{"id":78360,"date":"2011-12-29T00:00:46","date_gmt":"2011-12-29T02:00:46","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=78360"},"modified":"2011-12-28T21:16:55","modified_gmt":"2011-12-28T23:16:55","slug":"nivel-do-mar-sobe-mais-rapido-no-litoral-norte-de-sao-paulo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/12\/29\/78360-nivel-do-mar-sobe-mais-rapido-no-litoral-norte-de-sao-paulo.html","title":{"rendered":"N\u00edvel do mar sobe mais r\u00e1pido no litoral norte de S\u00e3o Paulo"},"content":{"rendered":"

Sobe cada vez mais r\u00e1pido o n\u00edvel do mar no litoral norte de S\u00e3o Paulo, aponta a pesquisa coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia Hidr\u00e1ulica e Ambiental da USP (Universidade de S\u00e3o Paulo) Paolo Alfredini.<\/p>\n

Com base nos registros feitos de 1944 a 2007 pela Companhia Docas do Estado de S\u00e3o Paulo, em Santos, Alfredini constatou uma eleva\u00e7\u00e3o do mar de 74 cent\u00edmetros por s\u00e9culo. Tamb\u00e9m foi analisada a documenta\u00e7\u00e3o de outras institui\u00e7\u00f5es em Ubatuba, S\u00e3o Sebasti\u00e3o e Caraguatatuba.<\/p>\n

Nas \u00faltimas d\u00e9cadas, no entanto, o avan\u00e7o das \u00e1guas mar\u00edtimas foi mais r\u00e1pido. “Nos \u00faltimos 20 anos, analisando esses dados, a gente nota que tem havido uma acelera\u00e7\u00e3o. Isso aparentemente est\u00e1 ligado ao fato que as temperaturas t\u00eam aumentado mais nesse per\u00edodo”, ressaltou o professor. Com isso, a estimativa de Alfredini \u00e9 que neste s\u00e9culo o n\u00edvel do mar suba cerca de um metro.<\/p>\n

Um aumento desse n\u00edvel significa, segundo Alfredini, a perda de 100 metros de praia em \u00e1reas com declividades suaves. Essa aproxima\u00e7\u00e3o das \u00e1guas pode colocar em risco constru\u00e7\u00f5es \u00e0 beira-mar.<\/p>\n

“A quebra da onda vai ficar muito mais pr\u00f3xima das avenidas, onde existem ocupa\u00e7\u00f5es urbanas. Vai come\u00e7ar a solapar e erodir muros”, disse. “Tubula\u00e7\u00f5es que passem perto da praia, como emiss\u00e1rios de esgoto, interceptores de \u00e1guas pluviais, podem vir a ser descal\u00e7ados e eventualmente at\u00e9 romper”, completou.<\/p>\n

Outro fator que amea\u00e7a as constru\u00e7\u00f5es costeiras, verificado no estudo, \u00e9 o aumento da altura das ondas nas ressacas e tempestades mar\u00edtimas, al\u00e9m do aumento da frequ\u00eancia desses fen\u00f4menos. “Havendo um recrudescimento das ondas, isso tamb\u00e9m vai provocar mais eros\u00f5es [nas praias]”, alertou o pesquisador.<\/p>\n

A eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar poder\u00e1 ainda, segundo Alfredini, causar problemas para o abastecimento de \u00e1gua em algumas cidades. Segundo ele, esse processo tende a causar um aumento no volume de \u00e1gua que se infiltra nos rios.<\/p>\n

“Portanto, as tomadas de \u00e1gua para abastecimento p\u00fablico e industrial poder\u00e3o come\u00e7ar a receber \u00e1gua com maior teor de salinidade. E isso pode come\u00e7ar a complicar ou inviabilizar o tratamento da \u00e1gua”.<\/p>\n

Para amenizar esses problemas, o pesquisador aponta a necessidade de prepara\u00e7\u00e3o das cidades afetadas, com a constru\u00e7\u00e3o, por exemplo, de obras de defesa costeira. “Tem que ter nesses governos municipais, principalmente, que est\u00e3o em \u00e1reas de extremo risco, consci\u00eancia de que isso \u00e9 uma realidade”. (Fonte: Folha.com)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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