{"id":77483,"date":"2011-12-05T00:01:15","date_gmt":"2011-12-05T02:01:15","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=77483"},"modified":"2011-12-04T22:24:38","modified_gmt":"2011-12-05T00:24:38","slug":"em-um-ano-12-especies-entram-na-lista-de-extintas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/12\/05\/77483-em-um-ano-12-especies-entram-na-lista-de-extintas.html","title":{"rendered":"Em um ano, 12 esp\u00e9cies entram na lista de extintas"},"content":{"rendered":"
Neste m\u00eas, a Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas, produzida pela Uni\u00e3o Internacional pela Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza (IUCN, em ingl\u00eas), foi atualizada. Chamada pela revista especializada Science de “bar\u00f4metro da biodiversidade”, a nova vers\u00e3o conta com 61,9 mil esp\u00e9cies e lista animais e plantas em risco ou j\u00e1 considerados extintos. Falando com exclusividade ao Terra diretamente da Universidade de Cambridge, o respons\u00e1vel pela lista, Craig Hilton-Taylor comenta algumas das mudan\u00e7as na lista e fala dos desafios da preserva\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies.<\/p>\n
“Perder qualquer esp\u00e9cie ou subesp\u00e9cie n\u00e3o \u00e9 bom. Por\u00e9m, perder uma esp\u00e9cie \u00e9 pior, porque a\u00ed voc\u00ea perde muita diversidade gen\u00e9tica”, explica Hilton-Taylor. “Pelo menos com a subesp\u00e9cie, voc\u00ea ainda pode contra com alguma diversidade gen\u00e9tica daquele grupo”, diz o especialista, que cita a poss\u00edvel cruza de subesp\u00e9cies como alternativa para salvar o rinoceronte branco do norte (Ceratotherium simum cottoni<\/em>) – neste ano, a Lista passou a categorizar o rinoceronte negro do oeste (Diceros bicornis longipes)<\/em>.<\/p>\n “Conforme o que a gente sabe, restam apenas quatro exemplares deste animal (o rinoceronte branco do norte) em regime de semi-cativeiro, pois eles vieram de um zool\u00f3gico. Mas se pud\u00e9ssemos cruz\u00e1-los com, digamos, o rinoceronte branco do sul, seria uma forma de salvar os genes deles. Mas tenho certeza que alguns puristas n\u00e3o iriam gostar nem um pouco da ideia de misturar os genes das subesp\u00e9cies”, afirma o pesquisador da IUCN.<\/p>\n Do ano passado para c\u00e1, 12 esp\u00e9cies de seres vivos foram adicionadas \u00e0 lista de extintas. “A maioria das extin\u00e7\u00f5es n\u00e3o s\u00e3o recentes e aconteceram h\u00e1 muito tempo”, afirma Hilton-Taylor Ele afirma que a demora ocorre devido ao per\u00edodo necess\u00e1rio para reunir um n\u00famero suficiente de evid\u00eancias negativas para considerar a esp\u00e9cie como extinta.<\/p>\n E, segundo ele, os impactos do desaparecimento de uma esp\u00e9cie tamb\u00e9m n\u00e3o s\u00e3o imediatos. “As pessoas podem n\u00e3o notar impactos imediatamente, e isso depende muito do papel da esp\u00e9cie no ecossistema, porque a perda de algumas delas afetam processos importantes. Por exemplo, uma lesma pode ser importante na filtragem da \u00e1gua e o seu desaparecimento significaria que a qualidade daquela \u00e1gua iria decair”, explica.<\/p>\n “Pode ser uma esp\u00e9cie que as pessoas dependam para comida ou at\u00e9 para fins medicinais, como no caso de algumas plantas, e a\u00ed \u00e9 necess\u00e1rio achar alternativas. Ou pode ser at\u00e9 uma esp\u00e9cie de import\u00e2ncia cultural ou espiritual, e a sua perda pode afetar a comunidade, que em troca, vai come\u00e7ar a agir de forma diferente, afetando o ecossistema”, diz.<\/p>\n Mas a lista da Uni\u00e3o Internacional pela Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza n\u00e3o \u00e9 feita somente de m\u00e1s not\u00edcias. Exemplos como os cavalos de Przewalski (Equus ferus<\/em>) passaram da categoria “criticamente amea\u00e7adas” para “amea\u00e7adas”. Esses cavalos foram declarados extintos da natureza em 1996, mas um programa ambiental fez com que a popula\u00e7\u00e3o se recuperasse a partir de esp\u00e9cimes em cativeiro, e hoje ela \u00e9 estimada em mais de 300 exemplares.