissonante, mas, falando com as pessoas que desmatam, vimos que as medidas tiveram efeito”, diz Ver\u00edssimo. (Fonte: Claudio Angelo\/ Folha.com)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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