{"id":78463,"date":"2011-12-31T00:01:59","date_gmt":"2011-12-31T02:01:59","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2011\/12\/31\/78463-reserva-dizimada-por-caca-ilegal-no-malaui-e-repovoada-por-ong.html"},"modified":"2011-12-31T00:01:59","modified_gmt":"2011-12-31T02:01:59","slug":"reserva-dizimada-por-caca-ilegal-no-malaui-e-repovoada-por-ong","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2011\/12\/31\/78463-reserva-dizimada-por-caca-ilegal-no-malaui-e-repovoada-por-ong.html","title":{"rendered":"Reserva dizimada por ca\u00e7a ilegal no Malau\u00ed \u00e9 repovoada por ONG"},"content":{"rendered":"

Esvaziada de seus animais pelos ca\u00e7adores ilegais, uma reserva do Malau\u00ed est\u00e1 sendo progressivamente repovoada com ant\u00edlopes, elefantes, leopardos e le\u00f5es, por uma organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o governamental (ONG) que quer fazer dela uma das principais atra\u00e7\u00f5es tur\u00edsticas da regi\u00e3o. Apesar de oficialmente protegidos, desde 1955, os 700 km\u00b2 da reserva de Majete, no sul do pa\u00eds, abrigavam apenas alguns babu\u00ednos at\u00e9 que a organiza\u00e7\u00e3o sul-africana, African Parks Networks, de car\u00e1ter n\u00e3o lucrativo, retomou sua administra\u00e7\u00e3o em 2003.<\/p>\n

“Na realidade, n\u00e3o havia nenhum controle. O \u00faltimo elefante foi ca\u00e7ado em 1992” e, dez anos antes, ainda havia v\u00e1rias centenas deles. “Nenhum turista vinha mais porque simplesmente n\u00e3o tinha mais nada para ver”, conta o diretor do parque, Patricio Ndadzela.<\/p>\n

Em oito anos, a African Parks, que tem como objetivo a conserva\u00e7\u00e3o dos espa\u00e7os naturais no continente, reintroduziu mais de 2,5 mil animais nesta vasta extens\u00e3o de savanas, margeando o Shire, o principal rio do Malau\u00ed: 742 impalas, 359 ant\u00edlopes pretos, 306 b\u00fafalos, 250 elefantes, 177 zebras, 158 javalis, 7 rinocerontes pretos, 4 leopardos, entre outros. “Majete representa o sucesso de uma opera\u00e7\u00e3o Arca de No\u00e9”, felicita-se Peter Fernhead, diretor geral da organiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

“N\u00f3s s\u00f3 introduzimos os animais caracter\u00edsticos da regi\u00e3o”, precisa o guarda-florestal Fyson Suwedi. N\u00e3o haver\u00e1, ent\u00e3o, girafas ou avestruzes na reserva – que agora est\u00e1 agora fechada e vigiada.<\/p>\n

A reserva ainda vai receber le\u00f5es no pr\u00f3ximo m\u00eas de julho. A chegada do rei dos animais vai permitir a Majete propor as “Big Five”, as cinco grandes feras (le\u00f5es, leopardos, elefantes, rinocerontes e b\u00fafalos), que costumam atrair os turistas.<\/p>\n

A organiza\u00e7\u00e3o investiu 15 milh\u00f5es de d\u00f3lares a fundo perdido para fazer reviver Majete, seu grande projeto e sua vitrine, destaca o respons\u00e1vel pelas mudan\u00e7as Dorian Tilbury. A opera\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 rent\u00e1vel. No momento, 85% do or\u00e7amento anual – cerca de um milh\u00e3o de d\u00f3lares – s\u00e3o provenientes de donativos recolhidos pela organiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Um lodge de luxo, concedido a um operador privado, vir\u00e1 completar o dispositivo em alguns meses. “Gra\u00e7as ao novo lodge, vamos come\u00e7ar a adaptar o local para o turismo internacional”, explica Tilbury, que quer tamb\u00e9m atrair visitantes locais, apesar da grave crise pela qual passa o muito pobre Mal\u00e1ui. A ideia da transforma\u00e7\u00e3o da reserva volta-se tamb\u00e9m para ajudar as popula\u00e7\u00f5es locais. “Grande parte das pessoas empregadas aqui (130 pessoas, e o mesmo n\u00famero de contratos tempor\u00e1rios) eram provavelmente ca\u00e7adores. Eles precisavam ca\u00e7ar para comer (ante a falta total de estrutura)”, revela Andr\u00e9 Uys, o veterin\u00e1rio sul-africano que acompanhou a maior parte das transfer\u00eancias dos animais.<\/p>\n

“Nosso objetivo \u00e9 assegurar que o valor gerado pelo parque v\u00e1 beneficiar os moradores da regi\u00e3o”, insiste Peter Fernhead, diretor geral da African Parks Network. “N\u00e3o queremos ser conselheiros t\u00e9cnicos. Queremos um mandato claro para administrar o parque e nos responsabilizar por ele”, acrescentou.<\/p>\n

Os poderes p\u00fablicos permanecem presentes, encarregando-se principalmente da manuten\u00e7\u00e3o da ordem. A organiza\u00e7\u00e3o, com sede em Johannesburgo, administra no mesmo modelo sete parques em v\u00e1rios pa\u00edses – nos dois Congos, no Malau\u00ed, em Ruanda, no Chade. Mas as rela\u00e7\u00f5es com as autoridades locais n\u00e3o s\u00e3o sempre t\u00e3o boas como acontece em Majete – a African Parks retirou-se da Eti\u00f3pia e do Sud\u00e3o, e n\u00e3o levou \u00e0 frente dois projetos na Z\u00e2mbia. (Fonte: Portal Terra)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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