Se a mata atl\u00e2ntica tem inimigos, boa parte deles est\u00e1 em Minas Gerais. Cerca de metade dos 13,3 mil hectares desmatados nesse bioma em 2011 est\u00e1 em terras mineiras.<\/p>\n
Os dados s\u00e3o do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atl\u00e2ntica”, divulgado ontem pela Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).<\/p>\n
O desmate total na regi\u00e3o da mata atl\u00e2ntica – vegeta\u00e7\u00e3o de florestas, de mangues e de restingas (cobertura vegetal rasteira pr\u00f3xima ao mar) que aparece em 17 Estados do pa\u00eds – equivale a mais de 13 mil campos de futebol.<\/p>\n
Al\u00e9m do destaque para Minas (com 6.339 hectares a menos), h\u00e1 tamb\u00e9m a Bahia (4.493 hectares).<\/p>\n
O n\u00famero total caiu 58% em rela\u00e7\u00e3o ao levantamento de 2010, quando o desmate atingiu 31,19 mil hectares.<\/p>\n
A queda foi mais acentuada no Sul e Sudeste do pa\u00eds.<\/p>\n
S\u00e3o Paulo, por exemplo, teve 216 hectares a menos de cobertura vegetal em 2011 – o que \u00e9 metade do desmate detectado no ano anterior.<\/p>\n
Mas h\u00e1 poucos motivos para comemorar. “A maior parte do desmate em S\u00e3o Paulo est\u00e1 justamente onde fica a maior parte do que sobrou da mata atl\u00e2ntica, como no Vale do Ribeira”, alertou Marcia Hirota, diretora de gest\u00e3o do conhecimento da Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica.<\/p>\n
\u00c9 l\u00e1 que fica, por exemplo, Sete Barras, munic\u00edpio recordista na redu\u00e7\u00e3o da cobertura, com 33 hectares a menos.<\/p>\n
“Al\u00e9m disso, mudan\u00e7as na legisla\u00e7\u00e3o, como o novo C\u00f3digo Florestal, podem acelerar o desmatamento”, disse Mario Mantovani, diretor de mobiliza\u00e7\u00e3o da SOS.<\/p>\n
Hoje, a mata atl\u00e2ntica conta com apenas 7,9% da sua \u00e1rea original. Com otimismo, ou seja, considerando resqu\u00edcios isolados de mata atl\u00e2ntica com mais de tr\u00eas hectares, o n\u00famero chega a 13,32%.<\/p>\n
A ideia, de acordo com Mantovani, \u00e9 acompanhar de maneira ainda mais detalhada a evolu\u00e7\u00e3o da cobertura vegetal depois da mudan\u00e7a do C\u00f3digo Florestal, vetado s\u00f3 em parte por Dilma.<\/p>\n
“Vamos ver por sat\u00e9lite os impactos da mudan\u00e7a na lei.”<\/p>\n
Cinco piores<\/strong> – Entre os cinco munic\u00edpios que mais desmataram, tr\u00eas s\u00e3o de Minas Gerais. Eles comp\u00f5em o que os analistas chamaram de “Tri\u00e2ngulo do Desmatamento” (em alus\u00e3o ao Tri\u00e2ngulo Mineiro) e est\u00e3o na regi\u00e3o nordeste do Estado.<\/p>\n \u00c1guas Vermelhas, uma das pontas do tri\u00e2ngulo, foi a recordista, com 1.367 hectares de vegeta\u00e7\u00e3o cortada.<\/p>\n De acordo com Mantovani, um dos motivos que tem alimentado o desmate na regi\u00e3o \u00e9 a produ\u00e7\u00e3o de carv\u00e3o.<\/p>\n Outro problema, segundo ele, \u00e9 o fato de o Estado ter retirado a prote\u00e7\u00e3o \u00e0 chamada mata seca, uma das subdivis\u00f5es da mata atl\u00e2ntica. Isso teria aberto a porteira para mais desmates.<\/p>\n O levantamento do atlas cobriu 93% da \u00e1rea do bioma (basicamente o que n\u00e3o estava coberto por nuvens).<\/p>\n A ideia agora \u00e9 disponibilizar os dados para avalia\u00e7\u00e3o de governos e dos Minist\u00e9rios P\u00fablicos dos Estados. (Fonte: Sabine Righetti\/ Folha.com)<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" O desmate total na regi\u00e3o da mata atl\u00e2ntica – vegeta\u00e7\u00e3o de florestas, de mangues e de restingas (cobertura vegetal rasteira pr\u00f3xima ao mar) que aparece em 17 Estados do pa\u00eds – equivale a mais de 13 mil campos de futebol. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[54,43],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/83835"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=83835"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/83835\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=83835"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=83835"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=83835"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}