{"id":79737,"date":"2012-02-03T00:03:10","date_gmt":"2012-02-03T02:03:10","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=79737"},"modified":"2012-02-02T19:41:22","modified_gmt":"2012-02-02T21:41:22","slug":"ambientalistas-brasileiros-pedem-protecao-do-pantanal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/02\/03\/79737-ambientalistas-brasileiros-pedem-protecao-do-pantanal.html","title":{"rendered":"Ambientalistas brasileiros pedem prote\u00e7\u00e3o do Pantanal"},"content":{"rendered":"

Jacar\u00e9s descansam em bancos de areia, enquanto uma iguana se lan\u00e7a no mangue: no Pantanal, a natureza \u00e9 generosa, mas o santu\u00e1rio de biodiversidade localizado no cora\u00e7\u00e3o da Am\u00e9rica do Sul est\u00e1 amea\u00e7ado pela agricultura intensiva e pelo desmatamento.<\/p>\n

Ambientalistas do World Wildlife Fund (WWF) soaram o alarme por ocasi\u00e3o do Dia Mundial das Zonas \u00damidas, celebrado todos os dias 2 de fevereiro desde 1997, para resgatar este santu\u00e1rio do Mato Grosso.<\/p>\n

Os cientistas da ONG se apoiam em um estudo in\u00e9dito publicado ap\u00f3s tr\u00eas anos de pesquisas, realizado por cerca de 30 especialistas de quatro pa\u00edses (Brasil, Paraguai, Bol\u00edvia e Argentina), que compartilham a bacia do rio Paraguai, que nasce no Mato Grosso e percorre 2.600 km antes de desaguar no Rio Paran\u00e1, na Argentina.<\/p>\n

Segundo o WWF, esta regi\u00e3o que se estende por 1,2 milh\u00e3o de km\u00b2 corre um grave risco ecol\u00f3gico.<\/p>\n

O bi\u00f3logo Glauco Kimura, coordenador do programa “Water for Life” (“\u00c1gua para a vida”) do WWF, \u00e9 categ\u00f3rico: “o Pantanal est\u00e1 amea\u00e7ado. Isto pode parecer surpreendente, mas \u00e9 a triste realidade. Nosso estudo demonstra que 14% da bacia do rio Paraguai deve ser protegida de maneira urgente”.<\/p>\n

Antes de percorrer de barco as curvas do rio Cuiab\u00e1, sobrevoado por algumas aves de rapina e por uma s\u00e9rie de papagaios coloridos, Kimura e sua equipe se det\u00eam na floresta da Chapada dos Guimar\u00e3es.<\/p>\n

A vista \u00e9 excepcional. Mostra, de longe, o exuberante Pantanal, verdadeiro santu\u00e1rio ecol\u00f3gico. Mas \u00e9 do alto, no Planalto (conhecido tamb\u00e9m como “Cerrado”), que vem o perigo.<\/p>\n

“Comparo esta regi\u00e3o a um prato”, explica o ecologista. “O Planalto nas bordas e o Pantanal no fundo do prato. E o segundo sofre com os excessos do primeiro”.<\/p>\n

O desmatamento, a agricultura excessiva, o desenvolvimento urbano ou a multiplica\u00e7\u00e3o de represas hidroel\u00e9tricas s\u00e3o alguns dos riscos para as \u00e1guas que alimentam o Pantanal.<\/p>\n

Percorrendo o Cerrado, s\u00e3o descobertos milhares de hectares de explora\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas, sobretudo de soja. Em meio dos campos que se perdem de vista, um trator lan\u00e7a um l\u00edquido amarelo com um forte odor qu\u00edmico. S\u00e3o herbicidas.<\/p>\n

Cerca de 15% da cobertura vegetal do Pantanal j\u00e1 foi destru\u00edda pelos cultivos de soja e pelos pastos para o gado, estima o WWF.<\/p>\n

Isto alarma o canadense Pierre Girard, especialista em hidrologia do Centro de Pesquisas do Pantanal (independente), outro dos autores do estudo.<\/p>\n

“A soja \u00e9 cultivada onde nascem os rios que alimentam e formam posteriormente o Pantanal. H\u00e1 riscos de eros\u00e3o, mas tamb\u00e9m de contamina\u00e7\u00e3o do Pantanal”, assegura.<\/p>\n

Realizado igualmente em colabora\u00e7\u00e3o com a ONG The Nature Conservancy, o estudo do WWF insiste na necessidade para os pa\u00edses e as regi\u00f5es envolvidas de unir seus esfor\u00e7os.<\/p>\n

“N\u00e3o h\u00e1 mais lugar para os cultivos abundantes como se existisse um estoque infinito de floresta nativa a destruir e de \u00e1gua doce a contaminar”, afirma Kimura.<\/p>\n

Para o bi\u00f3logo, a prote\u00e7\u00e3o da bacia do rio Paraguai – onde apenas 11% do territ\u00f3rio \u00e9 atualmente uma zona protegida – \u00e9 vital para conservar a extraordin\u00e1ria riqueza da fauna e da flora, que possui 4.500 esp\u00e9cies diferentes.<\/p>\n

“Portanto, \u00e9 necess\u00e1rio proteger as fontes de \u00e1gua, criar mais zonas protegidas e melhorar as pr\u00e1ticas agroaliment\u00edcias”, assegura Kimura. (Fonte: Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Segundo o WWF, regi\u00e3o corre risco por causa do desmatamento, agricultura excessiva e desenvolvimento urbano. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[42],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/79737"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=79737"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/79737\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=79737"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=79737"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=79737"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}