O n\u00famero de focos de inc\u00eandio no interior da \u00c1rea de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, em S\u00e3o F\u00e9lix do Xingu, no sudeste do Par\u00e1, este ano supera em 60% os registros de queimadas na regi\u00e3o no per\u00edodo de seca no ano passado. Entre julho e agosto, foram registrados mais de 2,4 mil focos de calor na unidade de conserva\u00e7\u00e3o. Segundo fiscais ambientais que atuam na regi\u00e3o, a situa\u00e7\u00e3o na APA s\u00f3 deve melhorar em dois meses.<\/p>\n
A unidade de conserva\u00e7\u00e3o tem sido tratada como prioridade pelos \u00f3rg\u00e3os ambientais pela alta vulnerabilidade \u00e0s queimadas que amea\u00e7am esp\u00e9cies raras de fauna que s\u00f3 existem neste local e est\u00e3o amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o, como o macaco-aranha-de-cara-branca, a arara-azul-grande e a on\u00e7a-pintada.<\/p>\n
Normalmente, a estiagem afeta o munic\u00edpio paraense de julho at\u00e9 o final do m\u00eas de novembro. A gravidade das ocorr\u00eancias ao longo dos anos fez com que \u00f3rg\u00e3os ambientais decidissem manter, desde o ano passado, postos fixos de brigadistas na regi\u00e3o durante os meses de pico de seca. Equipes, com pelo menos 15 agentes do Centro Nacional de Preven\u00e7\u00e3o e Combate aos Inc\u00eandios Florestais (Prevfogo), v\u00eam acompanhando e combatendo as queimadas em esquema de plant\u00e3o. Do in\u00edcio de julho at\u00e9 o dia 26 de agosto, agentes do Ibama conseguiram controlar 32 inc\u00eandios florestais.<\/p>\n
Somada \u00e0 a\u00e7\u00e3o na APA e nas localidades de Soldadinho e Falc\u00e3o, a 60 km de S\u00e3o F\u00e9lix, os brigadistas conseguiram evitar a destrui\u00e7\u00e3o de mais de 4,5 mil hectares de florestas prim\u00e1rias. Diego Guimar\u00e3es, coordenador do Prevfogo no Sudeste do Par\u00e1, acrescentou que o saldo \u00e9 resultado de 11 dias de combate em \u00e1reas de dif\u00edcil acesso entre 15 e 26 de setembro.<\/p>\n
Os inc\u00eandios s\u00e3o as piores e mais comuns consequ\u00eancias da estiagem nessas regi\u00f5es, como S\u00e3o F\u00e9lix do Xingu, que t\u00eam a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola como principal atividade econ\u00f4mica. No caso de S\u00e3o F\u00e9lix, que tem um dos maiores rebanhos bovinos do pa\u00eds, as propriedades est\u00e3o dentro da Apa Triunfo do Xingu e as pastagens s\u00e3o preparadas a partir de queimadas sem qualquer preven\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
\u201cMuitas vezes as medidas preventivas n\u00e3o s\u00e3o tomadas propositalmente. N\u00e3o s\u00e3o feitos aceiros entre as \u00e1reas de pastagem e as \u00e1reas de florestas prim\u00e1rias\u201d, disse Guimar\u00e3es, alertando que essas seriam as medidas m\u00ednimas necess\u00e1rias. Os aceiros s\u00e3o feitos com o desmate de \u00e1reas em torno de matas para evitar a propaga\u00e7\u00e3o do fogo.<\/p>\n
\u201cComo n\u00e3o tem essas medidas, o fogo acaba passando do pasto para a mata. Temos registros de inc\u00eandios que duram entre 15 a 20 dias, passando de propriedade em propriedade\u201d, disse. Segundo Guimar\u00e3es, nem todos os pecuaristas reclamam das queimadas em suas propriedades, \u201cporque vai quebrando as \u00e1reas de floresta e o capim toma mais espa\u00e7o das florestas\u201d. As novas \u00e1reas criadas com o crime ambiental acabam sendo convertidas em \u00e1reas para a produ\u00e7\u00e3o de animais.<\/p>\n
Em tempo seco, as chamas facilmente se espalham nos pastos, que dominam a paisagem do entorno da unidade, e atingem as matas. Guimar\u00e3es diz que, nestas regi\u00f5es e per\u00edodos, as queimadas s\u00e3o provocadas exclusivamente pela a\u00e7\u00e3o humana. (Fonte: Carolina Gon\u00e7alves\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Entre julho e agosto, foram registrados mais de 2,4 mil focos de calor na unidade de conserva\u00e7\u00e3o. Segundo fiscais ambientais que atuam na regi\u00e3o, a situa\u00e7\u00e3o na APA Triunfo do Xingu s\u00f3 deve melhorar em dois meses. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[98,16],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/87781"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=87781"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/87781\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=87781"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=87781"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=87781"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}