Cientistas do Cons\u00f3rcio do Genoma do Tomate realizaram o sequenciamento de duas esp\u00e9cies do fruto, uma domesticada e outra selvagem. O estudo, publicado na edi\u00e7\u00e3o desta semana do peri\u00f3dico cient\u00edfico Nature, fez ainda a compara\u00e7\u00e3o entre os dois e mostrou que eles s\u00e3o geneticamente muito similares com apenas 0,6% de genes diferentes.<\/p>\n
\u201cInicialmente o resultado nos surpreendeu, mas olhando em retrospecto n\u00e3o deveria ter sido uma surpresa. As duas esp\u00e9cies divergiram h\u00e1 apenas um milh\u00e3o de anos, ou seja, muito recentemente em termos evolutivos. Al\u00e9m disso, desde que divergiram, elas foram cruzadas para dar \u00e0 esp\u00e9cie domesticada diversos genes da selvagem, inclusive alguns de resist\u00eancia a pragas\u201d, explicou ao iG Giovanni Giuliano, um dos autores da pesquisa, da Ag\u00eancia Nacional Italiana para Novas Tecnologia, Energia e Desenvolvimento Sustent\u00e1vel e do Cons\u00f3rcio do Genoma do Tomate<\/p>\n
O estudo foi feito com a esp\u00e9cie domesticada Heinz1706 e comsua parente selvagem mais pr\u00f3xima, a Solanum pimpinellifolium. O trabalho ir\u00e1 permitir diversas linhas de investiga\u00e7\u00e3o cient\u00edfica. \u201cO tomate \u00e9 membro da fam\u00edlia Solanaceae que possui plantas adaptadas a ambientes muito diversos (de florestas tropicais ao Deserto do Atacama) assim como plantas importantes do ponto de vista da alimenta\u00e7\u00e3o, ornamental e medicinal como batata, berinjela, petunia, pimento, mandr\u00e1gora, beladona. As compara\u00e7\u00f5es com outras Solanaceae ir\u00e3o permitir entender como elas conseguiram essa incr\u00edvel varia\u00e7\u00e3o de forma, adapta\u00e7\u00e3o e composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica com o mesmo grupo de genes\u201d, afirmou Giovanni.<\/p>\n
Outra linha ser\u00e1, segundo ele, criar novas variedades de tomates mais nutritivas, produtivas e resistente a pestes.<\/p>\n
Tomate perfeito <\/strong> – Semana passada, pesquisadores liderados por Harry Klee, da Universidade da Fl\u00f3rida, haviam descoberto o que faz com que as pessoas gostem de um tomate espec\u00edfico e n\u00e3o de outro.<\/p>\n Constataram que um conjunto de compostos qu\u00edmicos presentes nele \u00e9 a chave do mist\u00e9rio. Mais especificamente 12 deles relacionados \u00e0 intensidade do sabor, 12 outros \u00e0 do\u00e7ura e outros oito mais gen\u00e9ricos. A descoberta, publicada no peri\u00f3dico Current Biology, \u00e9 um primeiro passo para criar tomates saborosos. (Fonte: Alessandro Greco\/ Portal iG)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"