{"id":68193,"date":"2011-03-31T00:02:04","date_gmt":"2011-03-31T03:02:04","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=68193"},"modified":"2011-03-30T22:01:58","modified_gmt":"2011-03-31T01:01:58","slug":"cientistas-espanhois-produzem-petroleo-a-partir-de-alga","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/03\/31\/68193-cientistas-espanhois-produzem-petroleo-a-partir-de-alga.html","title":{"rendered":"Cientistas espanh\u00f3is produzem petr\u00f3leo a partir de alga"},"content":{"rendered":"

Uma grande quantidade de tubos de oito metros de altura, perto de Alicante, no leste da Espanha, macera o que pode ser o combust\u00edvel do amanh\u00e3: biopetr\u00f3leo produzido com as microalgas que se alimentam do an\u00eddrido carb\u00f4nico lan\u00e7ado por uma f\u00e1brica vizinha.<\/p>\n

Cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milh\u00f5es de microalgas est\u00e3o localizados em uma plan\u00edcie dessa regi\u00e3o do leste da Espanha, perto de um cemit\u00e9rio, que expele CO2, um g\u00e1s que \u00e9 capturado e levado por meio de tubula\u00e7\u00f5es at\u00e9 a pequena f\u00e1brica de biopetr\u00f3leo.<\/p>\n

Pesquisadores franceses e espanh\u00f3is da pequena empresa Bio Fuel Systems (BFS) desenvolvem h\u00e1 cinco anos este projeto, ainda experimental.<\/p>\n

Em um momento em que os industriais buscam solu\u00e7\u00f5es criativas como alternativas para o petr\u00f3leo, a ideia \u00e9 reproduzir e acelerar um processo que durou milh\u00f5es de anos e permitiu a produ\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo f\u00f3ssil.<\/p>\n

“Tentamos simular as condi\u00e7\u00f5es que havia h\u00e1 milh\u00f5es de anos, quando o fitopl\u00e2ncton transformou-se em petr\u00f3leo. Dessa forma, obtivemos um petr\u00f3leo equivalente ao petr\u00f3leo atual”, explica o engenheiro Eloy Chapuli.<\/p>\n

As microalgas, procedentes de uma dezena de cepas mantidas em segredo, foram recolhidas do mar Mediterr\u00e2neo e do Oceano Atl\u00e2ntico.<\/p>\n

Nos tubos, reproduzem-se em grande velocidade, desdobrando-se diariamente por fotoss\u00edntese e gra\u00e7as ao CO2 emitido pelo cemit\u00e9rio.<\/p>\n

Todos os dias, uma parte desse l\u00edquido muito concentrado \u00e9 extra\u00edda e filtrada, permitindo a obten\u00e7\u00e3o de uma biomassa que produzir\u00e1 petr\u00f3leo. A \u00e1gua restante volta a ser introduzida nos tubos.<\/p>\n

Para seus inventores, a outra grande vantagem desse sistema \u00e9 que ajuda a acabar com a contamina\u00e7\u00e3o: absorve CO2 que, de outra forma acabaria na atmosfera.<\/p>\n

“\u00c9 um petr\u00f3leo ecol\u00f3gico”, assegura o presidente e fundador da BFS, o engenheiro franc\u00eas Bernard Stro\u00efazzo-Mougin, que trabalhou em campos petrol\u00edferos no Oriente M\u00e9dio antes de se instalar na Espanha.<\/p>\n

A f\u00e1brica de Alicante ainda tem mais de laborat\u00f3rio do que de f\u00e1brica. “Ainda precisaremos de cinco a 10 anos mais para passar a uma produ\u00e7\u00e3o industrial”, assegura Stro\u00efazzo-Mougin, que espera poder desenvolver no curto prazo um primeiro projeto em grande escala no sul da Espanha e outro na ilha portuguesa de Madeira.<\/p>\n

“Uma unidade de cerca de 50 km por 50 km, o que n\u00e3o \u00e9 algo muito grande nas zonas des\u00e9rticas do sul da Espanha, poderia produzir em torno de 1,25 milh\u00f5es de barris di\u00e1rios”, ou seja, quase tanto como as exporta\u00e7\u00f5es cotidianas de petr\u00f3leo iraquiano, afirma o engenheiro.<\/p>\n

A BFS, uma empresa de capital privado, busca agora negociar com “v\u00e1rios pa\u00edses para que patrocinem a instala\u00e7\u00e3o de campos petrol\u00edferos artificiais”, explica seu presidente.<\/p>\n

A empresa assegura que poder\u00e1 vender seus barris a um pre\u00e7o competitivo, apoiando-se na venda de produtos derivados, como \u00e1cidos graxos do tipo Omega 3 obtidos a partir da biomassa.<\/p>\n

Outros projetos semelhantes est\u00e3o sendo estudados em outras regi\u00f5es do mundo.<\/p>\n

Na Alemanha, o grupo estatal sueco de energia Vattenfall lan\u00e7ou em 2010 um projeto de absor\u00e7\u00e3o por meio de algas do di\u00f3xido de carbono emitido pelas centrais que funcionam com carv\u00e3o.<\/p>\n

O gigante americano do petr\u00f3leo ExxonMobil previu um investimento de at\u00e9 600 milh\u00f5es de d\u00f3lares em pesquisas destinadas a produzir petr\u00f3leo a partir de algas.<\/p>\n

Os industriais, particularmente no \u00e2mbito aeron\u00e1utico, est\u00e3o interessados nessas pesquisas, nas quais esperam encontrar solu\u00e7\u00f5es para substituir o petr\u00f3leo cl\u00e1ssico, cada vez mais escasso e cujos pre\u00e7os s\u00e3o vari\u00e1veis. (Fonte: Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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