O Brasil reciclou 97,6% das latas de alum\u00ednio produzidas para embalagens de bebidas em 2010, um total de 239 mil toneladas de sucata, o equivalente a mais de 17 bilh\u00f5es de unidades de latas. De acordo com a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira do Alum\u00ednio (Abal) e a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), que divulgaram na quinta-feira (27) os resultados, os n\u00fameros de 2010 mostram crescimento de 20,3% na reciclagem e de 21% na produ\u00e7\u00e3o, na compara\u00e7\u00e3o com 2009.<\/p>\n
O \u00edndice mant\u00e9m o Brasil na lideran\u00e7a da reciclagem de latas de alum\u00ednio para bebidas. No mesmo per\u00edodo, o Jap\u00e3o reciclou 92,6% da produ\u00e7\u00e3o e a Argentina, 91,1%. Nos Estados Unidos, o \u00edndice foi 58,1%, mas o volume de produ\u00e7\u00e3o \u00e9 muito maior, cerca de 100 bilh\u00f5es de latas por ano.<\/p>\n
Em 2010, a reciclagem de latas no pa\u00eds movimentou cerca de R$ 1,8 bilh\u00e3o. Desse total, R$ 555 milh\u00f5es foram injetados diretamente na coleta. De acordo com o empresariado, o volume de latas de alum\u00ednio coletado em 2010 equivale \u00e0 gera\u00e7\u00e3o de pelo menos 251 mil empregos no setor.<\/p>\n
As entidades tamb\u00e9m apresentaram os resultados da Greendex 2010, pesquisa feita anualmente pela National Geographic desde 2008 sobre consumo ambientalmente sustent\u00e1vel no mundo. O Brasil ficou em segundo lugar entre 17 na\u00e7\u00f5es, atr\u00e1s apenas da \u00cdndia. Segundo o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, deve-se comemorar o resultado, mas com ressalvas.<\/p>\n
\u201cComemoramos porque a base do nosso consumo \u00e9 mais sustent\u00e1vel do que a de muitos pa\u00edses, mas alguns \u00edndices s\u00e3o reflexo do est\u00e1gio de desenvolvimento econ\u00f4mico do pa\u00eds\u201d, disse Castro, referindo-se a dados da pesquisa como o que mostra que os brasileiros se locomovem mais do que a m\u00e9dia mundial por meio de transportes p\u00fablicos e considerando que essa tend\u00eancia pode se inverter caso n\u00e3o sejam feitos investimentos governamentais nesse tipo de locomo\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Para avaliar o consumo sustent\u00e1vel das popula\u00e7\u00f5es dos 17 pa\u00edses \u2013 entre eles a Argentina, Austr\u00e1lia, os Estados Unidos, a China, o M\u00e9xico, a Inglaterra, R\u00fassia, o Jap\u00e3o, Su\u00e9cia e Alemanha \u2013 a pesquisa entrevistou 17 mil pessoas sobre itens como moradia, transporte, alimenta\u00e7\u00e3o, energia e atitudes.<\/p>\n
No quesito moradia, os brasileiros conquistaram o primeiro lugar, que considera o n\u00famero de quartos nas casas, a tend\u00eancia de ter aquecedores e ar-condicionado e o uso de eletricidade \u201cverde\u201d, principalmente pelo uso de energia hidrel\u00e9trica, entre outras fontes renov\u00e1veis. A pior coloca\u00e7\u00e3o brasileira foi a do quesito alimenta\u00e7\u00e3o, com a 16\u00aa coloca\u00e7\u00e3o, gra\u00e7as ao baixo consumo de frutas e legumes e \u00e0 ingest\u00e3o de carne em maior quantidade que outras nacionalidades. No consumo de carnes, o Brasil se iguala \u00e0 Argentina.<\/p>\n
\u201cEssas pesquisas podem ajudar a orientar pol\u00edticas p\u00fablicas\u201d, disse Castro. \u201cA atitude do brasileiro mostra uma evolu\u00e7\u00e3o. Notamos, por exemplo, o aumento da preocupa\u00e7\u00e3o com as embalagens dos produtos”. (Fonte: Ag\u00eancia Brasil)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"