{"id":65475,"date":"2011-01-21T00:01:24","date_gmt":"2011-01-21T02:01:24","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=65475"},"modified":"2011-01-20T22:20:40","modified_gmt":"2011-01-21T00:20:40","slug":"hidreletricas-influenciam-riqueza-de-biodiversidade-no-rio-iguacu","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/01\/21\/65475-hidreletricas-influenciam-riqueza-de-biodiversidade-no-rio-iguacu.html","title":{"rendered":"Hidrel\u00e9tricas influenciam riqueza de biodiversidade no Rio Igua\u00e7u"},"content":{"rendered":"
O Rio Bela Vista, no Paran\u00e1, \u00e9 natural, mas logo acima existe um canal artificial, chamado de canal da piracema e criado dentro da hidrel\u00e9trica de Itaipu. Se n\u00e3o houvesse esse caminho, os peixes n\u00e3o poderiam mais seguir a sua natureza de subir o Rio Paran\u00e1 para desovar, porque a constru\u00e7\u00e3o da barragem cortou o caminho dos peixes migradores.<\/p>\n
“Eles t\u00eam de vencer um desn\u00edvel de 120 metros entre o Rio Paran\u00e1 e o lago de Itaipu. A gente estima que aproximadamente 20% dos peixes que entram no canal da piracema conseguem chegar at\u00e9 o reservat\u00f3rio de Itaipu”, diz o bi\u00f3logo Helio Martins Fontes.<\/p>\n
A Hidrel\u00e9trica de Itaipu \u00e9 a maior do mundo em gera\u00e7\u00e3o de energia. Para a forma\u00e7\u00e3o do lago de 1.350 km\u00b2, os construtores acabaram com a beleza do Salto de Sete Quedas, uma das principais atra\u00e7\u00f5es tur\u00edsticas do Paran\u00e1. Foi uma como\u00e7\u00e3o nacional e muita gente foi dar seu adeus a Sete Quedas em 1982.<\/p>\n
O lago cobriu tamb\u00e9m a Mata Atl\u00e2ntica, com toda a sua biodiversidade. As \u00e1guas subiram rapidamente, em 15 dias, e na \u00faltima hora correram contra o tempo para salvar os animais que viviam na regi\u00e3o.<\/p>\n
Para compensar a perda da biodiversidade, a Itaipu Binacional at\u00e9 hoje trabalha no sentido de minimizar a perda da flora e da fauna.<\/p>\n
Um exemplo \u00e9 a marca\u00e7\u00e3o de peixes para saber que dist\u00e2ncia eles viajam. “Constatamos que tem peixes que foram marcados e soltos no Rio Bela Vista e que foram capturados a mais de 600 km rio acima, l\u00e1 em afluentes do Rio Paran\u00e1 j\u00e1 no estado de S\u00e3o Paulo”, diz Fontes. “Tem esp\u00e9cies que chegam a migrar 600, 700 km e at\u00e9 mil km no caso do dourado. S\u00e3o os grandes migradores do rio Paran\u00e1.”<\/p>\n
Subir o rio para desovar \u00e9 o ato mais importante para a conserva\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies. Os peixes que est\u00e3o na parte de baixo do rio precisam encontrar os que est\u00e3o na parte de cima para haver uma troca gen\u00e9tica e a esp\u00e9cie n\u00e3o perder o vigor, nem se degenerar.<\/p>\n
Daniel Alberto Crosta, diretor do Parque Nacional do Iguazu, na Argentina, conta que 30 anos atr\u00e1s vinham grandes quantidades de dourados desovar na ilha de San Martin, no baixo Igua\u00e7u. Com a represa de Itaipu, ele diz que hoje chegam ali apenas 10% dos dourados que apareciam antigamente. “N\u00f3s chamamos de rio morto porque cada vez existe menos vida nesses lugares”, diz ele.<\/p>\n
Hidrel\u00e9tricas<\/strong> – Al\u00e9m de Itaipu, outras cinco hidrel\u00e9tricas ao longo do Rio Igua\u00e7u influenciam diretamente o equil\u00edbrio da biodiversidade do Parque Nacional do Igua\u00e7u. “N\u00f3s n\u00e3o temos mais o controle natural do Rio Igua\u00e7u, e isso \u00e9 um desastre para a quest\u00e3o de biodiversidade do parque porque em termos de 24 horas voc\u00ea pode ter dois ambientes completamente diferentes. Isso incide diretamente na reprodu\u00e7\u00e3o de aves e de peixes”, diz o analista ambiental Jorge Luiz Pegoraro, diretor do Parque Nacional do Igua\u00e7u.<\/p>\n Uma outra hidrel\u00e9trica est\u00e1 a caminho e o local escolhido \u00e9 est\u00e1 entre pedras que formam pequenas corredeiras a menos de um quil\u00f4metros dos limites do parque. (Fonte: Globo Natureza)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Ao menos seis hidrel\u00e9tricas, entre elas a de Itaipu, afetam vida em reserva. Bi\u00f3logos marcam peixes e monitoram dist\u00e2ncias percorridas ap\u00f3s barragem. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[27,16],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/65475"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=65475"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/65475\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=65475"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=65475"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=65475"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}