{"id":79585,"date":"2012-01-31T00:03:27","date_gmt":"2012-01-31T02:03:27","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=79585"},"modified":"2012-01-30T21:49:51","modified_gmt":"2012-01-30T23:49:51","slug":"cientistas-montam-banco-genetico-da-grande-barreira-de-coral","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/01\/31\/79585-cientistas-montam-banco-genetico-da-grande-barreira-de-coral.html","title":{"rendered":"Cientistas montam banco gen\u00e9tico da Grande Barreira de Coral"},"content":{"rendered":"
Cientistas australianos montaram um precioso banco de esperma na esperan\u00e7a de assegurar o futuro da Grande Barreira de Coral, em perigo devido \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n
Cerca de 70 milh\u00f5es de espermatozoides e 22 bilh\u00f5es de embri\u00f5es coralinos armazenados em nitrog\u00eanio l\u00edquido (a -196\u00b0 C) est\u00e3o guardados no zool\u00f3gico de Dubbo, a leste da Nova Gales do Sul, nas portas do deserto australiano.<\/p>\n
“Sabemos que a Grande Barreira de Coral corre um enorme risco, devido a v\u00e1rios fen\u00f4menos de escala mundial como as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, a acidifica\u00e7\u00e3o dos oceanos e o aquecimento da \u00e1gua”, explicou a respons\u00e1vel pelo projeto, Rebecca Spindler.<\/p>\n
“Os pr\u00f3ximos cinco anos ser\u00e3o cruciais para preservar a barreira e capturar o m\u00e1ximo de diversidade gen\u00e9tica”, advertiu.<\/p>\n
Sua equipe trabalha com Mary Hagedorn, pesquisadora da importante institui\u00e7\u00e3o p\u00fablica americana, Smithsonian Institute, para recolher e congelar amostras da Grande Barreira.<\/p>\n
O objetivo \u00e9 recolher o maior n\u00famero poss\u00edvel de c\u00e9lulas reprodutoras (gametas). Os cientistas coletaram por\u00e7\u00f5es inteiras da barreira antes de submergir-las em tanques na espera do per\u00edodo de reprodu\u00e7\u00e3o, que acontece em apenas tr\u00eas dias do ano.<\/p>\n
Especialistas do Australian Institute of Marine Science (Instituto de Oceanografia da Austr\u00e1lia) devolveram as por\u00e7\u00f5es para o lugar de origem, de onde foram retiradas do mar.<\/p>\n
Os cientistas esperam criar uma verdadeira reserva gen\u00e9tica de esp\u00e9cies coralinas, caso n\u00e3o sobrevivam ao aquecimento global, a contamina\u00e7\u00e3o, a dragagem e as intemp\u00e9ries do tempo, como os furac\u00f5es.<\/p>\n
O esperma e os embri\u00f5es armazenados em Dubbo v\u00e3o permitir a reconstitui\u00e7\u00e3o in vitro do coral, que seria implantado de novo em seu meio natural para se reproduzir e reconstruir a barreira. Uma esperan\u00e7a “realista” daqui a alguns anos, segundo Rebecca Spindler.<\/p>\n
“Os corais s\u00e3o uma esp\u00e9cie \u00fanica no mundo, diferente de qualquer outro organismo, pois apresentam dois tipos de reprodu\u00e7\u00e3o diferentes – sexuada (com ovos) e assexuada”, constatou a bi\u00f3loga Nana Satake.<\/p>\n
A reprodu\u00e7\u00e3o assexuada acontece por fragmenta\u00e7\u00e3o, separa\u00e7\u00e3o de um peda\u00e7o do coral, que em seguida, se fixa a uma rocha e d\u00e1 origem a uma nova col\u00f4nia.<\/p>\n
A Grande Barreira, registrada como patrim\u00f4nio mundial da UNESCO, estende-se por 345 mil km\u00b2 ao longo da costa australiana e constitui o maior conjunto de corais do mundo.<\/p>\n
S\u00e3o 400 esp\u00e9cies de corais, 1.500 esp\u00e9cies de peixes, 4 mil esp\u00e9cies de moluscos e v\u00e1rias esp\u00e9cies em risco de extin\u00e7\u00e3o, como o dugong (mam\u00edfero marinho herb\u00edvoro) e a grande tartaruga verde.<\/p>\n
Al\u00e9m de sua biodiversidade marinha, a Austr\u00e1lia quer manter uma fonte de renda importante, o turismo, que arrecada por ano 6 bilh\u00f5es de d\u00f3lares australianos (4.800 bilh\u00f5es de euros).<\/p>\n
“Ecol\u00f3gica, econ\u00f4mica e socialmente, n\u00e3o podemos permitir perder a barreira”, concluiu Rebecca Spindler. (Fonte: Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"