{"id":72388,"date":"2011-07-18T00:00:54","date_gmt":"2011-07-18T03:00:54","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=72388"},"modified":"2011-07-17T19:58:26","modified_gmt":"2011-07-17T22:58:26","slug":"rede-vai-monitorar-tremores-de-terra-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/07\/18\/72388-rede-vai-monitorar-tremores-de-terra-no-brasil.html","title":{"rendered":"Rede vai monitorar tremores de terra no Brasil"},"content":{"rendered":"

Com financiamento da Petrobras a um custo aproximado de R$ 20 milh\u00f5es, quatro institui\u00e7\u00f5es de pesquisa brasileiras est\u00e3o montando a primeira rede sismogr\u00e1fica unificada para cobrir todo o territ\u00f3rio nacional.<\/p>\n

Com ela, ser\u00e1 poss\u00edvel conduzir estudos mais detalhados do interior da crosta terrestre em solo brasileiro (\u00e1rea de pesquisa hoje ainda pouco explorada) e monitorar, em tempo real, tremores de terra que est\u00e3o acontecendo em todo o planeta.<\/p>\n

No momento, s\u00e3o 67 as esta\u00e7\u00f5es planejadas, das quais 20 ser\u00e3o de responsabilidade da USP, 20 da UnB (Universidade de Bras\u00edlia), 15 da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e 12 do ON (Observat\u00f3rio Nacional).<\/p>\n

Cada esta\u00e7\u00e3o tem um sensor de banda larga e um aceler\u00f3grafo, dispositivos para o registro de vibra\u00e7\u00f5es s\u00edsmicas de diferentes intensidades. Uma antena 3G fornece a conex\u00e3o com o resto da rede via internet.<\/p>\n

“Conforme o projeto for evoluindo, podemos colocar mais esta\u00e7\u00f5es e integrar o sistema com outras instala\u00e7\u00f5es j\u00e1 existentes”, conta Marcelo Assump\u00e7\u00e3o, do IAG (Instituto de Astronomia, Geof\u00edsica e Ci\u00eancias Atmosf\u00e9ricas) da USP e coordenador do projeto, chamado Brasis.<\/p>\n

Conex\u00f5es<\/strong> – Quanto maior o n\u00famero de esta\u00e7\u00f5es, mais precis\u00e3o os cientistas t\u00eam na hora de identificar o local de onde se iniciou um tremor de terra.<\/p>\n

Isso acontece porque as ondas de choque do abalo s\u00edsmico s\u00e3o disparadas em todas as dire\u00e7\u00f5es, e diferentes esta\u00e7\u00f5es as receber\u00e3o em tempos e intensidades diferentes, de acordo com a dist\u00e2ncia do epicentro e a composi\u00e7\u00e3o da crosta naquela regi\u00e3o. Triangulando todas as informa\u00e7\u00f5es, obt\u00e9m-se o resultado, e quanto mais pontos de observa\u00e7\u00e3o, mais precisa fica a an\u00e1lise.<\/p>\n

O pessoal da USP j\u00e1 tem dez esta\u00e7\u00f5es instaladas e operando de forma integrada – os dados s\u00e3o compartilhados em tempo real pela internet e processados por um computador -, que identificam automaticamente terremotos de magnitude 5 para cima na escala Richter. “J\u00e1 registramos tremores no Chile, no Peru, na Am\u00e9rica Central”, relata Assump\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Para o monitoramento de abalos no Brasil, contudo, ser\u00e1 preciso melhorar a “resolu\u00e7\u00e3o” da rede, com a instala\u00e7\u00e3o de novas esta\u00e7\u00f5es. Isso porque os tremores registrados no territ\u00f3rio nacional, que afetam sobretudo o Nordeste do pa\u00eds, raramente ultrapassam a magnitude 3.<\/p>\n

Quando isso for poss\u00edvel, contudo, espera-se que o projeto n\u00e3o s\u00f3 alavanque as geoci\u00eancias no Brasil como tamb\u00e9m cumpra um papel social.<\/p>\n

“Poderemos auxiliar a\u00e7\u00f5es da Defesa Civil, sempre que necess\u00e1rio”, diz Aderson do Nascimento, sism\u00f3logo da UFRN. “O Nordeste \u00e9 uma zona bem s\u00edsmica, em que tremores de magnitude 2 s\u00e3o sempre bem sentidos pela popula\u00e7\u00e3o. As pessoas ficam assustadas, e \u00e9 preciso ter informa\u00e7\u00f5es sobre o que est\u00e1 acontecendo.”<\/p>\n

O pesquisador tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia do trabalho para a \u00e1rea de engenharia civil. “Obras devem levar em conta par\u00e2metros s\u00edsmicos que s\u00f3 agora poder\u00e3o ser incorporados ao seu planejamento”, destaca. A expectativa \u00e9 que a rede j\u00e1 esteja completamente operacional em dois anos. (Fonte: Salvador Nogueira\/ Folha.com)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Cada uma das 67 esta\u00e7\u00f5es ter\u00e1 um sensor de banda larga e um aceler\u00f3grafo, dispositivos para o registro de vibra\u00e7\u00f5es s\u00edsmicas de diferentes intensidades. Uma antena 3G fornecer\u00e1 a conex\u00e3o com o resto da rede via internet. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[75,121],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/72388"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=72388"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/72388\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=72388"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=72388"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=72388"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}