{"id":65011,"date":"2011-01-11T00:05:33","date_gmt":"2011-01-11T02:05:33","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=65011"},"modified":"2011-01-10T20:51:02","modified_gmt":"2011-01-10T22:51:02","slug":"tres-quartos-das-geleiras-alpinas-podem-desaparecer-em-2100","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/01\/11\/65011-tres-quartos-das-geleiras-alpinas-podem-desaparecer-em-2100.html","title":{"rendered":"Tr\u00eas quartos das geleiras alpinas podem desaparecer em 2100"},"content":{"rendered":"

As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas poder\u00e3o provocar o desaparecimento de tr\u00eas quartos das geleiras alpinas at\u00e9 2100 e, mais grave ainda, o degelo de parte da Ant\u00e1rtida no ano 3000, o que provocar\u00e1 uma eleva\u00e7\u00e3o de 4 metros no n\u00edvel do mar, segundo estudos publicados no domingo (9).<\/p>\n

As duas pesquisas, divulgadas na revista cient\u00edfica “Nature Geoscience”, levam em conta dois dos aspectos menos conhecidos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas: seu efeito nas geleiras e seu impacto no longo prazo.<\/p>\n

O primeiro estudo mostra que as geleiras de montanha perder\u00e3o entre 15% e 27% de seu volume em 2100. Isto “pode ter efeitos substanciais para a hidrologia regional e a disponibilidade de \u00e1gua”, advertiu o estudo.<\/p>\n

Certas regi\u00f5es ser\u00e3o mais afetadas que outras em fun\u00e7\u00e3o da altura de suas geleiras, da composi\u00e7\u00e3o de seu terreno e da sua localiza\u00e7\u00e3o, mais ou menos sens\u00edvel ao aquecimento clim\u00e1tico.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, a Nova Zel\u00e2ndia poderia perder, em m\u00e9dia, 72% (entre 65% e 79%, dependendo da margem de erro) de suas geleiras, e os Alpes, 75% (entre 60% e 90%). No entanto, as geleiras da Groenl\u00e2ndia s\u00f3 diminuir\u00e3o 8% e os das altas montanhas asi\u00e1ticas, 10%. Este degelo deve provocar um aumento m\u00e9dio de 12 cent\u00edmetros no n\u00edvel do mar at\u00e9 o fim do s\u00e9culo, acrescentou o estudo.<\/p>\n

Estes n\u00fameros, que n\u00e3o levam em conta a dilata\u00e7\u00e3o dos oceanos quando se aquecem, correspondem amplamente \u00e0s estimativas que o Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC, na sigla em ingl\u00eas) da ONU publicou em seu \u00faltimo relat\u00f3rio, de 2007.<\/p>\n

Os geof\u00edsicos Valentina Radic e Regine Hock, da Universidade do Alasca, fizeram seus c\u00e1lculos a partir de um modelo inform\u00e1tico que leva em conta dados coletados em mais de 300 geleiras entre 1961 e 2004.<\/p>\n

Os cientistas se basearam em um dos panoramas intermedi\u00e1rios propostos pelo IPCC, o “A1B”, que conjuga crescimento demogr\u00e1fico, econ\u00f4mico e utiliza\u00e7\u00e3o de recursos energ\u00e9ticos mais ou menos contaminantes, e que ainda prev\u00ea um aumento da temperatura no planeta de 2,8\u00b0C durante o s\u00e9culo XXI.<\/p>\n

No entanto, este modelo n\u00e3o leva em conta as calotas polares da Ant\u00e1rtida e da Groenl\u00e2ndia, que guardam 99% da \u00e1gua doce do planeta.<\/p>\n

Se uma destas calotas derreter significativamente, o n\u00edvel dos oceanos aumentar\u00e1 v\u00e1rios metros, inundando um grande n\u00famero de cidades costeiras. Se for levado em conta o degelo da parte ocidental da Ant\u00e1rtida, o n\u00edvel do mar aumentaria quatro metros.<\/p>\n

Este panorama catastr\u00f3fico resulta do segundo estudo feito pela Universidade de Calgary no Canad\u00e1, que investiga a in\u00e9rcia dos gases de efeito estufa que, uma vez emitidos, permanecem durante s\u00e9culos na atmosfera.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, mesmo se fossem suspensas todas as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa at\u00e9 2100, o aquecimento continuaria durante v\u00e1rios s\u00e9culos, revelou o estudo.<\/p>\n

Estes resultados se baseiam no panorama “A2” do IPCC, bastante mais pessimista que o primeiro, enquanto as emiss\u00f5es de gases com efeito estufa se referem e que prev\u00ea um aumento da temperatura de 3,4\u00b0C at\u00e9 o fim do s\u00e9culo.<\/p>\n

Nestas circunst\u00e2ncias, o aquecimento das profundidades intermedi\u00e1rias dos mares austrais poderia desencadear um “grande desmoronamento” da parte ocidental da calota ant\u00e1rtica at\u00e9 o ano 3000. (Fonte: G1)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Degelo de parte da Ant\u00e1rtida pode acontecer no ano 3000. Pesquisas foram divulgadas na revista cient\u00edfica ‘Nature Geoscience’. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[17,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/65011"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=65011"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/65011\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=65011"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=65011"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=65011"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}