Em dois anos, a produtividade das principais commodities (produtos agr\u00edcolas e minerais comercializados no exterior) brasileiras, como soja, milho e algod\u00e3o, poder\u00e1 ser monitorada com maior precis\u00e3o. A expectativa \u00e9 que esta an\u00e1lise permita prever, inclusive, o n\u00edvel de impacto que mudan\u00e7as clim\u00e1ticas podem provocar em cada cultura e regi\u00e3o do pa\u00eds.<\/p>\n
Pesquisadores de mais de dez institui\u00e7\u00f5es de pesquisa no pa\u00eds, como universidades federais e centros de estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria (Embrapa), est\u00e3o h\u00e1 um ano estudando a melhor metodologia para avaliar essas culturas.<\/p>\n
\u201cEstamos tentando ampliar a capacidade de gest\u00e3o agr\u00edcola e antecipar as informa\u00e7\u00f5es. Tendo a metodologia para mapear a soja, a gente consegue fazer a regress\u00e3o por produtividade\u201d, explicou o pesquisador da Embrapa Alexandre Coutinho, coordenador do projeto denominado Mapagri (Metodologia para o Monitoramento da Atividade Agr\u00edcola Brasileira).<\/p>\n
Nesta primeira fase, cada institui\u00e7\u00e3o desenvolveu uma metodologia diferente de monitoramento. Em outubro, os pesquisadores v\u00e3o tentar criar um modelo mais uniforme para chegar \u00e0 mesma an\u00e1lise em todo o territ\u00f3rio nacional. \u201cVamos ter que definir uma metodologia mais encorpada para todos rodarem no segundo ano e o resultado mais compat\u00edvel e vamos trabalhar mais no n\u00edvel nacional\u201d, acrescentou.<\/p>\n
Segundo Coutinho, com o mapeamento das culturas ao longo do ano, que est\u00e1 sendo elaborado em parceria com a Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, os pesquisadores ter\u00e3o como analisar proje\u00e7\u00f5es como o risco de determinada regi\u00e3o produzir abaixo da s\u00e9rie hist\u00f3rica.<\/p>\n
\u201cNo Rio Grande do Sul, [os pesquisadores] j\u00e1 est\u00e3o na terceira etapa de monitoramento no campo. No Paran\u00e1, est\u00e3o conseguindo separar [as imagens captadas por sat\u00e9lite] do milho e da soja\u201d, contou Coutinho.<\/p>\n
Al\u00e9m de servir como instrumento para pol\u00edticas agr\u00edcolas e previs\u00e3o para produtores, Coutinho acredita que o Mapagri pode ter funcionalidade para as empresas de seguro agr\u00edcola.<\/p>\n
Atualmente, os seguros agr\u00edcolas s\u00e3o calculados tendo como base a m\u00e9dia de produtividade medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE). A medida gera resist\u00eancias por parte de alguns produtores que asseguram ter produtividade superior \u00e0 taxa apontada pelo instituto.<\/p>\n
Luiz Roberto Foz, presidente da Comiss\u00e3o de Seguro Rural da Federa\u00e7\u00e3o Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), destacou que tradicionalmente as seguradoras trabalham em cen\u00e1rios de incertezas.<\/p>\n
Apesar do tom pessimista ao declarar que \u201cn\u00e3o existe previs\u00e3o sobre o que vai acontecer em seis meses\u201d, Foz reconheceu que \u201ctodo instrumento de monitoramento \u00e9 \u00fatil para as seguradoras\u201d, mas alertou que este n\u00e3o \u00e9 o \u00fanico instrumento de garantias para o setor.<\/p>\n
\u201cNo Brasil n\u00e3o precisamos apenas de sat\u00e9lite, mas de redes de radar e centros meteorol\u00f3gicos, que quase n\u00e3o existem no Centro-Oeste. Tem algumas regi\u00f5es que, ao inv\u00e9s de ter estes centros na \u00e1rea rural, eles est\u00e3o voltados para as cidades\u201d, criticou Foz. (Fonte: Carolina Gon\u00e7alves\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A expectativa \u00e9 que esta an\u00e1lise permita prever, inclusive, o n\u00edvel de impacto que mudan\u00e7as clim\u00e1ticas podem provocar em cada cultura e regi\u00e3o do pa\u00eds. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[58,75],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/86980"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=86980"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/86980\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=86980"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=86980"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=86980"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}