{"id":78343,"date":"2011-12-29T00:01:05","date_gmt":"2011-12-29T02:01:05","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=78343"},"modified":"2011-12-28T19:04:57","modified_gmt":"2011-12-28T21:04:57","slug":"cientistas-descobrem-especies-no-fundo-do-oceano-indico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/12\/29\/78343-cientistas-descobrem-especies-no-fundo-do-oceano-indico.html","title":{"rendered":"Cientistas descobrem esp\u00e9cies no fundo do Oceano \u00cdndico"},"content":{"rendered":"
Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Gr\u00e3-Bretanha, capturaram imagens impressionantes em um dos pontos mais in\u00f3spitos do fundo do Oceano \u00cdndico.<\/p>\n
As imagens, capturadas com a ajuda de um rob\u00f4 na Cadeia de Montanhas Submarinas do Sudoeste \u00cdndico, foram feitas enquanto os cientistas pesquisavam as aberturas de vulc\u00f5es submarinos, no fundo do oceano.<\/p>\n
Descobertos em 1977, estes respiradouros hidrotermais s\u00e3o fissuras no fundo do oceano que expelem \u00e1gua muito quente, rica em minerais. Apesar das temperaturas alt\u00edssimas, estas \u00e1reas podem abrigar ecossistemas variados.<\/p>\n
A equipe de cientistas brit\u00e2nicos se concentrou nas aberturas do sudoeste \u00edndico porque esta cadeia est\u00e1 ligada \u00e0 Cadeia de Montanhas do Oceano Atl\u00e2ntico e \u00e0 Cadeia Central \u00cdndica, locais onde a vida marinha j\u00e1 foi bem documentada.<\/p>\n
Nesta nova pesquisa, os cientistas da Universidade de Southampton encontraram moluscos, crust\u00e1ceos, mexilh\u00f5es e outras criaturas. Em seguida, eles compararam estas criaturas com as encontradas em respiradouros vulc\u00e2nicos de cadeias submarinas vizinhas.<\/p>\n
“Eu esperava (encontrar por) l\u00e1 algumas semelhan\u00e7as com o que sabemos do Atl\u00e2ntico, e algumas semelhan\u00e7as com o que sabemos das aberturas do Oceano \u00cdndico, mas tamb\u00e9m encontramos animais que n\u00e3o s\u00e3o conhecidos em nenhuma daquelas \u00e1reas, e isto foi uma grande surpresa”, disse o professor Jon Copley, pesquisador-chefe do projeto.<\/p>\n
Encruzilhada<\/strong> – A \u00e1rea pesquisada pelos cientistas \u00e9 diferente das outras, pois tem menos atividade vulc\u00e2nica do que outras cadeias submarinas, com menos respiradouros.<\/p>\n Para capturar as imagens, os pesquisadores usaram um rob\u00f4 submarino chamado Kiel 6000, do Instituto de Ci\u00eancias Marinhas de Leibniz, na Alemanha. As descobertas do rob\u00f4 surpreenderam os cientistas. “Este lugar \u00e9 uma verdadeira encruzilhada em termos de esp\u00e9cies de respiradouros no mundo todo”, disse Copley.<\/p>\n “Uma (das descobertas) foi um tipo de caranguejo yeti. Existem atualmente duas esp\u00e9cies descritas de caranguejo yeti conhecidas no Oceano Pac\u00edfico, e (esta \u00faltima descoberta) n\u00e3o \u00e9 como as outras, mas \u00e9 o mesmo tipo de animal, com bra\u00e7os longos e cabeludos”, afirmou.<\/p>\n “Tamb\u00e9m (encontramos) alguns pepinos-do-mar, desconhecidos dos respiradouros do Atl\u00e2ntico ou da Cadeia Central \u00cdndica, mas conhecidos no Pac\u00edfico.” “Temos liga\u00e7\u00f5es com v\u00e1rias partes diferentes do mundo aqui”, disse o cientista.<\/p>\n Diversidade<\/strong> – A diversidade das criaturas encontradas tamb\u00e9m surpreendeu os cientistas. “Em muitos outros campos com respiradouros, nesta zona quente, voc\u00ea encontra animais que frequentemente s\u00e3o de apenas um tipo: na Cadeia do Atl\u00e2ntico \u00e9 apenas camar\u00e3o. Mas aqui vimos tr\u00eas ou quatro ao mesmo tempo”, disse Copley.<\/p>\n As descobertas devem ajudar os pesquisadores a descobrir mais sobre como as criaturas se movem de abertura em abertura. Estes respiradouros t\u00eam vida curta e, se as criaturas que habitam a \u00e1rea n\u00e3o tiverem a habilidade de se mover de um sistema para outro, a vida nestas regi\u00f5es seria extinta.<\/p>\n Apesar destas descobertas, os pesquisadores temem pelo futuro da regi\u00e3o. A China conseguiu uma licen\u00e7a para explorar o potencial de minera\u00e7\u00e3o destes respiradouros, concedida pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, sigla em ingl\u00eas), entidade que regula a explora\u00e7\u00e3o nos oceanos.<\/p>\n “Seria muito prematuro come\u00e7ar a perturbar (as esp\u00e9cies da regi\u00e3o) antes de descobrirmos totalmente o que vive l\u00e1”, afirmou o cientista. (Fonte: G1)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"