{"id":85569,"date":"2012-07-21T00:00:41","date_gmt":"2012-07-21T03:00:41","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=85569"},"modified":"2012-07-20T16:46:52","modified_gmt":"2012-07-20T19:46:52","slug":"china-deve-ir-a-lua-antes-de-2020-cre-astronauta-brasileiro","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/07\/21\/85569-china-deve-ir-a-lua-antes-de-2020-cre-astronauta-brasileiro.html","title":{"rendered":"China deve ir \u00e0 Lua antes de 2020, cr\u00ea astronauta brasileiro"},"content":{"rendered":"

Os avan\u00e7os da ci\u00eancia tornaram a aventura lunar muito mais f\u00e1cil para quem pretende explorar o sat\u00e9lite nos dias de hoje. “Gra\u00e7as \u00e0s pesquisas cient\u00edficas no setor aeroespacial, desde 1969, a tecnologia aplicada \u00e0s espa\u00e7onaves foi bastante desenvolvida”, garante o cosmonauta Marcos Pontes, que viajou ao espa\u00e7o em 2006, pela Miss\u00e3o Centen\u00e1rio. O brasileiro acredita que o retorno do homem ao corpo celeste ocorrer\u00e1 antes de 2020, atrav\u00e9s dos chineses. Por\u00e9m, mesmo com tecnologia mais avan\u00e7ada, ainda h\u00e1 riscos.<\/p>\n

Conquista da Lua completa 43 anos<\/strong> – Embora o conhecimento adquirido naquela \u00e9poca ajude, muitas dificuldades da d\u00e9cada de 1960 seguem existindo. S\u00e3o necess\u00e1rios foguetes potentes, controles precisos e uma infraestrutura completa, de \u00e1gua, ar, temperatura e comida, para manter os astronautas vivos. Marcelo Gleiser, professor de F\u00edsica e Astronomia no Dartmouth College, nos Estados Unidos, acrescenta aos riscos as poss\u00edveis falhas mec\u00e2nicas ou eletr\u00f4nicas, exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 radia\u00e7\u00e3o e a possibilidade de colis\u00e3o com microgr\u00e3os de poeira c\u00f3smica.<\/p>\n

A Apollo 13 \u00e9 um exemplo de que nem todo o planejamento e toda a precau\u00e7\u00e3o podem garantir o sucesso de uma empreitada desse tipo. “As viagens espaciais nunca ser\u00e3o rotineiras, e o risco estar\u00e1 sempre presente”, argumenta Rui Barbosa, historiador espacial e editor do site Boletim Em \u00d3rbita. A pr\u00f3pria Apollo 11 teve problemas. Segundo o diretor da miss\u00e3o na \u00e9poca, Gene Kranz, em entrevista anterior concedida ao Terra, foi uma batalha chegar \u00e0 superf\u00edcie da Lua. “Tivemos problemas com comunica\u00e7\u00e3o, problemas com navega\u00e7\u00e3o, problemas com computador e pequenos problemas el\u00e9tricos”, relata.<\/p>\n

Mas, \u00e9 claro, muita coisa mudou para melhor. De acordo com Pontes, um astronauta hoje conta com melhores materiais (permitem menos peso, maior resist\u00eancia mec\u00e2nica e qu\u00edmica), melhor eletr\u00f4nica (maior fluxo de dados de comando e telemetria, menores circuitos, mais pot\u00eancia de sinal, maior clareza de sinal), melhores computadores e softwares (melhor navega\u00e7\u00e3o, melhor controle dos sistemas) e melhores motores (melhor rendimento). “Isso s\u00f3 foi poss\u00edvel gra\u00e7as ao ac\u00famulo de conhecimento cient\u00edfico adquirido, e da coragem dos astronautas que se arriscaram para experimentar e melhorar os sistemas na condi\u00e7\u00e3o de opera\u00e7\u00e3o”, afirma o astronauta brasileiro.<\/p>\n

Quando voltaremos \u00e0 Lua? <\/strong> – O Programa Apollo, originado ap\u00f3s o objetivo tra\u00e7ado por Kennedy, teve miss\u00f5es anteriores \u00e0 chegada do homem \u00e0 Lua. Elas visavam incrementar a tecnologia, treinar os astronautas e solidificar o conhecimento para que finalmente a meta fosse cumprida, em 1969. Depois da vit\u00f3ria contra os sovi\u00e9ticos na contenda espacial, no entanto, os EUA cancelaram o projeto, em 1972. Doze astronautas pisaram no sat\u00e9lite natural da Terra. “Cientistas e tecn\u00f3logos que trabalharam no projeto, na \u00e9poca, ficaram muito descontentes. Foi uma desilus\u00e3o para eles, pois o plano de estudar a Lua in loco estava apenas come\u00e7ando”, argumenta Jos\u00e9 Monserrat Filho, chefe de Coopera\u00e7\u00e3o Internacional da Ag\u00eancia Espacial Brasileira (AEB) e professor de Direito Espacial.<\/p>\n

Desde ent\u00e3o, muito j\u00e1 se especulou a respeito de novas investidas. Montserrat defende esse retorno: “A Lua dever\u00e1 ser uma plataforma para os voos espaciais no futuro. Ela \u00e9 um laborat\u00f3rio. Tem muito que se fazer e descobrir, como, por exemplo, a sobreviv\u00eancia em condi\u00e7\u00f5es t\u00e3o baixas de gravidade. \u00c9 um centro de prepara\u00e7\u00e3o para as viagens no futuro”. Pontes tamb\u00e9m acredita nisso. “Ainda temos muito a aprender operando do ‘posto avan\u00e7ado’ da Terra em termos de observa\u00e7\u00e3o astron\u00f4mica, desenvolvimento de alternativas de energia, desenvolvimento de solu\u00e7\u00f5es de projeto de sistemas de explora\u00e7\u00e3o espacial”, acredita.<\/p>\n

Segundo Gleiser, contudo, um agravante para retornar \u00e0 Lua s\u00e3o os enormes custos e uma falta de justificativa maior. “Se antigamente existia a Guerra Fria, no futuro imagino que a corrida espacial se torne algo privatizado, e ser\u00e1 o capitalismo a mola propulsora, como j\u00e1 come\u00e7a a ser o caso”, projeta o professor.
\nO capitalismo pode at\u00e9 ser ainda a mola propulsora, por\u00e9m, a aposta de Pontes para o futuro pr\u00f3ximo da Lua reside em outro sistema de governo. O astronauta brasileiro n\u00e3o v\u00ea grandes chances de a Nasa arregimentar nova miss\u00e3o tripulada t\u00e3o cedo. “Acredito que, na presente situa\u00e7\u00e3o, os chineses s\u00e3o bons candidatos para ‘pisar’ na Lua antes de 2020”, conclui. (Fonte: Portal Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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