{"id":69495,"date":"2011-05-04T00:01:05","date_gmt":"2011-05-04T03:01:05","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=69495"},"modified":"2011-05-03T20:46:28","modified_gmt":"2011-05-03T23:46:28","slug":"expedicao-busca-oncas-pintadas-no-parana","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/05\/04\/69495-expedicao-busca-oncas-pintadas-no-parana.html","title":{"rendered":"Expedi\u00e7\u00e3o busca on\u00e7as pintadas no Paran\u00e1"},"content":{"rendered":"
H\u00e1 quatro anos, carros 4×4 com pesquisadores e turistas engajados percorrem, por duas semanas, uma \u00e1rea de 60 mil hectares de Mata Atl\u00e2ntica do litoral do Paran\u00e1. N\u00e3o se trata de uma corrida, muito menos de uma ca\u00e7ada. As expedi\u00e7\u00f5es buscam vest\u00edgios de on\u00e7as pintadas, como pegadas, restos e fotografias. O grande felino brasileiro que est\u00e1 em vias de extin\u00e7\u00e3o – desde 2008, n\u00e3o h\u00e1 ind\u00edcios da esp\u00e9cie na \u00e1rea. Os dados coletados no estudo ser\u00e3o usados pelos \u00f3rg\u00e3os ambientais em planos de manejo.<\/p>\n
\u201cA integridade de uma floresta n\u00e3o se d\u00e1 apenas pelas plantas, mas pela integra\u00e7\u00e3o entre as esp\u00e9cies. Se uma esp\u00e9cie-chave da floresta desaparece, vai junto como uma rea\u00e7\u00e3o em cadeia outras esp\u00e9cies tamb\u00e9m, inclusive plantas\u201d, disse o bi\u00f3logo Marcelo Mazzolli que participa da expedi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Acredita-se que existam apenas 240 on\u00e7as-pintadas na regi\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica costeira, que vai do Rio Grande do Sul ao Esp\u00edrito Santo. Mazzolli afirma que como se trata de um predador do topo da cadeia alimentar, as principais consequ\u00eancias para a diminui\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o seria o aumento de esp\u00e9cies herb\u00edvoras, que tem grande participa\u00e7\u00e3o ambiental, inclusive a de reduzir o n\u00famero de plantas.<\/p>\n
O bi\u00f3logo explica que o habitat destes animais al\u00e9m de encolher ao longo dos anos, se transformou em pequenas \u00e1reas isoladas, sem conex\u00f5es com outras localidades. \u201cOs animais est\u00e3o em \u00e1reas isoladas, sem a possibilidade de fazer migra\u00e7\u00f5es\u201d, disse. Nos \u00faltimos 10 anos, ocorreu o desaparecimento da esp\u00e9cie na Mata Atl\u00e2ntica costeira do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entre as causas est\u00e1 a ca\u00e7a tanto do felino quanto dos animais dos quais ele se alimenta.<\/p>\n
\u201cO meu sonho \u00e9 que este bicho chegue de novo \u00e0 Santa Catarina pela Serra do Mar\u201d, disse o bi\u00f3logo. O sonho em quest\u00e3o \u00e9 que o chamado \u201ccorredor do tigre\u201d \u2013 que liga \u00e1reas preservadas nos tr\u00eas estados do Sul – volte a existir e as \u00e1reas possam ser conectadas para que as on\u00e7as n\u00e3o fiquem isoladas. Um dos resultados do isolamento \u00e9 o endo-cruzamento, ou cruzamento entre indiv\u00edduos geneticamente muito pr\u00f3ximos, com grau de parentesco, o que pode ocasionar a inviabilidade dos descendentes.<\/p>\n
A expectativa \u00e9 que existam apenas quatro animais na regi\u00e3o paranaense estudada, que cobre o Parque Nacional de Saint-Hilaire Lange e a \u00e1rea de preserva\u00e7\u00e3o ambiental de Guaratuba. Isto porque de acordo com dados do animal no Pantanal, calcula-se que cada on\u00e7a-pintada necessite de cerca de 17 mil hectares. O animal de grande porte precisa de grandes dist\u00e2ncias para se locomover e animais de grande porte, como queixadas, para se alimentar.<\/p>\n
Ainda assim, comparada com outras \u00e1reas do sul do pa\u00eds, a regi\u00e3o paranaense \u00e9 ocupada por diversas esp\u00e9cies raras que atestam tratar-se de um dos melhores remanescentes da Serra do Mar. De acordo com os cientistas esse \u00e9 um dos poucos locais onde as antas s\u00e3o registradas facilmente, al\u00e9m de grupos de porcos-do-mato e da jacutinga, ave end\u00eamica da Mata Atl\u00e2ntica que, desapareceram de grandes extens\u00f5es de sua distribui\u00e7\u00e3o original e encontra-se atualmente isolada em poucas \u00e1reas da floresta. (Fonte: Maria Fernanda Ziegler\/ Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Pesquisadores procuram, com ajuda de leigos, ind\u00edcios da presen\u00e7a do animal no litoral paranaense. Esp\u00e9cie corre risco de extin\u00e7\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[61,66,126,43],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/69495"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=69495"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/69495\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=69495"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=69495"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=69495"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}