<\/p>\n Mesmo assim, a IUCN alerta que 25% dos mam\u00edferos est\u00e3o sob risco de extin\u00e7\u00e3o, e ideias futur\u00edsticas de preserva\u00e7\u00e3o, como preserva\u00e7\u00e3o de DNA para clonagem, ainda n\u00e3o s\u00e3o realidade. “A ideia de clonagem ainda ronda por a\u00ed, mas n\u00e3o \u00e9 um processo t\u00e3o f\u00e1cil como se imagina. N\u00e3o h\u00e1 um consenso na comunidade cient\u00edfica sobre a clonagem ser algo positivo ou negativo ou at\u00e9 mesmo se \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o vi\u00e1vel a ser buscada. Ainda temos um longo caminho a percorrer no desenvolvimento da tecnologia para clonagem, e s\u00f3 ent\u00e3o vamos verificar se \u00e9 uma op\u00e7\u00e3o \u00fatil ou n\u00e3o”, diz Hilton Taylor. “Mas ela nunca ser\u00e1 a \u00fanica op\u00e7\u00e3o, pois n\u00e3o resolve o problema da maior amea\u00e7a \u00e0s esp\u00e9cies, que \u00e9 a perda de habitat devido as crescentes necessidades humanas”, afirma.<\/p>\n Veja as esp\u00e9cies de animais que entraram em 2011 na Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas na categoria extintos:<\/p>\n Anabarilius macrolepis<\/em>: um peixe de \u00e1gua doce natural da China. Foi visto pela \u00faltima vez nos anos 70, mas entrou em extin\u00e7\u00e3o quando o lago Yilong secou devido a agricultura. Adicionado \u00e0 Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas em novembro de 2011.<\/p>\n Platytropius siamensis<\/em>: mais um peixe de \u00e1gua doce, desta vez da Tail\u00e2ndia. Visto pela \u00faltima vez entre 1975 e 1977. Acredita-se que a esp\u00e9cie se tornou extinta como resultado da canaliza\u00e7\u00e3o do rio Chao Phraya. Adicionado \u00e0 Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas em junho de 2011.<\/p>\n Pennatomys nivalis<\/em>: um roedor das ilhas de S\u00e3o Cristov\u00e3o e Nevis, no Caribe. N\u00e3o \u00e9 visto desde os anos 30, e as poss\u00edvel causa de extin\u00e7\u00e3o mora na introdu\u00e7\u00e3o de predadores ao ecossistema. Adicionado \u00e0 Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas em novembro de 2011.<\/p>\n Cyclura onchiopsis<\/em>: uma iguana que era somente encontrada na Ilha Navassa, nas \u00cdndias Ocidentais. A explora\u00e7\u00e3o da area por mineradores \u00e9 a prov\u00e1vel causa da extin\u00e7\u00e3o. Adicionada \u00e0 Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas em junho de 2011.<\/p>\n Islamia ateni<\/em>: um molusco somente encontrado em uma fonte de \u00e1guas termais em Lerida (nordeste da Espanha). Vista pela \u00faltima vez em 1969. A fonte \u00e9 usada pelo p\u00fablico para banho e foi profundamente alterada pela constru\u00e7\u00e3o de uma rodovia e pelo uso da \u00e1gua. Adicionada \u00e0 Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas em junho de 2011. (Fonte: Portal Terra)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Chamada pela revista especializada Science de “bar\u00f4metro da biodiversidade”, a nova vers\u00e3o conta com 61,9 mil esp\u00e9cies e lista animais e plantas em risco ou j\u00e1 considerados extintos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[61,66,94],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/77483"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=77483"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/77483\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=77483"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=77483"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=77483"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}