{"id":69322,"date":"2011-04-29T00:00:21","date_gmt":"2011-04-29T03:00:21","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=69322"},"modified":"2011-04-28T20:58:23","modified_gmt":"2011-04-28T23:58:23","slug":"com-gps-cientistas-obtem-detalhes-ineditos-de-terremoto","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/04\/29\/69322-com-gps-cientistas-obtem-detalhes-ineditos-de-terremoto.html","title":{"rendered":"Com GPS, cientistas obt\u00eam detalhes in\u00e9ditos de terremoto"},"content":{"rendered":"
O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile, em fevereiro de 2010, foi o sexto mais intenso j\u00e1 registrado por sism\u00f3grafos, e tamb\u00e9m o primeiro grande tremor de terra a ocorrer numa regi\u00e3o repleta de esta\u00e7\u00f5es do Sistema de Posicionamento Global, o GPS. Analisando a posi\u00e7\u00e3o das esta\u00e7\u00f5es chilenas antes, durante e depois do tremor, cientistas obtiveram informa\u00e7\u00f5es sobre o fen\u00f4meno com um grau in\u00e9dito de precis\u00e3o.<\/p>\n
\u201cOs sism\u00f3grafos normais medem a velocidade do solo e s\u00e3o calibrados para registrar tremores pequenos, porque esses s\u00e3o mais comuns que os grandes\u201d, explicou ao iG o pesquisador franc\u00eas Christophe Vigny, principal autor do trabalho que analisou os dados de GPS relativos \u00e0 cat\u00e1strofe chilena, que causou cerca de 500 mortes. \u201cQuando um terremoto grande ocorre, os sism\u00f3grafos normais ficam saturados e n\u00e3o medem as ondas s\u00edsmicas corretamente\u201d.<\/p>\n
Outros equipamentos, complementares aos sism\u00f3grafos, tamb\u00e9m acabam tendo seus dados comprometidos, diz Vigny. Imagens de sat\u00e9lite, por sua vez, t\u00eam utilidade limitada. \u201cJ\u00e1 o GPS oferece uma medida direta do deslocamento do solo, sem necessidade de grandes c\u00e1lculos ou risco de satura\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n
O posicionamento global tamb\u00e9m permite avaliar a deforma\u00e7\u00e3o de uma \u00e1rea em escalas de tempo que podem ir de segundo a segundo, minuto a minuto ou, at\u00e9, em intervalos de anos. \u201cAssim, pode-se ver quando alguma coisa muda em algum lugar\u201d.<\/p>\n
Al\u00e9m dos dados das esta\u00e7\u00f5es de GPS no Chile, o trabalho de Vigny tamb\u00e9m usou bases de GPS do Brasil, Guiana Francesa, Argentina e das Ilhas Gal\u00e1pagos \u2013 em \u00e1reas que n\u00e3o foram afetadas pelo tremor \u2013 para gerar um quadro de refer\u00eancia fixo, dentro do qual ocorreram os deslocamentos causados pelo terremoto.<\/p>\n
Entre os resultados obtidos a partir desta an\u00e1lise, est\u00e1 a conclus\u00e3o de que o epicentro \u2013 o ponto de origem \u2013 do tremor estava localizado, de fato 40 km a sudoeste do local apontado em relat\u00f3rios anteriores.<\/p>\n
Vigny diz que as mesmas t\u00e9cnicas, baseadas em posicionamento global, j\u00e1 est\u00e3o sendo aplicadas ao terremoto que atingiu o Jap\u00e3o, em mar\u00e7o deste ano. \u201cOs japoneses t\u00eam centenas de esta\u00e7\u00f5es de GPS\u201d, destaca.<\/p>\n
\u201cMas h\u00e1 dois problemas”, ressalva. “Primeiro, muita \u00e1gua. A falha geol\u00f3gica est\u00e1 mais distante da costa do que no Chile, o que significa que a esta\u00e7\u00e3o mais pr\u00f3xima est\u00e1 mais longe do epicentro. Segundo, o ponto de refer\u00eancia, im\u00f3vel em rela\u00e7\u00e3o ao tremor, \u00e9 mais dif\u00edcil de achar: n\u00e3o h\u00e1 esta\u00e7\u00f5es de GPS no mar entre o Jap\u00e3o e a China\u201d.<\/p>\n
O estudo do terremoto chileno aparece na edi\u00e7\u00e3o desta semana da revista Science. (Fonte: Carlos Orsi\/ Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Tremor de 2010 no Chile foi o de alta magnitude mais bem estudado at\u00e9 hoje, gra\u00e7as ao GPS; t\u00e9cnica agora \u00e9 aplicada ao Jap\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[121],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/69322"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=69322"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/69322\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=69322"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=69322"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=69322"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}