\u00c1rea de florestas p\u00fablicas cadastradas aumentou 21% em rela\u00e7\u00e3o ao ano passado, mas 64 milh\u00f5es de hectares ainda n\u00e3o t\u00eam destina\u00e7\u00e3o. Manejo florestal e manuten\u00e7\u00e3o da cobertura florestal \u00e9 forma de mitigar mudan\u00e7as clim\u00e1ticas<\/p>\n
O Brasil tem hoje 290 milh\u00f5es de hectares de florestas p\u00fablicas cadastradas pelo Servi\u00e7o Florestal Brasileiro. A atualiza\u00e7\u00e3o de 2010 do Cadastro Nacional de Florestas P\u00fablicas (CNFP) mostra que houve um aumento de 21% em rela\u00e7\u00e3o aos n\u00fameros do ano passado. Os n\u00fameros n\u00e3o significam cria\u00e7\u00e3o de novas florestas p\u00fablicas e sim que o Brasil come\u00e7a a conhecer pelo cadastramento quais s\u00e3o e onde est\u00e3o suas florestas.<\/p>\n
A maior parte das florestas p\u00fablicas se concentra na Amaz\u00f4nia. Aquelas que j\u00e1 foram destinadas a algum uso s\u00e3o maioria e contam 226 milh\u00f5es de hectares. As terras ind\u00edgenas somam 111 milh\u00f5es de hectares, seguidas pelas unidades de conserva\u00e7\u00e3o, com cerca de 105 milh\u00f5es de hectares, sendo 60% federais e 40% estaduais. Os assentamentos p\u00fablicos da reforma agr\u00e1ria ocupam em torno de 10 milh\u00f5es de hectares.<\/p>\n
Embora a porcentagem de florestas p\u00fablicas destinadas seja alta \u0013 em torno de 80% das \u00e1reas j\u00e1 cadastradas – ainda restam 64 milh\u00f5es de hectares sem uso regulamentado.<\/p>\n
Concess\u00f5es florestais <\/strong>– Levantamentos do Servi\u00e7o Florestal apontam que pelo menos 10 milh\u00f5es de hectares de floresta que est\u00e3o sem destina\u00e7\u00e3o poderiam dar origem a novas florestas nacionais pass\u00edveis de concess\u00e3o florestal, instrumento que permite o uso sustent\u00e1vel da floresta ao mesmo tempo em que a mant\u00e9m em p\u00e9.<\/p>\n “\u00c9 preciso dar prioridade para o aproveitamento dessas \u00e1reas por meio de florestas nacionais. Precisamos ter metas e cen\u00e1rios claros para atingir a sustentabilidade da produ\u00e7\u00e3o madeireira na Amaz\u00f4nia por meio das concess\u00f5es florestais, e essas metas devem ser consolidadas em 2011”, afirma o diretor-geral do Servi\u00e7o Florestal, Ant\u00f4nio Carlos Hummel.<\/p>\n Segundo Hummel, a resposta \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas passa pelo manejo florestal, associado ao fortalecimento da economia florestal sustent\u00e1vel. As florestas precisam ser vistas como oportunidades de desenvolvimento, sem perda da ampla gama de servi\u00e7os ambientais agregados.<\/p>\n Floresta e clima<\/strong> – Em 2009, na Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Clima (COP-15), o Brasil apresentou metas ousadas para o corte na emiss\u00e3o de gases do efeito estufa \u0013 entre 36% e 39% -, al\u00e9m da redu\u00e7\u00e3o de 80% no desmatamento da Amaz\u00f4nia at\u00e9 2020. Com o in\u00edcio da COP-16 nesta segunda-feira (29\/11), aumenta a import\u00e2ncia da discuss\u00e3o que envolve florestas e mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n “As florestas p\u00fablicas representam enormes estoques de carbono armazenados em sua biomassa, que se n\u00e3o conservados pelas unidades de conserva\u00e7\u00e3o e terras ind\u00edgenas estariam sendo emitidos para a atmosfera atrav\u00e9s da convers\u00e3o em outros tipos de uso da terra”, afirma a diretora de Pesquisa e Informa\u00e7\u00e3o Florestal do Servi\u00e7o Florestal, Cl\u00e1udia Azevedo Ramos, respons\u00e1vel pela gest\u00e3o do CNFP.<\/p>\n Em regi\u00f5es como a Amaz\u00f4nia, a maior extens\u00e3o de floresta tropical do planeta e onde se concentram as maiores \u00e1reas de floresta p\u00fablica, a floresta tem papel relevante na imensa produ\u00e7\u00e3o de vapor d’\u00e1gua e, portanto, no ciclo hidrol\u00f3gico da Terra. S\u00f3 esses fatos j\u00e1 tornam o Brasil um importante ator para o equil\u00edbrio clim\u00e1tico e para a mitiga\u00e7\u00e3o do aquecimento global.<\/p>\n Para o diretor-geral do Servi\u00e7o Florestal, Ant\u00f4nio Carlos Hummel, a prote\u00e7\u00e3o e o uso sustent\u00e1vel das florestas p\u00fablicas s\u00e3o medidas important\u00edssimas para reduzir o desmatamento, evitar a produ\u00e7\u00e3o ilegal de madeira e evitar emiss\u00f5es de carbono. “Mas \u00e9 preciso, ainda, nos apropriarmos das florestas p\u00fablicas n\u00e3o destinadas, dando-lhes uso definido e seguran\u00e7a para permanecerem floresta e t\u00ea-las como aliadas na mitiga\u00e7\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas”, afirma<\/p>\n O Cadastro Nacional de Florestas P\u00fablicas, interligado ao Sistema Nacional de Cadastro Rural do Incra, \u00e9 elaborado desde 2007 e re\u00fane dados do Cadastro Geral de Florestas P\u00fablicas da Uni\u00e3o e dos cadastros de florestas p\u00fablicas dos estados, munic\u00edpios e do Distrito Federal. .<\/p>\n As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o consolidadas \u00e0 medida que novos dados s\u00e3o disponibilizados pelas institui\u00e7\u00f5es parceiras, o que faz do Cadastro um banco de dados din\u00e2mico. Foi desta forma que o n\u00famero de florestas p\u00fablicas aumentou de 193 milh\u00f5es em 2007 para 210 milh\u00f5es em 2008, 239 milh\u00f5es em 2009 e 290 milh\u00f5es em 2010. (Fonte: MMA)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Os n\u00fameros n\u00e3o significam cria\u00e7\u00e3o de novas florestas p\u00fablicas e sim que o Brasil come\u00e7a a conhecer pelo cadastramento quais s\u00e3o e onde est\u00e3o suas florestas. 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