{"id":61853,"date":"2010-10-21T00:05:28","date_gmt":"2010-10-21T02:05:28","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=61853"},"modified":"2010-10-20T20:24:55","modified_gmt":"2010-10-20T22:24:55","slug":"destruicao-de-recursos-naturais-causa-perdas-de-us-25-tri-ao-ano-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2010\/10\/21\/61853-destruicao-de-recursos-naturais-causa-perdas-de-us-25-tri-ao-ano-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Destrui\u00e7\u00e3o de recursos naturais causa perdas de US$ 2,5 tri ao ano, diz estudo"},"content":{"rendered":"
A destrui\u00e7\u00e3o de ativos da natureza, como florestas e p\u00e2ntanos, causa perdas anuais de ao menos US$ 2,5 trilh\u00f5es no mundo.<\/p>\n
A cifra, que supera em quase US$ 1 trilh\u00e3o o PIB do Brasil, foi citada em um projeto financiado pela Comiss\u00e3o Europeia e apresentado nesta quarta-feira em Nagoya, Jap\u00e3o, durante confer\u00eancia da Unep, a ag\u00eancia de meio ambiente da ONU.<\/p>\n
“The Economics of Ecosystems and Biodiversity” (Teeb) \u00e9 um estudo de dois anos cujo objetivo \u00e9 mostrar o valor econ\u00f4mico de florestas, \u00e1gua, solo e corais, bem como os custos ocasionados pela perda desses recursos.<\/p>\n
O l\u00edder do projeto, Pavan Sukhdev, pediu que “o valor dos servi\u00e7os da natureza se torne vis\u00edvel” e influencie neg\u00f3cios e decis\u00f5es adotados pelos pa\u00edses.<\/p>\n
Seu relat\u00f3rio afirma que os custos de proteger a biodiversidade e os ecossistemas \u00e9 mais baixo do que o custo “de permitir que eles ming\u00faem”, e artigo no site do projeto diz que “estamos vivendo do capital da Terra; precisamos aprender a viver dos juros”.<\/p>\n
Brasil e \u00cdndia<\/strong> – Outra conclus\u00e3o \u00e9 a de que a conserva\u00e7\u00e3o tem papel importante na redu\u00e7\u00e3o da pobreza, pois “florestas e outros ecossistemas contribuem para a sobreviv\u00eancia de lares rurais empobrecidos”.<\/p>\n Os l\u00edderes do projeto disseram que alguns pa\u00edses est\u00e3o dando os primeiros passos para levar o valor da natureza em considera\u00e7\u00e3o ao adotar pol\u00edticas p\u00fablicas, e citam Brasil e \u00cdndia como exemplos.<\/p>\n “A abordagem do Teeb \u00e9 \u00fatil para fazer com que (diferentes setores da sociedade) entendam as implica\u00e7\u00f5es da perda da biodiversidade e do retorno de investimentos (por conta da) conserva\u00e7\u00e3o dessa biodiversidade”, disse \u00e0 BBC News Br\u00e1ulio Dias, secret\u00e1rio de biodiversidade e florestas do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente brasileiro, presente no evento em Nagoya.<\/p>\n Sukhdev disse que 27 pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina e da \u00c1frica pediram \u00e0 ag\u00eancia ambiental da ONU ajuda para tornar suas economias mais “verdes”.<\/p>\n Cidades<\/strong> – O c\u00e1lculo do valor de ecossistemas espec\u00edficos foi aplicado pelo Teeb em cidades como Campala e Nova York.<\/p>\n Em Campala, capital de Uganda, estimativa de 1999 dava conta que o p\u00e2ntano Nakivubo valia entre US$ 1 milh\u00e3o e US$ 1,75 milh\u00e3o ao ano, por sua habilidade em purificar o esgoto da cidade.<\/p>\n Segundo o relat\u00f3rio, o c\u00e1lculo fez com que fossem abandonados planos de drenar o p\u00e2ntano. No entanto, ao longo do tempo o Nakivubo perdeu suas capacidades, e em 2008 foi necess\u00e1rio um projeto para restaurar o local.<\/p>\n “O caso de Uganda mostra que, enquanto a valora\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os do ecossistema em geral fortalece argumentos para proteger o capital natural, por si s\u00f3 ela n\u00e3o previne que sejam tomadas decis\u00f5es que degradem esses servi\u00e7os”, diz o estudo do Teeb.<\/p>\n Mas essa valora\u00e7\u00e3o “estimulou a implementa\u00e7\u00e3o de normas que premiam os respons\u00e1veis por proteger” o ecossistema.<\/p>\n Um caso citado ocorreu em Nova York, onde autoridades pagam donos de terras em uma \u00e1rea montanhosa perto da cidade para que estes adotem t\u00e9cnicas agr\u00edcolas mais avan\u00e7adas.<\/p>\n O objetivo \u00e9 impedir que nutrientes da terra sejam escoados para rios locais, o que demandaria a constru\u00e7\u00e3o de custosas esta\u00e7\u00f5es de tratamento de \u00e1gua.<\/p>\n O incentivo aos agricultores custa entre US$ 1 bilh\u00e3o e US$ 1,5 bilh\u00e3o, enquanto o valor estimado de uma nova esta\u00e7\u00e3o de tratamento de \u00e1gua \u00e9 de US$ 6 bilh\u00f5es a US$ 8 bilh\u00f5es.<\/p>\n E Curitiba \u00e9 citada no relat\u00f3rio como “exemplo” positivo de cidade que expandiu seus parques urbanos com o objetivo de prevenir inunda\u00e7\u00f5es e oferecer espa\u00e7o recreativo aos seus cidad\u00e3os. Estes contam com, “em m\u00e9dia, 50 m\u00b2 de espa\u00e7o verde cada um, um dos maiores \u00edndices da Am\u00e9rica Latina”. (Fonte: G1)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"