{"id":88627,"date":"2012-11-05T00:00:55","date_gmt":"2012-11-05T02:00:55","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=88627"},"modified":"2012-11-04T09:26:29","modified_gmt":"2012-11-04T11:26:29","slug":"estrategias-de-agricultores-do-semiarido-para-resistir-a-seca-serao-mapeadas-a-partir-de-2013","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2012\/11\/05\/88627-estrategias-de-agricultores-do-semiarido-para-resistir-a-seca-serao-mapeadas-a-partir-de-2013.html","title":{"rendered":"Estrat\u00e9gias de agricultores do Semi\u00e1rido para resistir \u00e0 seca ser\u00e3o mapeadas a partir de 2013"},"content":{"rendered":"

Estrat\u00e9gias inovadoras, adotadas por pequenos agricultores para enfrentar\u00a0os impactos\u00a0da estiagem e das inunda\u00e7\u00f5es no Semi\u00e1rido brasileiro, ser\u00e3o mapeadas e catalogadas a partir do ano que vem. A ideia do projeto \u00e9 entender como essas pr\u00e1ticas sustent\u00e1veis t\u00eam impacto nos sistemas de produ\u00e7\u00e3o e na qualidade de vida das popula\u00e7\u00f5es locais para garantir que outras fam\u00edlias possam se apropriar das t\u00e9cnicas usadas.<\/p>\n

A iniciativa \u00e9 uma parceria entre o Instituto Nacional do Semi\u00e1rido (Insa), ligado ao Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia, Tecnologia e Inova\u00e7\u00e3o (MCTI), e a Articula\u00e7\u00e3o do Semi\u00e1rido (ASA), rede formada por mil organiza\u00e7\u00f5es da sociedade civil que atuam nos estados do Nordeste e em Minas Gerais.<\/p>\n

De acordo com Ant\u00f4nio Barbosa, coordenador de programa da ASA e um dos respons\u00e1veis pelo projeto, ser\u00e3o observadas as pr\u00e1ticas de 900 fam\u00edlias em nove estados (Piau\u00ed, Cear\u00e1, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Para\u00edba, Alagoas e Minas Gerais) durante a primeira fase do projeto, marcada para come\u00e7ar em mar\u00e7o de 2013.<\/p>\n

\u201cVamos conhecer as pr\u00e1ticas de agricultores que t\u00eam\u00a0terras com at\u00e9 15 hectares, perfil que engloba cerca de 90% das fam\u00edlias que vivem no Semi\u00e1rido. Em um per\u00edodo de seca como a que temos visto, muitos deles t\u00eam sofrido as consequ\u00eancias, mas h\u00e1 outros que desenvolvem estrat\u00e9gias que os ajudam a passar quase sem perceber a seca. Queremos mapear essas formas de manejo, saber como s\u00e3o montadas as estrutura de seguran\u00e7a, e analisar os dados com n\u00fameros\u201d, explicou.<\/p>\n

Barbosa acrescentou que os primeiros resultados devem ser conhecidos ao fim do ano que vem, com a conclus\u00e3o da primeira fase. Em 2014, durante a segunda etapa, ser\u00e3o selecionados os exemplos com maior impacto e car\u00e1ter inovador e que podem ser multiplicados com mais facilidade pelas fam\u00edlias do Semi\u00e1rido. Com o apoio de centros de pesquisa e universidades, ser\u00e3o realizados estudos de caso para avaliar, de forma cient\u00edfica, os impactos das estrat\u00e9gias na qualidade do solo e das sementes. Por fim, com base nos resultados apurados, ser\u00e3o formuladas sugest\u00f5es de pol\u00edticas p\u00fablicas e de a\u00e7\u00f5es para outros institutos e organiza\u00e7\u00f5es socais que atuam na regi\u00e3o.<\/p>\n

O coordenador de pesquisa do Insa, Aldrin Martin, informou que o projeto ser\u00e1 financiado em parte pelo minist\u00e9rio, e por parceiros que ainda est\u00e3o sendo definidos. Ainda n\u00e3o h\u00e1 estimativa exata do valor que ser\u00e1 necess\u00e1rio para\u00a0a\u00a0execu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

H\u00e1 tr\u00eas anos, o pequeno agricultor Abelmanto de Oliveira, construiu quatro barragens subterr\u00e2neas para armazenar a \u00e1gua da chuva em sua propriedade de 10 hectares, em Riach\u00e3o do Jacu\u00edpe, munic\u00edpio a pouco mais de 180 quil\u00f4metros de Salvador. Com a tecnologia, a \u00e1gua captada \u00e9 infiltrada no solo, eleva o len\u00e7ol fre\u00e1tico e viabiliza a pr\u00e1tica da agricultura mesmo em per\u00edodos de seca prolongada.<\/p>\n

\u201cA \u00faltima vez que tivemos chuva intensa por aqui foi h\u00e1 dois anos, em outubro de 2010. Mesmo assim, quem chega a esta \u00e1rea fica encantado, porque o efeito que a gente percebe, a olho nu, \u00e9 que foi criado um verdadeiro microclima. A umidade relativa do ar aumenta e a vegeta\u00e7\u00e3o se manifesta\u201d, disse.<\/p>\n

Mesmo com a seca que atinge a regi\u00e3o, ele consegue produzir feij\u00e3o, milho, mandioca e hortali\u00e7as. Al\u00e9m disso, aproveita as margens das barragens para plantar capim\u00a0para alimenta\u00e7\u00e3o animal. O agricultor gastou R$ 120 para construir as quatro barragens com capacidade de armazenar 80 mil litros de \u00e1gua na superf\u00edcie. \u201c\u00c9 uma t\u00e9cnica simples e barata que qualquer agricultor pode fazer\u201d, destacou.<\/p>\n

Oliveira, que tamb\u00e9m tem em sua propriedade uma cisterna que acumula \u00e1gua da chuva para uso dom\u00e9stico e uma cisterna-cal\u00e7ad\u00e3o para produzir alimentos e matar a sede de animais, calcula que a \u00e1gua armazenada seja suficiente para o consumo da fam\u00edlia pelos pr\u00f3ximos meses.<\/p>\n

\u201cCom as tecnologias, consigo armazenar at\u00e9 1,8 milh\u00e3o de litros de \u00e1gua em minha propriedade. A maioria das pessoas da minha regi\u00e3o j\u00e1 depende de carro-pipa por causa da estiagem, mas eu ainda tenho \u00e1gua para beber por oito meses e para usos dom\u00e9sticos, como lavar roupa e tomar banho, por cinco meses\u201d, disse. (Fonte: Thais Leit\u00e3o\/ Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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