{"id":67208,"date":"2011-03-07T00:00:46","date_gmt":"2011-03-07T03:00:46","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=67208"},"modified":"2011-03-06T16:42:32","modified_gmt":"2011-03-06T19:42:32","slug":"proteina-de-veneno-de-serpente-destroi-celula-de-tumor-em-teste","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/03\/07\/67208-proteina-de-veneno-de-serpente-destroi-celula-de-tumor-em-teste.html","title":{"rendered":"Prote\u00edna de veneno de serpente destr\u00f3i c\u00e9lula de tumor em teste"},"content":{"rendered":"

\u00c9 prov\u00e1vel que o mero nome da jararacu\u00e7u (Bothrops jararacussu<\/em>) cause arrepios em quem teme serpentes. O veneno do r\u00e9ptil, contudo, pode se revelar uma arma valiosa contra o c\u00e2ncer.<\/p>\n

Os ind\u00edcios, obtidos em laborat\u00f3rio, ainda s\u00e3o preliminares. Uma prote\u00edna isolada na pe\u00e7onha da jararacu\u00e7u parece capaz de se ligar a c\u00e9lulas tumorais e for\u00e7\u00e1-las ao suic\u00eddio, por exemplo.<\/p>\n

Os resultados v\u00eam do trabalho de duas pesquisadoras da PUC-PR (Pontif\u00edcia Universidade Cat\u00f3lica do Paran\u00e1), cujo pr\u00f3ximo desafio \u00e9 entender, em detalhes, a intera\u00e7\u00e3o da prote\u00edna do veneno com as c\u00e9lulas do c\u00e2ncer.<\/p>\n

“Ningu\u00e9m ainda entrou na c\u00e9lula para ver como a mol\u00e9cula faz isso, onde ela se liga”, disse \u00e0 Folha a bi\u00f3loga Selene Esposito, que investiga o tema junto com Andr\u00e9a Novais Moreno.<\/p>\n

A dupla tem em comum o interesse pelo grupo de prote\u00ednas ao qual pertence a BJcuL (apelido da mol\u00e9cula de veneno). S\u00e3o as lectinas, cuja estrutura e fun\u00e7\u00e3o sugerem uma s\u00e9rie de aplica\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas, diz Esposito.<\/p>\n

Reconhece e gruda<\/strong> – “Elas s\u00e3o basicamente mol\u00e9culas de reconhecimento”, conta a bi\u00f3loga. O mais comum \u00e9 que as lectinas estejam localizadas na superf\u00edcie celular, embora tamb\u00e9m seja poss\u00edvel encontr\u00e1-las no interior das c\u00e9lulas.<\/p>\n

De um jeito ou de outro, o papel das lectinas costuma ser o de reconhecer certos tipos de mol\u00e9culas de a\u00e7\u00facar e se ligar a elas, desencadeando sinais espec\u00edficos, como a ativa\u00e7\u00e3o do sistema imunol\u00f3gico (de defesa) do corpo.<\/p>\n

Era razo\u00e1vel imaginar que as lectinas poderiam agir contra o c\u00e2ncer porque h\u00e1 anomalias nas mol\u00e9culas de a\u00e7\u00facar produzidas pelos tumores. Justamente por serem sens\u00edveis a a\u00e7\u00facares, as lectinas poderiam reconhecer a mudan\u00e7a e sabotar o c\u00e2ncer.<\/p>\n

\u00c9 justamente isso que a dupla da PUC-PR tem visto ao estudar alguns tipos de lectinas, como uma mol\u00e9cula produzida pela jaca e a BJcuL (sigla que significa “lectina de Bothrops jararacussu<\/em>“).<\/p>\n

Primeiro, a prote\u00edna do veneno consegue estimular v\u00e1rias facetas do sistema imunol\u00f3gico. O mais interessante, por\u00e9m, veio com o efeito da subst\u00e2ncia contra c\u00e9lulas de c\u00e2ncer do est\u00f4mago e de tumores do c\u00f3lon (intestino grosso). Nesses casos, a BJcuL induz a apoptose, ou morte celular programada.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, a lectina tamb\u00e9m afeta a integridade da membrana que envolve a c\u00e9lula tumoral, ou causa danos a seu n\u00facleo, o centro de comando celular, onde est\u00e1 aninhado o DNA.<\/p>\n

A esperan\u00e7a \u00e9 que a especificidade da liga\u00e7\u00e3o da lectina com as c\u00e9lulas de c\u00e2ncer impe\u00e7a efeitos colaterais, como os da quimioterapia tradicional. Mas ser\u00e3o necess\u00e1rios muitos testes antes do poss\u00edvel uso em pacientes. (Fonte: Reinaldo Jos\u00e9 Lopes\/ Folha.com)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Os ind\u00edcios, obtidos em laborat\u00f3rio, ainda s\u00e3o preliminares. Uma prote\u00edna isolada na pe\u00e7onha da jararacu\u00e7u parece capaz de se ligar a c\u00e9lulas tumorais e for\u00e7\u00e1-las ao suic\u00eddio, por exemplo. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[75,103],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/67208"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=67208"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/67208\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=67208"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=67208"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=67208"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}