{"id":81603,"date":"2012-03-28T00:02:05","date_gmt":"2012-03-28T03:02:05","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=81603"},"modified":"2012-03-27T20:41:27","modified_gmt":"2012-03-27T23:41:27","slug":"crescimento-populacional-aumenta-mudancas-climaticas-dizem-cientistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/03\/28\/81603-crescimento-populacional-aumenta-mudancas-climaticas-dizem-cientistas.html","title":{"rendered":"Crescimento populacional aumenta mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, dizem cientistas"},"content":{"rendered":"

A crescente popula\u00e7\u00e3o contribui para aumentar a press\u00e3o sobre os recursos naturais do planeta, mas a quest\u00e3o \u00e9 complexa e h\u00e1 poucas solu\u00e7\u00f5es, afirmaram cientistas reunidos na confer\u00eancia “Planeta sob Press\u00e3o”, celebrada em Londres, a poucos meses da Rio+20.<\/p>\n

Segundo os especialistas, reunidos durante quatro dias para discutir a sa\u00fade do planeta, as respostas t\u00eam seguido na dire\u00e7\u00e3o de educar as mulheres de pa\u00edses pobres e ampliar seu acesso aos anticoncepcionais, mas tamb\u00e9m com vistas \u00e0 reforma dos padr\u00f5es de consumo nos pa\u00edses ricos.<\/p>\n

Os cientistas participantes apontaram o crescimento populacional como um grande respons\u00e1vel indireto pelo aquecimento global, pelo esgotamento de recursos, pela polui\u00e7\u00e3o e pela perda de biodiversidade.
\nMas tamb\u00e9m afirmaram que o tema desapareceu quase que completamente das discuss\u00f5es pol\u00edticas, em parte devido a quest\u00f5es religiosas, mas tamb\u00e9m por causa das lembran\u00e7as traum\u00e1ticas de controles coercitivos da natalidade em pa\u00edses pobres nos anos 1970 que ningu\u00e9m quer repetir.<\/p>\n

Controle populacional<\/strong> – Para a professora Diana Liverman, da Universidade do Arizona, o v\u00ednculo entre crescimento populacional e danos ambientais emergiu em meados do s\u00e9culo XX. “Os 50 anos entre 1950 e 2000 foram um per\u00edodo de mudan\u00e7as dram\u00e1ticas e sem precedentes na hist\u00f3ria humana”, afirmou.<\/p>\n

Neste tempo, a propor\u00e7\u00e3o de pessoas no planeta dobrou, de tr\u00eas para seis bilh\u00f5es. Agora, est\u00e1 em sete bilh\u00f5es e segundo algumas estimativas pode chegar a nove bilh\u00f5es em 2050. A boa not\u00edcia \u00e9 que a taxa de fertilidade – n\u00famero de filhos por mulher – caiu pela metade, de 5 para 2, desde 1950 e diminuir\u00e1 abaixo da taxa de reposi\u00e7\u00e3o, de 2,1 por volta de 2025, afirmou Liverman.<\/p>\n

“Isto significa que h\u00e1 uma forte probabilidade de que o crescimento da popula\u00e7\u00e3o se estabilizar\u00e1 em torno dos nove bilh\u00f5es e pode, na verdade, cair depois disso”, acrescentou Liverman.<\/p>\n

Outros especialistas alertaram que a estat\u00edstica pura pode mascarar muitas complexidades. “A capacidade de suporte do mundo n\u00e3o \u00e9 um n\u00famero puro, mas depende de estilo de vida, tecnologia e assim por diante”, rebateu Lorde Martin Rees, da Royal Society, a academia brit\u00e2nica de ci\u00eancias, que publicar\u00e1 no pr\u00f3ximo m\u00eas um estudo sobre demografia e meio ambiente.<\/p>\n

Consumo<\/strong> – Embora a popula\u00e7\u00e3o esteja se estabilizando ou diminuindo nos pa\u00edses ricos, estas ecomomias permanecem, de longe, as maiores fontes de danos ambientais, com emiss\u00f5es de gases-estufa per capita correspondentes ao dobro ou ao qu\u00e1druplo daquelas dos pa\u00edses em desenvolvimento.<\/p>\n

O grande crescimento populacional acontecer\u00e1 em pa\u00edses em desenvolvimento, especialmente na \u00c1frica subsaariana. Estes pa\u00edses t\u00eam pouca responsabilidade nas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, mas s\u00e3o os mais afetados porque t\u00eam poucos recursos financeiros e condi\u00e7\u00f5es de se adaptar.<\/p>\n

As estrat\u00e9gias para trabalhar com os fatores demogr\u00e1ficos que contribuem para os danos ambientais seguem essencialmente em dois caminhos, afirmaram os especialistas.<\/p>\n

Um \u00e9 o da mudan\u00e7a de padr\u00f5es de consumo, de forma que os pa\u00edses ricos – e os gigantes emergentes ansiosos por reproduzir o estilo de vida dos primeiros – usem energia e recursos de forma mais sustent\u00e1vel.<\/p>\n

Mulheres<\/strong> – O outro \u00e9 proteger os direitos das mulheres, seu acesso \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, ao trabalho e \u00e0 contracep\u00e7\u00e3o. “Se voc\u00ea tem desenvolvimento econ\u00f4mico e educa as mulheres e elas conseguem oportunidades no mercado de trabalho, elas tendem n\u00e3o s\u00f3 a reduzir o n\u00famero de filhos, mas a retardar crucialmente o momento de t\u00ea-los”, explicou Sarah Harper, diretora do Instituto de Envelhecimento da Popula\u00e7\u00e3o da Universidade de Oxford.<\/p>\n

“E se voc\u00ea atrasa o momento de come\u00e7ar a ter filhos, tende a ter fam\u00edlias menores”, acrescentou. Tais mudan\u00e7as podem ter um efeito “surpreendentemente r\u00e1pido” na redu\u00e7\u00e3o das taxas de natalidade, disse Stephen Tyler, que trabalha com um grupo denominado Rede de Cidades Asi\u00e1ticas Resistentes \u00e0s Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (ACCCRN, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n

No entanto, segundo os cientistas, mais de 200 milh\u00f5es de mulheres de pa\u00edses em desenvolvimento ainda n\u00e3o conseguem atender \u00e0s suas necessidades de planejamento familiar. Mas o financiamento para o acesso \u00e0 contracep\u00e7\u00e3o caiu 30% entre 1995 e 2008, “como resultado da press\u00e3o legislativa de grupos religiosos nos EUA e em outros pa\u00edses”, afirmaram. (Fonte: G1)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mudan\u00e7a de padr\u00e3o de consumo seria uma das solu\u00e7\u00f5es para problema. Ampliar direitos das mulheres para diminuir natalidade tamb\u00e9m ajudaria. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[211,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/81603"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=81603"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/81603\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=81603"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=81603"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=81603"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}