{"id":70866,"date":"2011-06-07T00:04:00","date_gmt":"2011-06-07T03:04:00","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=70866"},"modified":"2011-06-06T22:29:32","modified_gmt":"2011-06-07T01:29:32","slug":"rochas-antigas-guardam-alerta-sobre-efeitos-do-aquecimento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/06\/07\/70866-rochas-antigas-guardam-alerta-sobre-efeitos-do-aquecimento.html","title":{"rendered":"Rochas antigas guardam alerta sobre efeitos do aquecimento"},"content":{"rendered":"

O carbono vem sendo liberado na atmosfera terrestre dez vezes mais rapidamente hoje do que durante um evento dram\u00e1tico ocorrido 56 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s e que fez a temperatura do planeta aumentar em pelo menos cinco graus Celsius, segundo um estudo publicado na revista Nature Geoscience.<\/p>\n

Ge\u00f3logos afirmam que esta n\u00e3o \u00e9 uma boa not\u00edcia porque o M\u00e1ximo Termal do Paleoceno-Eoceno (PETM, na sigla em ingl\u00eas), pode ter sido um ensaio pr\u00e9-hist\u00f3rico de um futuro evento de mudan\u00e7a clim\u00e1tica que poderia ser mais abrupto e mais danoso.<\/p>\n

“Uma vez que estamos liberando di\u00f3xido de carbono (CO2) na atmosfera a uma taxa dez vezes superior \u00e0 do PETM, isto significa que o sistema clim\u00e1tico est\u00e1 tendo que se ajustar a uma perturba\u00e7\u00e3o muito mais intensa”, explicou Lee Kump, professor da Universidade Penn State, co-autor do estudo, divulgado este domingo.<\/p>\n

Segundo a pesquisa, o PETM se estendeu por um per\u00edodo de dez a vinte mil anos.<\/p>\n

Isto corresponde a uma piscadela no tempo geol\u00f3gico, mas durou o suficiente para levar plantas e animais a se adaptarem. Uma parte significativa da vida marinha teria sido extinta.<\/p>\n

O que preocupa os cientistas \u00e9 que uma vers\u00e3o acelerada deste cen\u00e1rio est\u00e1 acontecendo na atualidade.<\/p>\n

“Uma vez que a vida \u00e9 t\u00e3o sens\u00edvel \u00e0s taxas de mudan\u00e7a quanto ao volume absoluto da mudan\u00e7a, \u00e9 prov\u00e1vel que a queima de combust\u00edveis f\u00f3sseis esteja perturbando os ecossistemas naturais em uma escala global de uma forma que pode ter pouca preced\u00eancia na hist\u00f3ria terrestre”, explicou Kump por e-mail.<\/p>\n

Segundo cientistas da ONU, a menos que as emiss\u00f5es de CO2 diminuam drasticamente, as temperaturas m\u00e9dias globais poder\u00e3o aumentar entre 4\u00ba e 5\u00ba Celsius at\u00e9 2100, condensando o PETM a uma escala de centenas, ao inv\u00e9s de milhares de anos.<\/p>\n

Se o PETM foi uma “compress\u00e3o” de mudan\u00e7a clim\u00e1tica e o asteroide que extinguiu os dinossauros 10 milh\u00f5es de anos foi um “golpe”, estamos “provavelmente mais perto do golpe do que da compress\u00e3o”, comparou Kump.<\/p>\n

Os ge\u00f3logos j\u00e1 sabiam que uma libera\u00e7\u00e3o maci\u00e7a de carbono provocou o PETM, mas a origem deste carbono, a quantidade exata liberada e a que velocidade ainda s\u00e3o temas de especula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Parte do problema \u00e9 que as amostras de rocha e sedimentos de \u00e1reas que formaram o fundo do mar h\u00e1 55,9 milh\u00f5es de anos est\u00e3o, quase sempre, altamente comprimidos em uma \u00e1rea de, no m\u00e1ximo, um metro, e por isso, s\u00e3o dif\u00edceis de ler.<\/p>\n

Kump e seus colegas, no entanto, analisaram um local perto de Spitsbergen, na Noruega – escavada por um empreendimento de minera\u00e7\u00e3o de carv\u00e3o -, onde o registro de PETM tem 150 metros de espessura e, portanto, est\u00e1 repleto de pistas geol\u00f3gicas frescas.<\/p>\n

O local revelou que as emiss\u00f5es de carbono durante o per\u00edodo de aquecimento de 20.000 anos n\u00e3o ultrapassou o 1,7 bilh\u00e3o de toneladas m\u00e9tricas ao ano, menos do que se pensava anteriormente.<\/p>\n

Comparativamente, as emiss\u00f5es recentes de carbono produzidas pela queima de combust\u00edveis f\u00f3sseis geram uma m\u00e9dia superior a oito bilh\u00f5es de toneladas, sendo que em 2010 ocorreu a maior libera\u00e7\u00e3o j\u00e1 registrada.<\/p>\n

A descoberta “d\u00e1 apoio adicional \u00e0 ideia de que \u00e9 a taxa r\u00e1pida com que estamos liberando carbono que \u00e9 t\u00e3o perigoso, al\u00e9m do grande volume envolvido”, disse o professor Bryan Lovell, da Universidade de Cambridge.<\/p>\n

Segundo ele, o planeta precisou de 100.000 a 200.000 anos para voltar a ter condi\u00e7\u00f5es semelhantes \u00e0quelas que prevaleceram antes da ocorr\u00eancia da emiss\u00e3o maci\u00e7a e repentina de carbono.<\/p>\n

O estudo tamb\u00e9m sustenta a teoria de que o PETM foi provocado pela libera\u00e7\u00e3o – provavelmente devido \u00e0 atividade vulc\u00e2nica – do metano preso abaixo do leito marinho na forma de hidratos de g\u00e1s. (Fonte: Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Ge\u00f3logos descobriram ind\u00edcios de evento que aqueceu o planeta em 5\u00b0C, h\u00e1 56 milh\u00f5es de anos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[77,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/70866"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=70866"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/70866\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=70866"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=70866"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=70866"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}