{"id":87206,"date":"2012-09-11T00:00:20","date_gmt":"2012-09-11T03:00:20","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=87206"},"modified":"2012-09-10T21:02:41","modified_gmt":"2012-09-11T00:02:41","slug":"setembro-quente-e-seco-produz-62-mais-queimadas-que-mesmo-mes-do-ano-passado","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/09\/11\/87206-setembro-quente-e-seco-produz-62-mais-queimadas-que-mesmo-mes-do-ano-passado.html","title":{"rendered":"Setembro quente e seco produz 62% mais queimadas que mesmo m\u00eas do ano passado"},"content":{"rendered":"
Em dez dias, mais de 24,5 mil focos de inc\u00eandio foram identificados no pa\u00eds. A baixa umidade e as temperaturas altas, t\u00edpicas dos meses de agosto e setembro, proporcionaram as condi\u00e7\u00f5es para que o n\u00famero de queimadas, nos primeiros dias deste m\u00eas, superasse em 62% o registrado no mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/p>\n
Apesar do evidente aumento de queimadas na compara\u00e7\u00e3o com per\u00edodos anteriores, meteorologistas e \u00f3rg\u00e3os do governo garantem que as condi\u00e7\u00f5es de clima e temperatura est\u00e3o dentro da normalidade.<\/p>\n
\u201cO que tivemos de diferente nos \u00faltimos meses foi a baixa frequ\u00eancia de frentes frias, principalmente sobre o Sudeste. Tivemos uma condi\u00e7\u00e3o de bloqueio atmosf\u00e9rico\u201d, explicou Ol\u00edvio Bahia do Sacramento Neto, meteorologista do Centro de Previs\u00e3o de Tempo e Estudos Clim\u00e1ticos (Cptec\/Inpe).<\/p>\n
Segundo ele, as eventuais frentes frias que ocorrem neste per\u00edodo do ano n\u00e3o foram suficientes para amenizar a massa de ar seco instalada sobre as regi\u00f5es do pa\u00eds que mais t\u00eam sentido a eleva\u00e7\u00e3o de temperaturas. \u201cN\u00e3o houve queda de temperatura recentemente, porque as frentes que chegaram no continente alcan\u00e7avam, no m\u00e1ximo, o Rio Grande do Sul e seguiam para o oceano. Por isso, n\u00e3o trouxeram o ar frio ou o m\u00ednimo de chuvas. Isto explica as temperaturas acima do normal\u201d.<\/p>\n
Os sat\u00e9lites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mapearam mais de 101,6 mil focos de inc\u00eandio no pa\u00eds. Os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, da Bahia, do Maranh\u00e3o, Tocantins e Par\u00e1 t\u00eam liderado o ranking de ocorr\u00eancias nos \u00faltimos meses. Apenas no m\u00eas de setembro, Corumb\u00e1 (MS) registrou 1,2 mil queimadas. S\u00e3o F\u00e9lix do Xingu (PA), Cotegipe (BA) e C\u00e1rcere (MT) seguem com mais de 400 ocorr\u00eancias este m\u00eas.<\/p>\n
O bloqueio atmosf\u00e9rico que durou mais tempo do que o esperado explica as temperaturas 4 graus Celsius ou at\u00e9 7 graus Celsius acima da m\u00e9dia desta \u00e9poca do ano em cidades do Sudeste e Centro-Oeste do pa\u00eds. \u201cEm algumas cidades, n\u00e3o chove h\u00e1 mais de 90 dias\u201d, destacou Sacramento. Entre elas, est\u00e3o os munic\u00edpios do Tri\u00e2ngulo Mineiro, Piau\u00ed, oeste da Bahia, Tocantins, de Mato Grosso e extremo norte de Mato Grosso do Sul.<\/p>\n
O meteorologista ainda alerta que em cidades como S\u00e3o Paulo, que registrou a \u00faltima chuva h\u00e1 dez dias, o volume de \u00e1gua \u00e9 pouco significativo. \u201c\u00c0s vezes passa despercebido. A chuva n\u00e3o \u00e9 suficiente para mudar a situa\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o ou dos agricultores\u201d, acrescentou.<\/p>\n
O cen\u00e1rio n\u00e3o deve mudar, pelo menos, at\u00e9 o final do m\u00eas. As previs\u00f5es clim\u00e1ticas s\u00f3 apontam chuvas em volume significativo na segunda quinzena de outubro, quando a probabilidade de chuvas para a Regi\u00e3o Sul \u00e9 de 45% de volume de \u00e1gua superior ao normal. No caso do Norte, as condi\u00e7\u00f5es de chuvas ainda n\u00e3o atingir\u00e3o o n\u00edvel normal no pr\u00f3ximo m\u00eas.<\/p>\n
Por enquanto, a preocupa\u00e7\u00e3o da Secretaria Nacional de Defesa Civil est\u00e1 voltada para a Regi\u00e3o Centro-Oeste. Procurada pela Ag\u00eancia Brasil, a assessoria de imprensa da Defesa Civil explicou que as estrat\u00e9gias s\u00e3o estaduais e municipais, e apenas quando os \u00f3rg\u00e3os locais n\u00e3o conseguem contornar o problema o governo federal apoia os estados e munic\u00edpios no combate direto aos inc\u00eandios ou ainda com equipamentos e retirada da popula\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de risco.<\/p>\n
Assim como os meteorologistas, representantes da Defesa Civil Nacional trabalham com cen\u00e1rio de baixa umidade e temperaturas altas at\u00e9 a segunda quinzena de outubro, quando a expectativa \u00e9 o retorno \u00e0 frequ\u00eancia normal das chuvas. (Fonte: Carolina Gon\u00e7alves\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"